Em Portugal,
fatídico sinal dos tempos...
A EMERGENTE
CORPORAÇÃO
DOS MESTRES E
AUXILIARES
DE SUJIDADE GOVERNISTA
Brasilino Godinho
Em Portugal sempre houve o hábito
de se dispensar apreço pela laboriosa classe dos profissionais da higienização
de locais e instituições, designados como auxiliares de limpeza.
Até há pouco tempo esses profissionais eram, geralmente, indivíduos
do sexo feminino, de origem humilde e com poucas habilitações literárias. Não
obstante, e genericamente falando, eram pessoas de bom trato social, usufruindo
da consideração dos empregadores e dos chefes e colegas dos seus serviços. Uma
classe prestimosa de extrema utilidade e de manifesto interesse público;
especialmente consagrada à defesa e preservação dos bons ambientes.
Na actualidade, evidenciam-se
ameaças não só maléficas para a sociedade portuguesa mas, também, para a
continuidade da meritória actividade dos
agentes sanitários, os sobreditos auxiliares de limpeza.
Vamos explicar a situação por partes.
Considerando que sendo tão
abrangentes as actividades de higienização e tão imprescindíveis para a saúde
individual e pública, seria suposto que os tradicionais agentes sanitários se
envolvessem na imprescindível tarefa de limpeza da crescente sujidade
governista que se vai acumulando à toa no território nacional, com especial
intensidade originada na cidade alfacinha.
Só que e apesar de já se contarem
jovens licenciados tarefeiros exercendo as funções de auxiliares de limpeza à
condição tradicional, nem estes nem os seus companheiros de ofício há muito
integrando os quadros, conseguem adquirir forças e engenho para contrariar ou
remover a acumulação das imundícies governistas.
Além de que aos auxiliares de
limpeza das sujidades domésticas e citadinas, tidas como nefastas e impeditivas
de regulares e saudáveis condições de vida a níveis individual e colectivo, também
não lhes é possível dispor de meios e instrumentos para combater e neutralizar
os muito especializados mestres e auxiliares de sujidade governista que se lhes
opõem com astúcia e sofisticadas armas de arremesso - a que acresce a própria imensidão
da imundície que acumulam por todo o vasto espaço que dominam.
Portanto, os tradicionais
auxiliares de limpeza, ficando bloqueados ou impotentes face à descomunal
tarefa que lhes seria naturalmente destinada estarão, a breve trecho, na
iminência de sucumbir pelo cansaço ou pela perseguição que, impiedosamente, lhes
movem os homónimos surgidos, à última hora, alinhados no campo oposto ao
interesse público.
Ou seja: os antigos e considerados
amigos do ambiente, verdadeiros auxiliares da necessária limpeza, correm sério risco
de extinção (mau prenúncio terá sido o facto de, nalguns hospitais, faltarem
verbas para a aquisição dos produtos de limpeza; e, claro, o pessoal não os
utilizando é criado meio caminho para a proliferação das mortíferas bactérias
hospitalares, verdadeiras amigas do governo, que facilitarão o ‘tratar da saúde’ aos doentes em
substituição dos cuidados médicos – afinal, um inexcedível expediente
governamental para acabar com os enfermos, desactivar os estabelecimentos
hospitalares e poupar no Orçamento)…
Um desfecho tanto mais previsível
quanto está emergindo a corporação da sujidade governista que abrange grandes mestres, médios
chefes, pequenos operacionais, os simples agentes e os indiferenciados auxiliares,
da sujeira governista - uma singular entidade que promete muito zelar pelos
interesses da respectiva classe.
Porém:
Eis-nos perante uma tenebrosa
associação que tende a transformar o país numa enormíssima lixeira governista.
Caso para lançarmos um
aviso/apelo à navegação: Ó da guarda! Quem nos acode?!
Juntamos dois exemplos de malvadezas, que são
sujidades governistas registadas nas últimas 48 horas:
1. Portaria 20/2014, impõe aumentos brutais
nas taxas dos serviços de urgência dos hospitais (dado que a maioria dos utentes é formada por gente sem recursos
materiais, depreende-se que esses muitos cidadãos estão condenados, pelo
governo, a morrer por falta de cuidados médicos. Se não estamos errados a esta orientação
política chamar-se-ia com toda a propriedade: genocídio programado).
2. Anúncio de que o governo vai impor nova
tabela da Função Pública; a qual beneficiará os salários mais altos (in manchete do Diário Económico, de hoje,
dia 19 de Junho de 2014).
Com
estas malvadezas o governo asfixia economica e financeiramente todos os
portugueses que estejam vivendo em condições precárias. Tais malvadezas (cabe obrigação
de repetir a expressão) terão o efeito de, a curto ou médio prazo, lhes apressar
a morte.
O
governo age em dois sentidos de notória perversidade: aos fracos, aplica-lhes e
aperta-lhes o garrote, corta-lhes meios de subsistência e, deliberadamente, promove
o agravamento dos preços de todos os factores económicos correlacionados com o
fluir quotidiano de vida do cidadão desprotegido (o que é feito com intenção de
arrastá-lo para: a miséria, o desespero, o sofrimento e a morte); e aos
poderosos, aumenta-lhes os rendimentos, o bem-estar e o conforto de uma
existência folgada.
Há
que dar nomes apropriados a tal coisa horrível.
Este,
o dramático quadro de desumanidade que se expõe em Portugal.
Isto
é indecente! Uma execrável prepotência e desonestidade! Sem atenuantes e com todas
as letras: uma pulhice governista!
Impossível
conter a indignação!
Nota
final: Há meses, o ministro das Finanças do governo japonês proclamou: “Que
morram os velhos!” Estava subentendida a salvação das Finanças.
Em
Portugal, os governantes, não palrando como papagaios de imitação, têm sido
mais expeditos e eficazes no alcance de idêntico destino dos idosos.
Espertalhaços, actuam à sorrelfa como se fossem manhosas virgens envergonhadas.
Brasilino
Godinho
P.S.
Aos leitores:
Uma
vez, por todas, quero informá-los que não precisam de me solicitar autorização
para encaminharem as minhas crónicas a quem quer que seja.
Assino
tudo que escrevo. E a inerente responsabilidade me cabe inteiramente.
Grato
pela atenção que me dispensais.
Brasilino
Godinho
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