Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

terça-feira, julho 27, 2021

 

NESTE DIA

há 3 anos

27 de Julho de 2018

 

PARE! ESCUTE! OLHE!

TODO O CUIDADO É POUCO

NA PASSAGEM DE DESNÍVEL DEMOCRÁTICO

 

A primeira ligação ferroviária construída em Portugal foi inaugurada em 1856 entre Lisboa e o Carregado. E desde então as linhas de caminho ferro foram providas de passagens de nível.

Nos últimos anos elas têm sido extintas, por estarem há muito tempo desacreditadas, devido ao facto de algumas vezes falharem na sua função de proteger e acautelar as vidas dos utentes das linhas ferroviárias.

Entretanto, neste nosso atribulado tempo, está sobressaindo a necessidade de um espaço de transição de nome semelhante, que seja factor de advertência dos pacatos e indefesos cidadãos que se aventuram em mergulhar no pântano eleitoral apontado pelo famoso Guterres.

A esses espaços de transição entre faixas do campo dito democrático, pode dar-se a designação de passagens de desnível democrático. Elas colocadas nas famigeradas linhas do comboio da absoluta maioria (autárquica ou parlamentar) e nelas, também devidamente colocados, em postes, os avisos: PARE! ESCUTE! OLHE!

PARE! Para bem pensar e ajuizar do espectáculo circense eleitoral que lhe é apresentado.

ESCUTE! A voz da razão com repúdio da vozearia e confusão estabelecida pelos vendedores de banha da cobra.

OLHE! Apure a visão e tenha os olhos bem abertos para descortinar no horizonte os fogos ateados por maldosos incendiários; as nuvens de poeira; e os tornados devastadores que o obrigarão a, prudentemente, se resguardar e prevenir das pressentidas devastações.

Esta necessidade de bem acautelar a segurança das populações acentua-se com a aproximação das datas das eleições.

Tanto mais em evidência quanto mais ardilosa é a forma como os chamados amigos da onça – ocupando, com o maior destrambelho e atrevido protagonismo, a passagem de desnível democrático - evocam a Democracia e a subvertem escandalosamente.

Desde logo, a maior desvirtuação do sentido democrático associado aos actos eleitorais, incide na obsessão pela maioria absoluta e exercício autoritário da gestão da Administração Pública.

O eleitor tem de tomar consciência de que quem se obstina em proclamar o intuito de conseguir maioria absoluta na Câmara dos Deputados, no Governo e nas Autarquias está, implicitamente, a enaltecer os hipotéticos benefícios da ditadura.

Quem assim procede é, sem dúvida, um potencial ditador, que não se conforma com o escrutínio dos eleitores.

Mais: compenetrem-se os eleitores de que com a maioria absoluta o governo que lhe corresponde governa como quer, sem quaisquer obstáculos e pode à-vontade cometer as maiores arbitrariedades, visto que os seus apoiantes lhe dão total cobertura.

E se assim é, onde está a diferença de um governo da ditadura de Salazar e um governo apelidado de democrático, como foi o de Pedro Passos Coelho? Ou de outros que venham a ser eleitos como fingidamente democráticos, mas que, atingida a maioria absoluta, serão ipso facto retintamente governos de ditadura embora rotulados de democráticos.

Além de que o governo de maioria absoluta não é expressão da vontade soberana da esmagadora maioria da Nação. Geralmente assim acontece. E os eleitores deveriam fazer estas contas de apuramento de dados abrangentes sobre a significação realista das eleições.

Uma última anotação: sempre que me chega a vozearia dos pregões publicitários da maioria absoluta, dá-me vontade de gritar: Ó da guarda! Acudam! A Democracia está pela hora da morte.

Igualmente, convocar o ditador Salazar: Volta Salazar! Tu que foste o criador da Democracia Orgânica, volta que estás perdoado. Tu és agora a figura tutelar dessa gente que anda enfarpelada de democrata… Ela te saúda! Ela te venera!

Por enquanto, disfarça!...