PRESIDENTE VOLTA DA EXCURSÃO À NORUEGA
VERGADO AO PESO DE GRANDE ÊXITO PESSOAL
TRAZ A FANTASIOSA CONVICÇÃO CAVAQUISTA:
“OS NORUEGUESES FICARAM A CONHECER MELHOR PORTUGAL”
Brasilino Godinho
Um
pouco de nada - que foi o autoproclamado (in)sucesso pessoal do venerando chefe
de Estado, Cavaco Silva, corresponde a uma triste e desoladora realidade
portuguesa, transposta em azarada hora na Noruega.
É
que desgraça maior não poderia acontecer a Portugal e, por carambola, aos
portugueses:
- Ser
através da cavacal figura que, na Noruega, se mostrou Portugal, só pode ter
acontecido por maléfica influência de Satanás, sob lamentável distracção do
Grande Arquitecto do Universo.
Na
pessoa, no personagem, no artista, no desempenho, no político, no discurso, de
Cavaco Silva, o que quer que seja de representativo do nobre e esplendoroso
Portugal e dos sacrificados, humilhados, atormentados e dignos portugueses,
terá sido substancialmente evidenciado de molde aos noruegueses ficarem com a
melhor das impressões sobre a nação lusitana?
Decerto,
uma mão cheia de coisa nenhuma.
Portanto
- e não obstante o belo exemplar de bacalhau da Noruega que lhe terá sido
oferecido como prémio de consolação por tão longa e dispendiosa viagem e que a
excelência cavacal nem terá mostrado aos jornalistas na chegada a Lisboa - a
excursão à Noruega saldou-se por um grande fracasso com que ficou enriquecido o
volumoso anuário de inconsequentes e milionárias viagens turísticas de Cavaco
Silva e de seus acompanhantes.
E
pasme-se! A nação assiste a estes destrambelhos e esbanjamentos dos parcos
dinheiros públicos e não reage.
Nota
suplementar da maior oportunidade: A ministra da Finanças acaba de anunciar que
vão ser feitos em 2016 mais cortes nas pensões dos reformados.
A
titular da pasta das Finanças dá-nos uma novidade: para ela a vitória nas
próximas eleições legislativas são favas contadas; ou seja negócio assegurado
quanto a seguro negócio da austeridade… Alvitramos: Não se façam eleições. Poupe-se nas despesas das mesmas. A ministra, Maria Luís Albuquerque, por si ou por feliz intervenção de oráculo da sua devoção, decretou a vitória da coligação dirigida por coelho Mor e, naturalmente, considera que irá manter-se no cargo em 2016.
Também,
fica-nos a impressão de que a ministra não perdeu tempo a reagir ao embaraço da
situação entretanto criada por Cavaco Silva e confrontada com o somatório das
despesas da cavaquista viagem presidencial à Noruega, resolveu cortar, mais uma
vez, substancialmente nas pensões para, de tal forma expedita, primária e
indecente, colmatar o rombo agora introduzido no Erário, por decorrência da
inoportuna, absurda e censurável, iniciativa do venerando chefe de Estado.
É
deste jeito de obscena conjugação de sucessivos esbanjamentos, de persistentes
abusos concernentes à famigerada austeridade e de agressivas políticas em
relação à maioria dos portugueses que, sob comando dos actuais governantes, se
vai processando a degradação do país, o empobrecimento colectivo e a desgraça
de cada um de inúmeros jovens, adultos e idosos, deste Portugal; que,
infelizmente, está à mercê de inqualificável gente oportunista, incompetente e
por demais arrogante; gente detentora do poder a que acedeu em tempo eleitoral
de sorte malvada e de generalizada cegueira instalada no colectivo dos
cidadãos.
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