Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

sexta-feira, março 13, 2009

CONVITE E PREVENÇÃO

O TEXTO QUE SE SEGUE expressa um convite endereçado aos leitores para que ousem decifrar uma charada do conhecido arquitecto-jornalista Saraiva.

Desde já se faz a prevenção que não será tarefa fácil. Tão-pouco, algo de aliciante para os leitores se ocuparem durante os momentos de lazer deste fim-de-semana.

No entanto, para aqueles aventureiros que gostam de emoções fortes e têm o fascínio das grandes inquietações, o desafio que lhes lançamos é atractivo e fará algum sentido…

Porém, cumpre-nos anotar que declinamos quaisquer responsabilidades por nefastas consequências de desequilíbrio psíquico que, eventualmente, surjam nalguns “corajosos”, advindas das canseiras provocadas pelas tentativas de resolução do complicado problema charadístico…

Com as melhores saudações brasilinas.

Brasilino Godinho

UM DESAFIO AO LEITOR:

DECIFRE A ÚLTIMA CHARADA DE SARAIVA…

Brasilino Godinho

Costuma dizer-se: Quem anda à chuva, molha-se! Acontecem coisas que, embora de pequena monta, por vezes, mexem com a nossa sensibilidade e nos deixam perplexos, senão inquietos.

Dir-se-ia que neste mundo em permanente efervescência que a todos sobressalta e incomoda nada, nem ninguém, provoca surpresas aos cidadãos que se mantêm atentos e informados sobre a vida quotidiana da sociedade portuguesa. Aparentemente, estaremos todos acomodados à ideia de que haja o que houver coisa alguma será causa de espanto. A menos que suceda cataclismo ou invulgar acontecimento bélico ou terrificante.

Sendo assim o estado de ânimo das criaturas portuguesas singulares e colectivas e conhecidos os seus hábitos, a constância dos eventos, as peculiares atitudes e os vulgares, persistentes, comportamentos, qualquer um tem consciência daquilo que o espera sempre que abrir um televisor, ligar um rádio ou desdobrar um jornal. Que vê? Que ouve? Que lê?

Invariavelmente, tratando-se de órgãos ditos nacionais, depara com as mesmas pessoas e com as patranhas do costume.

Todavia e porque não há regras sem excepções, nalgumas ocasiões surgem, inopinadamente, casos estranhos que lançam confusão no espírito das pessoas.

Uma das entidades que neste domínio do insólito, mais se evidencia é essa figura nacional que ficará na história lusa como o arquitecto-jornalista Saraiva, ex-director do Expresso, actual director do SOL que, num dia de São Nunca, teve a premonição divina de, a qualquer tempo vindouro, alcançar o Prémio Nobel da Literatura. Com todos conhecidos predicados que possui e o creditam como um genuíno produto intelectual alfacinha, de quando em quando dispõe-se a lançar um enigma obscuro que, invariavelmente, tem o condão de moer o juízo do leitor interessado em o decifrar ou, melhor dizendo, em “matar a charada”. Compreender a charada-tipo de Saraiva, em muitas ocasiões e casos, é tarefa impossível. Matá-la, ou seja adivinhá-la, representa um esforço sobre-humano e inglório para o destemido aventureiro que se predisponha a esse arriscado envolvimento mental. Poderia supor-se que um contacto, por telefone ou via Internet junto do grande charadista, ajudasse a resolver tal coisa difícil e compreender. Mas até isso se torna irrealizável porque um lisboeta que se preza não dá cavaco à malta da província. E neste aspecto cavacal as coisas pioraram desde que certos figurões meteram o cavaco de Boliqueime em Belém, na capital da região saloia. Caso para se considerar: Pois que os alfacinhas bem o contemplem e melhor o guardem. Que bom proveito lhes faça… à barriga e à peitaça.

Retomando o tema central desta crónica e para o exemplificar, é ocasião de transcrevermos a última grande charada que Saraiva inseriu na sua crónica “Viver para contar” (in TABU de 07/03/09): “O campismo era uma das actividades a que a Mocidade (Mocidade Portuguesa, a organização juvenil do regime do Estado Novo) se dedicava – e uma das únicas, de resto” (os sublinhados são nossos). Repare o leitor: era uma das actividades e uma das únicas. Quais eram as actividades? Quais eram as únicas? De resto? Sobra? Ou aumento às actividades? Ou resto das únicas? Quiçá resto das actividades? Afinal, uma (vocábulo indefinido), qual traço de união? Ou de separação? Quiçá comum às únicas e às actividades? Haveria actividades para além das únicas? E se estas eram únicas decerto que não haveriam as actividades onde se englobava a tal uma das respectivas. Aliás, única é só uma – que nem tem outra da sua natureza ou espécie. Também exclusiva, incomparável, superior, excepcional. Sendo única não colhe admitir o plural. Ou é ou não é única. De resto, não lembraria ao Demo esta história mal contada das únicas… actividades da Mocidade Portuguesa.

Perante este quebra-cabeças quem extrai conclusão, acerto ou adivinhação?

Aqui está uma charada que poderia ser objecto de concurso nacional dotado de chorudo prémio…

Deste modo, agora despertas a oportunidade e a razão de agir em conformidade e assim facultado o meio do semanário SOL explorar - em proveito próprio - o filão das inexplicáveis “charadas” do seu famoso director. As quais, em homenagem ao seu autor, se poderiam designar por SARAIVADAS…