PARTIDOCRACIA
FASCISMO SALAZARISTA RECICLADO,
VIGENTE NO ESTADO MAÇÓNICO DE PORTUGAL
Brasilino Godinho
16 de Julho de 2021
A recente promulgação da fantasmagórica, ardilosa, designada “Carta Portuguesa dos Direitos Humanos na Era Digital”, por ser um potencial instrumento configurado de pretensa legalidade do obscuro exercício da Censura; suscitou-me a ideia de elaboração da presente crónica.
Ela, concebida segundo o propósito de chamar a atenção dos portugueses para o facto iniludível de que Portugal é um Estado Maçónico que está imposto na sociedade nacional e que tutela o regime neofascista, de matriz salazarista, ora vigorando como um grupo de clãs partidários abrangidos num contexto de Partidocracia – a que abusivamente muitos chamam Democracia.
Importa assinalar que a Revolução de 25 de Abril de 1974 deu a impressão a bastante gente de que se abria a Portugal uma era de Liberdade, de Igualdade, de Fraternidade, de desenvolvimento do País e de melhoria das condições de vida dos cidadãos.
Foi um tremendo engano! Se a tal impressão devemos conceder o benefício da dúvida de ela expressar factor assertivo, objectivo, autêntico, de programa revolucionário extraordinariamente benéfico para o Povo; hoje se pode afirmar que a “Revolução dos Cravos” terá sido traída nos seus nobres desígnios, por alguns do seus promotores, colaboracionistas ocasionais, notórios seguidores e aproveitadores oportunistas; uns e outros, conotados com algumas “lojas” (imitando templo salomónico) da capital alfacinha.
E utilizando uma base de raciocínio algo elementar - mas ajustado ao desenrolar dos acontecimentos - se poderá anotar que tal ocorrência dramática para a nação portuguesa terá sido um desenlace natural… dado que decorreu de toda uma tradição de domínio e manipulação da sociedade; ela prosseguida através de contínuas, hegemónicas, actividades interventivas da Maçonaria.
Um efectivo poder mantido desde o século XIX, fortalecido com a ditadura dos maçons António Oliveira Salazar e general António Óscar Fragoso Carmona, e prevalecendo na Terceira República com o esplendor(…) dos desvarios e desavergonhadas malas-artes da Partidocracia, infestada pelo ultra-secreto vírus maçónico.
Acresce o factor da penetração da Maçonaria na Presidência da República, no Governo, na Magistratura Judicial, no Parlamento, nas Televisões, Jornais e Rádios, nas Universidades, na Administração Pública, nas Autarquias, nas Forças Armadas, nas Forças de Segurança, na Igreja e nas áreas: Cultura, Economia, Indústria, Comércio, Turismo e Finanças – nesta, com destaque para os “Donos Disto Tudo”.
Maçonaria que ainda agrega a funcionalidade característica de agência de emprego; à qual, eventualmente, acorrem os irmãos – venturosos “bons cidadãos”, segundo a crença da devoção maçónica.
Sintetizando: todos os sectores vitais e muito relevantes da Nação estão sob tutela da Maçonaria, principalmente do Grande Oriente Lusitano. Ou seja: alguns escassos milhares de portugueses, maçons de condição e usufruindo benefícios vários, “discretos” e múltiplos, exercem predomínio absoluto e mando autoritário sobre as circunstâncias em que se processa a amarga vivência quotidiana dos milhões de portugueses. Portugueses cativos, humilhados e ofendidos; indecentemente tratados, bastante sofredores e muito explorados no seu próprio país. Um negro quadro que traz dramáticas lembranças de escravatura; dir-se-ia que, agora, expandida a toda a Nação.
Vale a pena referir que nos últimos anos os grão-mestres das seitas maçónicas, sem peias ou receios de perseguições por que cientes da suprema hegemonia da Maçonaria em Portugal, já se permitiram vangloriar de que a Maçonaria é um Estado dentro do Estado;¸que inclusive, no Grande Oriente Lusitano, dispõe de polícia e tribunal próprios. Aliás, poderio maçónico em Portugal como sucede nalguns países: como, por exemplo, Estados Unidos da América, Brasil, Itália, Grã-Bretanha, França. E com a Maçonaria Branca/Opus Dei, em Espanha. Só que se impõe fazer uma precisão elucidativa: à Maçonaria não lhe basta ser Estado dentro do Estado; ela contempla-se soberanamente na invulgar caracterização de ser o Estado Maçónico de Portugal, com todas as implicações que tal situação comporta.
A título de curiosidade atente-se que a Maçonaria Branca, com orgânica semelhante à da Maçonaria, também tem alguma preponderância no nosso país – o que é tolerado pelas seitas maçónicas por lhe reconhecerem algum benefício. Visto que até alguns membros partilham frequências de “lojas” das fraternidades e “capelas” da famigerada Prelatura de Josemaría Escrivá de Balaguer.
Outrossim, é de referir que há pessoas que não acreditam na filiação maçónica de Oliveira Salazar (o fraterno irmão Pombal, cuja iniciação ocorreu nos anos dez do século XX, na loja Revolta, de Coimbra, apadrinhado pelo Dr. Bissaya Bareto), o qual era sublimado pelos seus admiradores como fervoroso católico. A condição de maçon do ditador Oliveira Salazar era e continua sendo um dos segredos da Maçonaria. Vale a pena escrever que as figuras mais importantes do Estado Novo eram maçons. Mesmo destacadas figuras da Oposição, como o maçon, ex-grão-mestre do Grande Oriente Lusitano, Doutor Adelino da Palma Carlos, primeiro chefe do governo pós 25 de Abril de 1974, colaborou com o Estado Novo e teve assento na Câmara Corporativa.
De realçar que, ao contrário dos comunistas ferozmente perseguidos e encarcerados, jamais os maçons foram presos ou molestados por serem detentores dessa condição de membros de qualquer das fraternidades maçónicas – o que já na sua adolescência intrigava Brasilino Godinho.
Outro dado a ter em conta é que padres, cónegos, bispos e cardeais (o cardeal de Lisboa, D. Francisco Saraiva, foi grão-mestre da Maçonaria e o cardeal D. José da Costa Nunes, bispo de Goa, foi destacada figura maçónica que viria a integrar a Cúria Romana) têm sido - e outros estão sendo - membros das seitas maçónicas, embora a Igreja lhes proíba tal filiação e as correspondentes actividades.
Por paradoxal que seja até o Vaticano tem sido infiltrado pela Maçonaria. Há generalizado convencimento de que o malogrado Papa João Paulo I morreu vítima de assassínio perpetrado por eminência cardinalícia conotada com a maçonaria. O que talvez tenha sido motivo de o Papa Francisco, quiçá precavido e receoso, não se ter instalado no Palácio Residencial do Papado e também assim procedendo cauteloso, por que atendendo à esquisita e surpreendente renúncia de Bento XVI, seu predecessor, que se presume ter, em dado momento, pressentido que a sua vida estava em perigo.
Acontecimento demonstrativo da tendência da Maçonaria em partilhar situações esquisitas e desconformes foi o que sucedeu no Chile com Salvador Allende e general Augusto Pinochet. Ambos maçons, convivendo na mesma loja maçónica. Salvador Allende, uma vez eleito, toma posse da Presidência da República e nomeia Augusto Pinochet ministro da Defesa. Passado algum tempo Pinochet promove a revolução. Allende é assassinado e Pinochet torna-se o ditador cruel e sanguinário que massacrou milhares de chilenos. A maçonaria chilena ter-se-á acomodado a tal envolvimento do ditador, seu membro destacado.
Como há anos dizia um português grão-mestre maçon: à Maçonaria interessa nunca perder influência no Estado e no exercício do Poder; qualquer que seja a força política que (oficialmente) o detenha. Por isso, ela está infiltrada em todos os partidos, instituições e sectores da sociedade. Daqui se infere a enorme responsabilidade que lhe cabe na desgraça nacional que vem prosseguindo desde meados do século XIX até à presente data. Esta circunstância deve estar bem presente no espírito de inúmeros portugueses que estão atentos à gravidade da destruição de Portugal que - repito_- se vem operando desde o século XIX.
Tudo isto mencionado (bastante dito, redito e escrito por Brasilino Godinho) para ser dada conta pública de que tudo de negativo e algo de positivo - como foi a criação do serviço Nacional de Saúde em 1979, a abolição da pena de morte (1867), a revolução liberal (1820), a implantação da República (1910), o notável desempenho do grão mestre, general Norton de Matos, no cargo de Governador Geral de Angola, a vastíssima e impressionante obra social e de saúde pública do maçon Professor Doutor Bissaya Barreto e também o golpe de Estado de 25 de Abril de 1974 que há obtido “bênção” em certos templos do Grande Oriente Lusitano – que acontece de relevante no País, tem origem e aprovação determinantes nas lojas maçónicas; sobretudo nas do Grande Oriente Lusitano e em menor escala, neste século, na Grande Loja Regular de Portugal.
Precisamente também o que de mal se prenuncia decorrendo da criação da censura ora instrumentalizada na “Carta Portuguesa dos Direitos Humanos na Era Digital”.
Mas não esqueçamos que a censura desencadeada nos tempos de Oliveira Salazar teve continuação nesta época da Terceira República, usando e abusando de formas encapotadas, bastante sofisticadas e mais perversas.
A propósito, Brasilino Godinho anota que isto escreve com conhecimento de causa e porque até há sido alvo de indecentes práticas de censura incidindo sobre as suas produções literárias; as quais, acintosamente concretizadas por pessoas ligadas às seitas maçónicas.
Agora, prevalecendo-se da herdada natureza fascista dos partidocratas de serviço ao regime actual, surge a lei, implementando a censura oficial, com prolixa, alongada e equívoca designação para mais facilmente iludir os indígenas muito distraídos ou os idiotas altamente propensos a ser convencidos.
Uma perspectiva afrontosa se avantaja face aos portugueses - depreciativamente qualificados de profanos, sem estatuto de “bons cidadãos” segundo a terminologia dos frequentadores dos vários templos de Salomão dispersos pelo território nacional – a de que a liberdade de expressão será ardilosamente removida da sociedade portuguesa.
Caso para os arautos da nova ordem, apanágio da Partidocracia, proclamarem: Cesse tudo o que de exultante se refere à censura salazarista, pois que agora outra melhor, mais objectiva e eficiente Censura se agiganta e … nos encanta!
Esconjuro, indignado: vade retro, Satana!
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