PAINEL DE DESGRAÇAS E TRAPALHADAS
COM A INDELÉVEL MARCA DO GOVERNO
Autor: Brasilino Godinho
Mosaico 04
04.1. UMA ATREVIDA E ARROJADA DESCOBERTA…
04.1.1. Um alto
funcionário dependente (do chefe, Passos Coelho),
mui servil,
"descobriu" um ovo que não saiu do cu da galinha...
Os leitores
leiam, contextualizem,
meditem e extraiam as óbvias conclusões...
Via Internet, recebemos
a seguinte informação:
"O presidente da
Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) afirmou este
domingo em entrevista ao Diário de Notícias ter uma "profunda admiração
por Passos Coelho devido à sua honestidade e coragem para enfrentar as questões
difíceis do País". Pedro Reis disse ainda ter ficado "com um
sentimento de orgulho, apreensão e boa esperança", depois das revelações
pessimistas feitas por Vítor Gaspar, na sexta-feira".
"Mas a lista de
virtudes de Passos Coelho não fica por aqui. Para Pedro Reis, o
primeiro-ministro tem mostrado uma dose de frontalidade e de verticalidade na
defesa do País".
Noutra parte da
entrevista o presidente do AICEP diz que "Falar a verdade, ser honesto
intelectualmente e ser sincero em relação aos desafios que tem pela frente"
é para ele o mais importante - o que, subentende-se, considera ser apanágio do
grande alvo (pedroso de Passos Coelho) da sua "profunda admiração"
(adjectivo profunda que sublima a admiração, não fossem os leitores da
entrevista supor que era ligeira a sobredita veneração pessoal de Pedro Reis
para com o seu idolatrado superior hierárquico. Uma atitude - sublinhe-se - que
releva um apurado sentido de oportuna precaução funcional...).
04.1.2. O presente envenenado para o grande-chefe
Passos de Coelho...
A maioria dos
portugueses tem consciência das calamitosas actuações do grande-chefe Passos
Coelho e do (des)governo. Por isso, não vale a pena, aqui e agora, "chover no molhado".
Mas, neste quadro
sombrio que delimita o quotidiano da sociedade portuguesa e se houvesse alguma
folga de razoável disposição de espírito para nos divertimos com a descoberta
de um ovo que não saiu do cu da galinha - que é aquilo que sobressai da
insensata entrevista de Pedro Reis, neste mosaico focada - bem
poderiamos apreciá-la como uma hilariante anedota de humor negro.
Daí e do facto das
afirmações de Pedro Reis, feitas no mais apurado e oportunista estilo
arrelvado, desvirtuarem tão acintosamente as realidades e as desastrosas
consequências dos desempenhos da coelhal figura, que se poderá admitir que esta
criatura-mor da governança acaba de receber um presente envenenado...
E, para cúmulo de
insensatez, logo despudorado, incoerente, fantasioso, superabundante, elogio
que, soando a falso, é proveniente de um colaborador, subordinado, que, aparentemente, reverencia -
num mais que suspeito alarde de coração magnânimo - o seu chefe/patrão... Isto
é o que o Zé-Povinho designa por engraxar.
Acrescentamos: sem rei, nem roque...
Enfim, o tiro saiu-lhe pela culatra!...
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