Pondo
o dedo na ferida
que
infecta a Europa…
Breve
introdução de Brasilino Godinho
O
professor universitário Juan Torres López publicou no jornal El
País um pertinente artigo de crítica às orientações políticas
da Sr.ª Merkel; as quais, são continuadamente postas em execução
(por demais, consentida) e que se traduzem por um crescente domínio
germânico que vai sendo imposto passivamente sem qualquer válida
resistência por parte dos restantes parceiros da Alemanha. Ela
manda! Todos se vergam às suas ordens.
Juan
López, com sentido de oportunidade e perspectiva de alerta à
navegação, tocou com o dedo na ferida. As dores, sentiu-as – quem
diria? - o próprio jornal. O que faz supor que, de alguma forma,
também ele está sujeito aos cuidados sanitários/financeiros
administrados pelo corpo clínico que assessoria a chanceler alemã –
ou seja: o conjunto de departamentos assistenciais de natureza
financeira centralizados na Banca.
Com
inteira razão, um pouco por toda a Espanha se vão erguendo vozes
protestando contra a censura praticada pela direcção do jornal
madrileno. Também nos deixou perplexos a frouxa reacção do autor.
Não soube manter vigorosamente a sua posição.
Fica-se
com a precisa indicação de que a Sr.ª Merkel, para além de ser um
fautor de descalabro socioeconómico generalizado a todo o espaço da
comunidade europeia, é um papão que assusta e manipula através do
poder económico/financeiro toda a Europa e milhões de europeus. E
neste aspecto, forçosamente, que vem à colação a imagem de
Hitler.
Aliás,
e como apontamento curioso, experimentem pôr-lhe na fotografia o
penteado e o bigode à Hitler e vejam se ela não se parece com o
Adolf. Nós já o fizemos numa em que ela está representada a fazer
uma saudação parecida com a nazi, de braço estendido. Notámos a
impressionante semelhança física. E ficámos com a esquisita
sensação de um novo e modernaço Hitler de saias…
A
seguir, transcrevemos as notícias correspondentes ao caso em apreço.
Jornal
espanhol El País retirou artigo que comparava Merkel a Hitler
O
jornal El Pais retirou domingo do seu site um artigo de opinião
intitulado «Alemanha contra a Europa», o qual incendiou as redes
sociais, com muitos comentadores a verem ali uma suposta comparação
de Angela Merkel com Hitler, enquanto líder que também «declarou
guerra ao resto da Europa», apesar de o autor alegar que os dois
líderes «não são comparáveis».
Da autoria do
economista espanhol Juan Torres López, o artigo foi publicado na
edição do jornal na Andaluzia, mas acabou por retirado da edição
online por «conter afirmações que o jornal considera
inapropriadas», esclareceu posteriormente o diário, lamentando
ainda que «um erro de supervisão tenha permitido que o artigo fosse
publicado».
«As opiniões
expressas por Juan Torrez Lopez apenas representam o autor», lê-se
ainda na nota publicada pelo jornal.
Catedrático na
Universidade de Sevilha, o autor do artigo preferiu não se
pronunciar sobre a decisão do El País, mas sublinhou que Merkel e
Hitler não são comparáveis «nem como pessoas, nem nas suas
políticas e efeitos». Compará-los, «apenas serve para desviar as
atenções sobre a questão de fundo» levantada no artigo, escreveu
posteriormente no seu blogue, Ganas de Escribir.
No artigo no El
País, Juan Torres López dizia que a chanceler, tal como o ditador,
declarara guerra ao resto da Europa, e considera «muito
significativo» que por norma «se fale em castigo» para referir as
medidas que «Merkel e os seus ministros impõem aos países mais
afectados pela crise».
A chanceler é
descrita como «a defensora dos banqueiros alemães», a quem
resolveu ajudar «pondo em marcha duas estratégias», uma das quais
através dos programas de resgate «vendidos como se se destinassem a
salvar os países» em dificuldade.
«Merkel, como
Hitler, declarou guerra ao resto da Europa, agora para garantir o seu
espaço económico vital», foi a frase na origem da polémica.
Mais tarde,
justificou no seu blogue: «É certo que afirmo que a Alemanha
declarou guerra económica contra o resto da Europa e que o comparo
com a busca de espaço vital que levou Hitler à guerra, mas creio
que isto deve entender-se como a comparação de feitos históricos
lamentáveis com resultados desiguais, e não como uma comparação
entre os dois líderes».
Merkel igual a Hitler? Estalou o verniz entre Espanha e Alemanha
Texto sobre o
domínio económico da Alemanha suscitou comparações entre Angela
Merkel e Hitler. Berlim não gostou e o jornal retirou artigo.
As relações entre
Espanha e Alemanha, pelo menos na imprensa, já conheceram melhores
dias. O verniz estalou este domingo depois de um cronista do El País
ter comparado Merkel a Hitler. O jornal retirou a crónica e pediu
desculpa. Mas esta não foi a primeira troca de palavras entre
jornais. Na sexta-feira, a imprensa alemã já escrevia que os
espanhóis eram «mais ricos» que o povo alemão. Espanha não
hesitou, e pela voz do El Mundo, respondeu de seguida.
No artigo do jornal alemão Frankfurter Allgemeine, que cita um estudo do Bundesbank, o banco central alemão, afirma-se que as famílias espanholas ou italianas são um terço mais ricas que os alemães, que têm em média um património líquido de 195 mil euros contra os 285 mil euros dos espanhóis. O estudo é do próprio banco alemão e foi realizado tendo em conta a realidade de 3500 famílias, das quais Portugal e Chipre não fazem parte. O artigo diz mesmo que a maioria dos alemães só pode «sonhar» com os valores das famílias espanholas.
A resposta não se fez tardar, e o El Mundo escreveu, em tom de ironia: «Pobres alemães. Devemos resgatá-los?». Os dados do estudo foram encontrados tendo em conta os bens, o dinheiro real e os automóveis, após a dedução de dívidas. Mas para «atacar» o estudo Espanha lembra que outros factores não foram tidos em conta, como por exemplo, o facto da maioria dos bens imobiliários não pertencerem às pessoas, mas sim aos bancos, ou ainda, a sobrevalorização do mercado e o facto de não ser possível vender casas, devido à escassez de crédito. O diário espanhol lembra ainda que estar endividado não é estar rico e que uma família espanhola precisaria de ter 15 filhos e ganhar menos de 35 mil euros, por ano, para ter os mesmos abanos familiares que uma família alemã com apenas dois filhos.
No artigo do jornal alemão Frankfurter Allgemeine, que cita um estudo do Bundesbank, o banco central alemão, afirma-se que as famílias espanholas ou italianas são um terço mais ricas que os alemães, que têm em média um património líquido de 195 mil euros contra os 285 mil euros dos espanhóis. O estudo é do próprio banco alemão e foi realizado tendo em conta a realidade de 3500 famílias, das quais Portugal e Chipre não fazem parte. O artigo diz mesmo que a maioria dos alemães só pode «sonhar» com os valores das famílias espanholas.
A resposta não se fez tardar, e o El Mundo escreveu, em tom de ironia: «Pobres alemães. Devemos resgatá-los?». Os dados do estudo foram encontrados tendo em conta os bens, o dinheiro real e os automóveis, após a dedução de dívidas. Mas para «atacar» o estudo Espanha lembra que outros factores não foram tidos em conta, como por exemplo, o facto da maioria dos bens imobiliários não pertencerem às pessoas, mas sim aos bancos, ou ainda, a sobrevalorização do mercado e o facto de não ser possível vender casas, devido à escassez de crédito. O diário espanhol lembra ainda que estar endividado não é estar rico e que uma família espanhola precisaria de ter 15 filhos e ganhar menos de 35 mil euros, por ano, para ter os mesmos abanos familiares que uma família alemã com apenas dois filhos.
Ainda mal o recado espanhol tinha «aterrado» em Berlim, quando uma nova crítica, desta vez uma comparação, indignou os alemães, que através das redes sociais, nomeadamente, o Twitter, «ripostaram fogo».
Este domingo, o
jornal El País, publicou uma crónica do economista espanhol Juan
Torres López, professor na Universidade de Sevilha, em que escrevia
que «Angela Merkel, tal como Hitler, declarou guerra à Europa,
desta vez para garantir o espaço económico vital da Alemanha». A
frase caiu que nem uma «bomba» e depois da indignação
cibernáutica o El País retirou o artigo de linha e publicou um
pedido
de desculpas alegando que as
declarações são «inadequadas» e que a opinião do artigo a
«Alemanha contra a Europa» apenas representa o autor.
Na crónica, o economista diz também que Merkel «castiga-nos para proteger as corporações e os bancos, mas também para esconder do próprio eleitorado o modelo vergonhoso que fez a pobreza, na Alemanha, aumentar para o nível mais alto nos últimos 20 anos, em que 25% dos empregados ganhem menos que 9,15 euros à hora, ou que à metade da sua população corresponda um miserável 1% de toda a riqueza nacional, disse.
Na crónica, o economista diz também que Merkel «castiga-nos para proteger as corporações e os bancos, mas também para esconder do próprio eleitorado o modelo vergonhoso que fez a pobreza, na Alemanha, aumentar para o nível mais alto nos últimos 20 anos, em que 25% dos empregados ganhem menos que 9,15 euros à hora, ou que à metade da sua população corresponda um miserável 1% de toda a riqueza nacional, disse.
O próprio autor reagiu no seu blogue à tomada de decisão do El País, lamentando que o «centro do artigo esteja a ser desviado». Juan Torres López esclarece que não está a comparar as duas pessoas, mas sim «as duas políticas igualmente prejudiciais».
Jornal El País "apaga" artigo que comparava Merkel a Hitler
26 de Março de 2013,
10:06
O jornal espanhol El
País retirou neste domingo de seu site uma artigo bastante crítico
em relação à Alemanha, no qual a chanceler Angela Merkel era
comparada a Adolf Hitler, o que provocou reacções indignadas de
alguns de seus leitores.
Na coluna publicada na
edição regional andaluza de El País no seu site, Juan Torres
López, professor de Economia da Universidade de Sevilha, escreveu
que "Angela Merkel, como Hitler, declarou guerra ao resto do
continente para garantir seu espaço económico vital".
Angela Merkel
"castiga-nos para proteger as suas grandes empresas e bancos e
também para ocultar ante seu eleitorado a vergonha de um modelo que
fez com que o nível de pobreza em seu país seja o mais alto dos
últimos 20 anos, em que 25% de seus empregados ganhem menos de 9,15
euros/hora, ou que à metade de sua população corresponda um
miserável 1% de toda a riqueza nacional", acrescentou Torres
López.
"El País retirou
de seu site o artigo 'Alemanha contra a Europa', assinado por Juan
Torres López e publicado em sua edição na Andaluzia, porque
continha afirmações que este jornal considera inapropriadas. El
País lamenta que um erro na supervisão tenha permitido a publicação
do citado material. As opiniões expressadas por Torres López só
representam o autor", afirmou o jornal, em um comunicado.
Além de irritar alguns
leitores pelo desrespeito para com Merkel, a coluna também provocou
reacções de outros internautas, que consideraram a retirada do
artigo online um gesto de censura.
Nota: Textos retirados de sítios da
Internet. Os tipos e os coloridos foram introduzidos por Brasilino
Godinho
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