Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

quarta-feira, agosto 15, 2007

Prezadas senhoras,

Caros senhores,

Apresento-vos as Marcelices.

Continuo com dor de alma, face a uma brilhante criatura, Sousa, que teima consumir-se, ingloriamente, no fogo brando da vulgaridade.

Cordiais saudações.

Brasilino Godinho

“Marcelices”…

Do Prof. Seixa

Brasilino Godinho

brasilino.godinho@gmail.com

http://quintalusitana.blogspot.com

Para quem não saiba, informamos que “seixa” é uma espécie muito apreciada de pombo bravo, esquivo, também chamada “sousa”, que não dispensa a conhecida variedade de fruta manga, vulgo “rebelo”.

Trata-se de um pombo traquinas de aspecto simpático que, todos os domingos, à noite, num programa televisivo, arrulha com desenvoltura e trejeitos que fazem as delícias da interlocutora.

No “BLOGUE”, a rubrica do semanário, com nome de astro - cujo fundador foi o ilustre militar tenente-coronel Lello Portela - que o ano p.p. regressou às bancas ostentando novo grafismo e outro estatuto editorial, mercê da iniciativa do arquitecto-jornalista José António Saraiva, volta o Prof. Seixa, a preencher duas páginas com uma extensa lista de futilidades. Já tivemos oportunidade de expressar lamento: pelo desperdício do papel e da tinta de impressão; pela labuta dos tipógrafos; pelo afã do coordenador de edição; pelo tempo do autor consumido no inglório trabalho de elaboração; e pelo esbanjar do inegável talento do professor – o que deslustra a pessoa e afecta o seu prestígio. Dir-nos-ão: problemas dele e dos homens do jornal. Sem dúvida! Mas a nós e aos leitores mais exigentes, dá pena. Até, durante a leitura apressada, se sente algum constrangimento. Só que como diria o Guterres das tristes memórias governativas: “É a vida”!

Vamos à amostragem.

E comecemos pelo elucidativo índice: “Semana cheia de temas: fim da Turquia, Bergman e Antonioni, BCP, Dalila Rodrigues, ressaca de Charrua e um cheirinho a Verão instável”.

Logo, o grande susto e a enorme curiosidade: “fim da Turquia”. Assim a notícia escrita, sem dados de esclarecimento, surpreendeu-nos e ficámos estarrecidos. De imediato, surgiram as interrogações: a Turquia desapareceu? Finou-se a terra de Ataturk? Se isso aconteceu, então da forma mais imprevista fica solucionada a questão da adesão da Turquia à Comunidade Europeia. Lamentável, que pela fatalidade da tragédia.

Continuamos a inquietar-nos: a Turquia teria sido destruída por um terramoto? Um maremoto? Explosão nuclear? Atentado terrorista? Como foi possível sem os jornais, rádios, televisões, Internet, nos trazerem a informação? Cogitávamos, quando de repente se fez luz no nosso espírito: isto deve ser mais um deslize do Prof. Sousa. Claro, que era

Lá pelo meio das notinhas avulsas nem uma palavra sobre a anunciada catástrofe. Porém, deparámos com a anotação do azeite. Inquiria o professor:Melhor o turco ou o português”? Se o leitor estava à espera da resposta do interpelante bem pode esperar sentado

O Prof. Seixa volta a dizer-nos que no centro de Istambul um bom apartamento é, amiúde, mais barato do que em Lisboa. O homem estará com a obsessão de, a breve prazo, se instalar no centro da antiga Constantinopla?

Apontamentos importantes são dados com prontidão e generosidade pelo Prof. Seixa. Por exemplo: Tem uma filha que se chama Sofia. Rejubilamos! Tomámos registo. Ela tem uma particularidade notável: “entre o final de Julho e parte de Agosto papa festivais”. Deixamos o nosso reconhecimento ao Professor pelo cuidado de nos pôr a par das preferências culinárias da filhota. Além de ter sido um gesto bonito. Com o seu quê de enternecedor. Formulamos o voto de a simpática jovem ter alguma contenção para não ficar empanturradaDaqui vai um beijinho para a Sofia.

Outro dado a reter: “Jantar já decenal que reúne, em Lagos, entre outras, as famílias Lima (anfitriã), Ramires, Mendes e Sousa. Desta vez, a 7 e com uma novidade à esquerda: a família Sampaio”. Oxalá que a quando do próximo repasto haja uma boa nova à direita. O Prof. Seixa ficará mais confortado

Realce para o aplauso e a inconfidência.

O dito, para a Maria José Nogueira Pinto, que “fez bem ao não aceitar o convite para a Baixa-Chiado”. Chatice! A senhora não frequentar a Baixa-Chiado. O convite seria para um pé de dança ali às portas dos antigos armazéns do Chiado? Nossa curiosidade maior: quem é o infeliz desfeiteado? E a distinta senhora também não frequenta a Alta-Chiado?

A cuja, o Tocha é “o novo consultor de imagem de Manuel Pinho” - o que está apropriado; uma vez que o pinho está condenado a consumir-se, facilmente, numa tocha

Não passa despercebida a notinha sobre “a ressaca de Charrua”. Pretende o professor insinuar que Charrua passou por um tempo de mal-estar após embriaguês? Anotamos que é um elemento novo, pouco credível, que aparece deslocado no complexo enredo da DREN.

Por último, festeje-se o desconcertante facto assinalado pelo Prof. Seixa: recebeu outro convite para Setembro. “De apresentação de livro”. Do desembargador Santos Cabral. Escreveu o Professor: ”Fiquei muito feliz com o convite” – ah! ah!

E o leitor? Certamente, como não é desmancha-prazeres, ficou radiante Nós batemos palmas

Pela vossa parte, leitores, depois de conhecerem as “Marcelices”, digam lá se estas “notinhas” do Prof. Seixas não se creditam como valiosas aproximações à patetice nacional? Ou como insubstituíveis contributos para os desenvolvimentos: quer da feira de vaidades, quer do mercado de coisas inúteis, desprezíveis, grotescas, que assentaram arraiais na Quinta da Marinha, no Estoril, na cidade de Lisboa e região saloia adjacente? Ou qual emaranhado rol de banalidades disponível para a expansão da corrente de bisbilhotices em que se comprazem as mulheres de soalheiro da linha de Cascais?

À vista de todos:

- O desperdício de tempo e meios…

- A fealdade no espectáculo…

- A aplicação no vazio…

- A regressão cultural…

Fim