Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

sexta-feira, maio 08, 2015



Só obtuso COELHO PASSOS DE PEDRO
poderia, de uma cajadada, matar 3 coelhos

Brasilino Godinho

01. Tal e qual, assim aconteceu! Ontem, 06 de Maio de 2015, na Assembleia da República, durante o debate quinzenal, o actual presidente do Conselho de Ministros, (temos que ressalvar algum respeito pelo incómodo ou desencanto que Salazar possa sentir na tumba, por aqui utilizarmos a designação que lhe era atribuída oficialmente), voltou a fazer, com inaudito despudor, rasgados elogios ao famigerado Dias Loureiro, comparte do escândalo da falência do BNP, a quem Coelho - cabe lugar à inferência - deverá facilidades pela publicação da sua biografia, ora lançada de encontro à estupidez crónica do gentio nacional.
De uma cajadada, Coelho matou três coelhos. Ou melhor dizendo: de uma assentada insultou: a função governamental; o País; a inteligência do cidadão português.

02. O que aconteceu em Aguiar da Beira e no Palácio de S. Bento, relativamente às canhestras tentativas da coelhal figura de lavar a imagem chamuscada do Dias Loureiro - que mais adequado seria chamar-se Noites Loureiro, por sinal, elas, significativas de tristeza e de obscuridade - foi, afinal, o desencadear de uma intensa campanha de branqueamento de capitais amontoados em sede do PSD; os quais, preenchem um invulgar repositório de grandes saberes, de sofisticadas e sigilosas experiências, de austeras competências na arte do disfarce e do embuste e de equívoca cultura política; de que são magníficos exemplos: Dias Loureiro, Passos Coelho, Isaltino Morais, Duarte Lima, Miguel Relvas, Oliveira e Costa, Marco António, Santana Lopes, Durão Barroso, major valentão de apelido Loureiro, e tantas outras jóias ornamentais que dão resplandecente brilho à exploração ardilosa do pomar da ‘Quinta Lusitana’, onde por singulares artes de artificialidade brotam imensas laranjas de sabor azedo e numerosas laranjinhas de desagradável proximidade e de intragável degustação.  
Quanto aos maiorais artistas do cavacal grupo folclórico, cantores do fado corridinho de elogio mútuo da rapaziada da corda alaranjada: Cavaco, Marcelo, Mendes, a diva Manuela Leite, estão um pouco desligados da dita campanha, porque eles próprios tratam das suas lavagens pessoais. O primeiro, que nunca se engana (talvez que a si, embora que quanto ao Zé-Povinho a conversa seja de outro sentido mais realista…) já anunciou Memórias da sua privilegiada falta de memória; o segundo, o terceiro e a quarta, com periocidade semanal, tratam de branquear o fácies com o pó de arroz das maquilhagens televisivas.  

03. De imediato e em continuidade da referida campanha publicitária, a coelhal figura, simbólica peça da governação que temos a chagar-nos a paciência e sempre a ameaçar o bem-estar da população, promoveu o lançamento de um livro biográfico, escrito por senhora envolvida nas actividades do grupo parlamentar do PSD, através do qual é feito um inglório esforço de limpeza num ser que, por tão deteriorado pela patine acumulada através de um tempo de vida confusa e transgressora dos preceitos sanitários atinentes a uma normal e exemplar existência individual, já não consegue recuperar a atraente imagem que deseja, a todo o transe, em delírio fantasmagórico e desmesurado sobressalto de natureza eleitoralista, apresentar ao público respeitável que ainda existe em Portugal.

04. Por conseguinte e relativamente à biografia da coelhal figura, há que atender aos seguintes factores:
- a generalizada sensação de que a obra foi encomendada;
- ter sido, quase de certeza, servilmente escrita, dado o facto de a senhora integrar o círculo de amizades e de interesses instalados correlativos ao partido e a Passos Coelho;
- a ideia de que a autora se prestou ao censurável papel de branqueadora da feia e obscura imagem de um seu superior hierárquico;
- ter sido editada por uma empresa de propriedade do habilidoso Dias Loureiro (como tem sido divulgado pelos órgãos de comunicação social, sem se ter registado qualquer desmentido);
- ter sido lançada em tempo de actividades eleitorais, com vista a iludir os eleitores.
Tudo, afinal, que compromete irremediavelmente a pretensa credibilidade da obra biográfica, que - diga-se! - não tardará a ser anunciada como um extraordinário êxito de vendas (idêntico ao do livro da tese de José Sócrates… que, segundo alguns jornais, terá sido o grande comprador de milhares de exemplares que provocaram o precoce esgotamento da respectiva edição).

05. Nesta época de convulsão eleitoral, em que se encontram mergulhados os grandes artistas do circo político, deixamos uma recomendação:
O povo que se cuide! Não vá no ‘conto do vigário’ mal-encarado Coelho, da paróquia sita na ‘Quinta Lusitana’ onde, em época de triste memória, se instalou o mal-amanhado pomar das laranjas e das laranjinhas de detestável proximidade; os quais frutos, tantas e graves doenças alérgicas provocam nas debilitadas gentes da nação portuguesa.