Soberba, foleira e enfadonha
vai decorrendo
a eleitoralista paródia coelhal
Brasilino Godinho
Etapas decorridas:
Primeira fase: A campanha de branqueamento da imagem cinzenta de
Pedro Passos Coelho e dos feios rostos de desmaiado tom alaranjado, de sus muchachos, já está em marcha
acelerada, tendo como objectivo influenciar o eleitorado das eleições que vão
ter efectivação no corrente ano.
O
início da campanha deu-se com as desastradas tentativas de branqueamento de
Dias Loureiro, protagonizadas por Passos Coelho, quer em Aguiar da Beira, quer
na Assembleia da República. Neste templo da Democracia e com tal desonroso
procedimento, Passos Coelho cometeu gravíssima profanação.
Os
incríveis e absurdos elogios caracterizaram-se por serem: Prolixos! Absurdos!
Patéticos! Desavergonhados! Indecentes! Abomináveis! Insuportáveis!
E
se a Assembleia da República, na insólita circunstância, não se soube dar ao
respeito, é por demais evidente ter ficado muito enfraquecida, prestes a
sucumbir. O que parece recomendar uma previdência: a dos crentes irem rezando
pela sua alma e pela da aparentada Democracia. Ela também em transe de iminente
colapso. A que, naturalmente, se seguirá o respectivo passamento.
Segunda fase: a do lançamento da biografia de Passos Coelho. Obra
escrita por uma fascinada subalterna de Passos Coelho.
“Biografia
do Nada” – “enfadonha, mal escrita e não traz nada de relevante” – nestes
termos teria sido classificada por Pacheco Pereira, na ‘Quadratura do Círculo’.
Então,
o que representa tal peça escrita?
Uma
vulgar e repelente bajulação de subordinada ao seu chefe. Outrossim, uma
desproporcionada, inglória, escandalosa e mal-amanhada engraxadela a Passos
Coelho.
Qualquer
dia - segundo a tradição prevalecente na área do laranjal - se Passos Coelho,
lá para o fim do ano, não for obrigado a dar
uma volta ao bilhar grande, teremos a autora da biografia de Coelho Mor
guindada a ministra… ou a secretária de Dias Loureiro, que agora surge na
ribalta como tutor político e guia espiritual de Pedro Passos Coelho.
Pelos
vistos, o outrora pobretana dos tempos da vida académica de Coimbra e actual,
grande e fantástico capitalista, feliz herdeiro da falência do BPN, Dias
Loureiro, teve artes de apear do poleiro de íntimo protector de Passos Coelho,
o antigo padrinho Ângelo Correia.
Terceira fase: oportunista e (es)forçada entrevista da autora da
biografia de Passos Coelho em que a senhora funcionária do PSD confessa o
fascínio pelo seu ídolo governamental. Mais diz que se preocupou em relatar a
vida pessoal do biografado chefe. Insinuando que estava possuída da recomendada
informação, conexa à tarefa a que se dedicou de corpo e alma - conforme tudo
leva a crer. Claro que se esqueceu de factos pouco transparentes e de nula
doçura; que, certamente, por o serem, lhe terão passado (convenientemente,
diga-se) ao lado do seu selectivo olhar matreiro.
Etapa anunciada:
Quarta fase: “Grande entrevista a Passos Coelho” a publicar na
próxima edição do semanário SOL, conforme o mesmo jornal hoje (07 de Maio de
2015) anuncia na primeira página.
É
de presumir que as declarações de Coelho Mor, venham a ser mui realçadas com
recurso a espampanante manchete de chamada na primeira página. Igualmente, que
ocupem bastantes folhas do jornal.
O
que releva de as declarações da coelhal criatura serem, habitualmente, um
gritante nada de nada credível e útil decorrente da coisa nenhuma que é a
figura em foco.
Por
isso fará sentido que o anfitrião SOL se mostre atencioso com o convidado e se
preocupe em dar grande relevo à presumível nulidade do discurso coelhal, até para, subtilmente, disfarçar a fragilidade da
entrevista e a pobreza franciscana do pensamento de Coelho Mor. Aliás, faça-se
justiça em assinalar que o referido espaço solar costuma ser deveras acolhedor
e mui reverente para com a coelhal figura.
Nesta
ordem de ideias, também se presume que essa prestável atenção seja a cereja em
cima do bolo que, no final do encontro entre os entrevistadores e o
entrevistado, será, inevitavelmente, servido e acompanhado com a deliciosa bebida:
Cristal Champagne – Brut. A que não faltará um entusiástico brinde pelo bom
êxito da campanha de branqueamento que está em curso.
Mais
de considerar a hipótese de, logo ali, em momento de tão fraterna
confraternização entre gente amiga que muito se estima, ficar agendada uma
outra grande entrevista; se, por fatalidade nacional, Coelho Mor sair em ombros
na praça da canção eleitoral, em noite do sufrágio atinente à nova legislatura.
Assim
devidamente festejada e exposta, sob um sol encoberto por espesso nevoeiro que
paira em Lisboa, mais uma celebração eleitoralista do Coelho Mor, o invulgar
personagem que se contempla e deslumbra na pasmaceira lusitana.
Etapas futuras:
Fases seguintes: vão suceder-se dentro de momentos, segundo o programa
estabelecido em sede do PSD, nos moldes do mais rigoroso sigilo. Precisamente,
ao ritmo de constantes surpresas, como informou recentemente o manhoso e
versátil Marco António, conhecido porta-estandarte do PSD; agora investido nas
atractivas funções de grande programador da campanha de branqueamento, de que é
suposto (a nível interno do partido social-democrata, PSD) ser igualmente beneficiado.
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