Os termos em que se processou
o fim de uma polémica
Estimadas senhoras,
Caros senhores
Na presunção de que têm acompanhado a polémica entre Bernardo Lancastre e Brasilino Godinho travada através da Internet, abaixo transcrevo os termos do seu encerramento. Obviamente, sem comentários…
Com a maior consideração e os melhores cumprimentos.
Brasilino Godinho
LIDO... VISTO... RESPIGADO...
De: Brasilino Godinho
Para: Coronel Bernardo Lancastre
Sim! Já lhe conhecia a patente, os tiques, os jeitos e o feitio.
Agora, veio mais uma confirmação.
O Sr. Coronel Bernardo Lancastre acaba de renovar a demonstração do seu visceral ódio à Cultura. Igualmente, dá ao público a ideia de com quanto fel menospreza os intelectuais.
Faz-me lembrar o general Millan Astray, do exército do general Francisco Franco Bahamonde que, em plena guerra civil espanhola, declarava: "sempre que me falam em Cultura, dá-me vontade de pegar na pistola".
Registo: por enquanto, o oficial das forças armadas portuguesas, Coronel Bernardo Lancastre, ainda não me ameaça com arma de fogo... Sorte? Ou mercê dos Deuses?
Por outro lado, infelizmente, o meu opositor revela uma deplorável incapacidade de identificar a linguagem metafórica e uma frustrante impossibilidade de se aperceber da ironia que utilizo frequentemente e delas compreender o sentido. Um assombro! Mas, pensando melhor, não muito de estranhar num cidadão que despreza a Cultura. Das consequências, disso decorrentes, se conclui, sem grande esforço mental, que é verdadeira a asserção de a "ignorância ser muito atrevida"...
Ou tratar-se-á de um seu peculiar expediente, intencional, de má-fé?
É confrangedor ler as interpretações que o Coronel Bernardo Lancastre faz dos meus textos. Mais ainda: parece daltónico. Se está preto diz que é branco e vice-versa. Se há cor, teima ser cinzento. Uma tristeza! Sem previsível remissão!
Enfim, atendendo à situação criada, eu vou ficar na minha trincheira onde cabem a educação, a seriedade, a isenção e o respeito; valores cumpridos mesmo em relação a quem não se orienta por idênticos padrões de conduta. Posição a que me remeto mui resignado - e se quer saber, também orgulhoso - com a insignificância que o Sr. Coronel Bernardo Lancastre atribui à minha pessoa e com a desvalorização da minha obra A QUINTA LUSITANA - O "ESTADO DE TANGA" E... ALGO DEMAIS! O que julgo ter acontecido num alarde de condescendência invulgar da parte de um militar empedernido, rigoroso, autoritário e pouco dado a essa coisa - outrossim, para ele insignificante... - chamada Literatura...
Em retribuição, deixo o Coronel Bernardo Lancastre à vontade, embevecido, a contemplar-se na sua elevada significância e com o campo livre para ir treinando os seus tiros, visto que bem precisa, uma vez que a pontaria desacerta, sempre, no alvo... O que, diga-se, num militar é uma chatice...
Assente: Não vou responder a mais provocações do Sr. Coronel Bernardo Lancastre!
PONTO FINAL!
Post Scriptum - Esquecia-me de referir que ainda há pouco tempo o Coronel Bernardo Lancastre classificou de insignificantes os consagrados escritores João Ubaldo Ribeiro e Eduardo Prado Coelho.
Reitero: estando tão bem acompanhado, sinto-me encantado com a classificação de insignificante que me foi concedida pelo Sr. Coronel Bernardo Lancastre - o que releva das componentes da sua personalidade: a inconfundível sabedoria e a indesmentível bondade...
Brasilino Godinho
CORONEL?!!!! ÓDIO À CULTURA ?!!! JÁ AGORA SR. GODINHO, O QUE O SR. GENERAL ASTRAY DISSE, NA REALIDADE, EM FEVEREIRO (NÃO ME RECORDO DO DIA) DE 1936 FOI : "SEMPRE QUE ME FALAM
UM BOM FIM DE SEMANA, AÍ PELA RIA.
BERNARDO LANCASTRE
PS-VAI MAIS UM COPINHO DE 3 ?!!!
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