EM DIA 05 DE MAIO DE 2021
O DA LÍNGUA PORTUGUESA
EU MEDITO SOBRE A PÁTRIA
Parte II
Brasilino Godinho
05/Maio/2021
Portugal dispõe de um importantíssimo património: a Língua Portuguesa. Ele é partilhado pelos países que integram a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Felizmente que assim se contempla enriquecida a Língua que é falada por 260 milhões de pessoas, segundo os dados apurados pela ONU.
Um aspecto de assinalável significação se nos ativermos à realidade do menosprezo que os medíocres políticos, governantes empenhados nas usanças de desgovernações, arbitrariedades e corrupções, e as fracas gentes de Portugal, dedicam à língua pátria.
Por isso, importa de facto que a comemoração do DIA MUNDIAL DA LÍNGUA PORTUGUESA seja concretizada pelos países da CPLP e por distintas organizações internacionais; visto que no território nacional a data e o objecto da celebração passaram quase despercebidos. Simplesmente mesquinha e deprimente a insuficiência palavrosa expressa na declaração do presidente do Instituto Camões, de cariz circunstancial.
Uma vergonha! Um inqualificável procedimento de lesa-Pátria! Estão por aí espairecendo e vegetando um governo e uma classe política que persistem em desvalorizar, amesquinhar e desprezar aquela sublime entidade nacional que é a mui relevante Pátria de todos os verdadeiros portugueses, que nela se revêm com deferência, honra, fervorosa dedicação e ardoroso amor.
Um escândalo! Repito: UM ESCÂNDALO!
Em contraposição destaco o brilhante discurso de exaltação da LÍNGUA PORTUGUESA efectuado pelo Secretário Executivo da CPLP, embaixador Francisco Ribeiro Teles.
Deu ele a implícita nota de certeza de que é nos países da CPLP que assenta a defesa, a dignificação, a preservação e a promoção da Língua Portuguesa.
Se como portugueses e de forma calorosa, devemos saudar essa disponibilidade dos países irmãos de Portugal, temos a obrigação moral, o imperativo patriótico e o dever cívico, de condenar, sem ambiguidades, com expressiva repulsa e o maior vigor, os indecentes procedimentos de renegação da nossa língua materna por parte dos governos, dos políticos e de certa gente que está permanentemente de cócoras, em posição rasteira e despudorada, subserviente face a tudo que é estrangeiro.
Note-se que a tais entidades não lhes bastou em 1990 terem aprovado o repugnante Acordo Ortográfico que, felizmente, tem sido liminarmente rejeitado pela maioria dos países da CPLP. Elas, magníficas joias(…) de ornamento e pacóvio enfeite da Partidocracia, a partir dessa data fatídica, têm-se empenhado em desbaratar o rico património nacional que é a Língua; recorrendo a vários expedientes eivados de abomináveis sentidos deletérios e amesquinhadores.
A Língua Portuguesa, ao tempo de 1990, era um tesouro linguístico; a matriz que importava conservar na sua específica natureza e funcionalidade oral e escrita, como inestimável Património de Portugal, da CPLP e da Humanidade.
Com as disparatadas e absurdas distorções que lhe introduziram sem relevantes e precisas bases científicas, a Língua Portuguesa perdeu qualidade e o importante requisito de matriz disponível para ser instrumento básico facilitador de eventuais estudos e de evoluções operadas nas diferentes geografias onde radica o seu uso. Quaisquer que fossem as evoluções linguísticas que viessem a ocorrer, era imperativa a mantença da matriz como reserva de consulta, de estudo e de uso corrente em Portugal onde radicou a sua origem.
Era em 1990 - e continua sendo ad perpetuam - uma imprescindível necessidade a matriz da Língua Portuguesa não só para Portugal como para todos os lugares onde se fala e escreve Português… Todo o mundo lucraria bastante, sob múltiplos aspectos: funcional, cultural, económico e até identitário, preservar-se em sede da sua origem, Portugal, a preciosa matriz linguística existente no ano de 1990.
Concluindo: urge eliminar o Acordo Ortográfico de 1990. Tarda demasiado a sua remoção para o mal cheiroso caixote de lixo da História de Portugal. Há que, de imediato, repor a matriz da Língua Portuguesa como instrumento de uso corrente na fala e escrita dos cidadãos de Portugal.
Nota pessoal: informo que sempre falo e escrevo com activo repúdio do famigerado Acordo Ortográfico de 1990.
Fim
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