Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

segunda-feira, março 11, 2013


BRASILINO GODINHO
http://quintalusitana.blogspot.com

Estimadas(os) leitoras(es),

Anexo uma minha crónica acerca da "suprema infelicidade" com que a maioria dos portugueses se defronta…
Vale a pena referir que anda por aí esquiva a esperança de se ver luz na extremidade do túnel; até porque nem desperta parece estar a atenção do "Grande Arquitecto do Universo" para a gravidade da situação... Ademais, esta divindade também não dá mostra de conhecer a existência da galeria subterrânea do nosso infortúnio colectivo... Certamente, por estar ocupada com os seus grandes regalos celestiais não lhe sobra tempo, disposição ou lembrança, para dispensar algum cuidado aos indígenas lusitanos.         
Assim se acumulam: a "suprema infelicidade" indigenata e a grande desgraça
da divinal indiferença…
Com os melhores cumprimentos.
Brasilino Godinho

Em tempo de compasso...

Suprema infelicidade...
Não suscita interesse nos mercados
a ambicionada privatização…

Brasilino Godinho

Portugal vive um dos períodos mais tenebrosos da sua longa história que, em certos aspectos demasiado negros, repõe o clima de medo, angústia, miséria, fome, privações e desilusão, vigentes no tempo mais sombrio da ditadura do Estado Novo.
A nação portuguesa encontra-se muito debilitada, bastante sofredora, subjugada a interesses muito obscuros preponderantes no território nacional e sujeita a outros, mui misteriosos, dispersos pelo estrangeiro.
Todo este deplorável estádio existencial de país tutelado pelos mercados internacionais tem alguma origem em fenómenos conjunturais ocorridos à escala mundial mas, sobretudo, criou raízes por força daqueloutras políticas anómalas, perversas, desconformes, insensatas, obstinadamente prosseguidas por sucessivos governos oportunistas e incompetentes que mal geriram a Administração Pública e pior desgovernaram a grei, em avultado prejuízo dos seus inegáveis direitos e legítimos interesses.
Por isso, Portugal tem seguido muito enfermo nos últimos tempos. E a partir de 2011 mais definhando e arrastando penosa vida de sofrimento insuportável; o qual, lhe é causado por um governo fraco de espírito, débil de compleição física, nula robustez, teimoso, prepotente, sem ânimo, nenhuma força, completamente alheado da natureza, da especificidade e essência dos problemas, desprovido de sensibilidade, fingindo desconhecer (para não os respeitar) os valores democráticos da Liberdade da Igualdade e da Fraternidade, completamente enredado na teia das suas contradições internas e das congénitas inabilidades  persistentemente demonstradas, nas quais se detectam incríveis falhas de conhecimentos, que dir-se-iam ser de primeira necessidade e de fundamental aplicação no dia-a-dia de actividades de uma entidade que é um vital órgão de soberania.
Acresce que o actual governo sofre de uma “lepra” contagiosa que para além de o enfraquecer também degrada o tecido social do espaço luso.
Daí, decorre que o “leproso” governo português está gravemente doente. Certo! Sem margem para dúvidas! Enfermo de tão terrível patologia, atribuível a uma espécie claramente definida no âmbito sanitário nacional. Ela, horrenda enfermidade, também se pode caracterizar por simplificada designação plural; ou seja, por dois tipos de febres: a temível febre da crónica austeridade aguda; e a enfadonha febre, de prolongadas temperaturas abrasadoras, das privatizações espúrias. Qual dos tipos o mais devastador? Venha o Diabo fazer a maligna escolha.
Trata-se de uma repelente doença que se vem manifestando com agressividade crescente sobre o tecido socioeconómico do país. O governo assim profundamente afectado no físico e na mente, vive sob um total desnorte que se traduz no seguinte quadro:
-       recorre a vários e desconchavados expedientes para desencadear os mais contundentes ataques de natureza mortífera a quantos arvorou em inimigos a abater, como sejam: a generalidade dos funcionários públicos, os reformados e os cidadãos mais carenciados ou desprotegidos, entre os quais se encontram os idosos de parcos recursos;
-       providencia, sem quebras de ritmos, nas aplicações de medidas avulsas bastante prejudiciais à Economia, ao Ensino, à Saúde e ao pleno Emprego;
-       com intensiva virulência investe sobre todos os indígenas mais desprotegidos da sociedade, no sentido de os privar dos mais básicos meios de subsistência;
-       prossegue uma demolidora política que conduz o país para um estado de calamidade social;
-       e, nos últimos dias, num alarde de esquizofrenia, ameaça lançar-se sofregamente sobre os inertes seres chamados fundos de pensões que, até relativamente há pouco tempo, estavam a salvo de qualquer cobiça ou saque, gozando de tranquila existência, em recatados aposentos de instituições tão importantes e respeitáveis como o Banco de Portugal, a Caixa Geral de Aposentações, a Segurança Social, etc..
Perante uma tão gravosa situação do País, decorrente da doença tão maléfica e virulenta de que está possuído o governo nacional e que é do conhecimento geral, não se vislumbra o médico, a terapêutica e o antídoto, necessários e eficazes que erradiquem, de vez, o agente/corpo governamental, auto-infeccioso, afastando-o definitivamente - a título profiláctico e regenerador do meio ambiente - do seio da sociedade em que está inserido.
Porque possuído do gérmen doentio e, também, porque ele mesmo gerar e alimentar em si mesmo a repugnante patologia, regista-se o invulgar fenómeno de se ter despertado a ideia ambiciosa de que a solução do complicado problema poderia estar na inédita privatização do próprio governo, desde que qualquer entidade estrangeira se interessasse pelo estafermo e o levasse para bem longe do território português. Chega a pensar-se que um bom destino seria a China, dada a imensa distância em que se encontra de Portugal.
Infelizmente, não há sinais de qualquer interesse dos mercados americanos e asiáticos na aquisição do famigerado colégio da desgovernação nacional. E dos chineses não veio, até agora, qualquer sinal que animasse a malta...
É mais uma tremenda desgraça que assim suceda…

Nota final. Num momento de tamanha desventura nacional vale a pena introduzir uma hipótese que nos anime a todos, quantos nos incluímos nos seleccionados perseguidos pela sanha governamental.
A excelente solução para o pungente problema, aqui focado, seria a de, simplesmente, a NASA adquirir o colégio governamental português, pela totalidade dos seus elementos constituintes, e de imediato, sem delongas, transferi-lo para Marte onde se fixaria para sempre como a primeira comunidade residente naquele longínquo planeta…
Então, assunto arrumado. E, decididamente, garantido que todos respiraríamos de alívio e já estaria ao nosso alcance dormirmos tranquilamente, sem pesadelos…
Fim