EM DIA 05 DE MAIO DE 2021
O DA LÍNGUA PORTUGUESA
EU MEDITO SOBRE A PÁTRIA
Parte I
Brasilino Godinho
05/Maio/2021
É registo da História da Humanidade que Portugal a partir do século XV criou um Império e se creditou como um País dos mais importantes e influentes do Mundo e que a Língua Portuguesa se expandiu e é hoje falada por 250 milhões de pessoas, em todos os continentes.
Mas, simultaneamente, como ia crescendo o império, também se processava a decadência de Portugal, como advertiram no decorrer da sucessão dos séculos o poeta Sá de Miranda, Almeida Garrett, Andrade Corvo e os membros do grupo Vencidos da Vida, principalmente Antero de Quental, Eça de Queirós, Guerra Junqueiro e Ramalho Ortigão.
Com a independência das colónias, após a revolução de 25 de Abril de 1974, Portugal foi também a última potência imperialista a sucumbir.
Mas uma particular e incisiva circunstância me intriga: precisamente o equívoco de, geralmente, se atribuir à entidade Portugal a glória do apogeu imperialista e a decorrência do declínio que tem sido prosseguido ao compasso do tempo.
Só o imortal Luís de Camões teve nos Lusíadas a percepção de que tal glória de expansão mundial se devia aos “barões assinalados” e a reduzido número de marinheiros que os acompanharam em tais aventuras por “mares nunca dantes navegados”. Terá sido uma visão algo parcelar e um tanto redutora.
Não teve ela posterior correspondência com qualquer outra que destacasse o sombrio papel de decadência atribuível a quantos governantes e poderosos têm sido quantos se constituíram seus fautores. E que, afinal, decadência tida, ao longo dos tempos, em termos de expressão tremenda na generalidade da população.
Isto escrito para acentuar que o sucesso e declínio de Portugal, não podem ser compaginados objectivamente no País ou na Nação Portuguesa. Uma coisa grandiosa ou outra loisa de natureza destrutiva, são sempre concretizadas pelos governantes e poderosos que dominam a sociedade e que tolhem e exploram o povo português.
Este, caracterizadamente ignorante e iletrado que tem sido no decurso de séculos e que mesmo na actualidade continua sendo analfabeto funcional e cultural, nunca teve condições para ter papel activo na política e na acção governativa.
E nessa deprimente e terrível situação/vivência de menoridade cívica se encontra na actualidade. Dela é gritante evidência o escandaloso, persistente enriquecimento dos Donos Disto Tudo e de seus lacaios e testas-de-ferro, conjugado com grandes dívidas de milhões de euros perdoadas pelos bancos e pelo Fisco; e o acentuado, prosseguido (com acinte) empobrecimento generalizado da classe média e de muitos milhares de portugueses; sobretudo, idosos, de todos grupos etários os mais sofredores, pois que atingidos pela “peste grisalha” – ela condenada a desaparecer a breve prazo, como preconizou o deputado da triste figura, Peixoto, desenrascado enfermo da peste parlamentar e precioso, emblemático adorno(…) do PSD, da Guarda.
A pandemia Covid-19 veio dar ajuda à concretização do desígnio do parlamentar Peixoto.
Tão oportuna ajuda quanto suspeitosa de ter sido facilitada por gente influente às escalas internacional e nacional. Porventura, entidades atenciosas e reverentes face a vírus “muito inteligentes”; os quais, parecem ser brilhantes nas suas actividades operacionais a fazerem lembrar as jogadas e fintas do famoso Cristiano Ronaldo…
Por falar em Cristiano Ronaldo e de ele ter sido condecorado pelo actual Presidente da República, até me interrogo se, atendendo ao facto do coronavírus estar tendo rotundo êxito no extermínio da “peste grisalha”, não vai sendo altura de condecorar o parlamentar Peixoto e o coronavírus-tipo com elevados graus da Ordem do Mérito ou de qualquer outra apropriada Ordem Honorífica?
Estranho que tal reconhecimento de tão mau e repelente serviço público ainda não tenha sido feito, com a devida e resplandecente pompa e altaneira circunstância… como é assinalável prerrogativa e esmerada usança do maçónico Estado português, associadas à posição desonrosa de ser integrante do selecto(…) grupo dos países mais corruptos e pobretanas da Europa.
Certamente, reavivando as recordações dos inúmeros agraciamentos concedidos generosamente aos “bons cidadãos”, irmãos de fraternas amizades e de atenciosos compadrios, notáveis, abnegados praticantes das artes do exibicionismo, da hipocrisia e de bem cuidarem das suas ricas vidas – os quais (agraciamentos), têm sido efectuados profusamente e com desavergonhado, opressivo espírito selectivo, de natureza maçónica ou de crença Opus Dei, durante a vigência desta Terceira República… que é, incontestavelmente, a formulação institucional do vigente Estado Maçónico, sucedâneo do Estado Maçónico designado por Estado Novo, superiormente dirigido pelo maçon Salazar.
Curiosidade agora aflorada: nem o Estado Novo na sua qualidade de Estado Maçónico, por excelência funcional, dirigido pelos maçons António Oliveira Salazar (irmão Pombal, na terminologia adoptada na loja maçónica Revolta, de Coimbra, onde prestou juramento e foi apadrinhado pelo Dr. Bissaya Barreto) e Marechal António Óscar Fragoso Carmona, foram tão mãos-largas a distribuírem condecorações pelos seus irmãos da fraternidade maçónica, da qual eram figuras gradas em regime de clandestinidade, ocultando a condição de pedreiros-livres, para hipócrita resguardo da imagem oficial (decorrente da promulgação da lei 1901, de 1935, da Assembleia Nacional, presidida pelo Dr. José Alberto dos Reis, também ele maçon de fina estirpe) de proibição das organizações e seitas secretas.
Nota marginal: ainda neste nosso tempo a Maçonaria oculta a condição de maçon de António Oliveira Salazar. Intui-se a razão de tal procedimento…Ou não fossem as seitas maçónicas tão atreitas ao secretismo… E apesar de deterem completo domínio sobre todos os sectores vitais da sociedade portuguesa. Também preponderância e influência um pouco partilhadas pela Prelatura da Opus Dei.
Sobre tal situação se desejaria que muitos e muitos portugueses tivessem capacidade de discernir sobre as nefastas consequências que muito dolosamente atingem a maioria da população portuguesa.
De passagem, digo que tal desiderato não será atingível dado que um povo enfermando de iliteracia nem reúne condições que o habilite a tal exercício mental. Além de que os Donos Disto Tudo se esforçam por manter o actual status quo. Dele tiram proveitos e vantagens várias.
Nota esclarecedora: A loja Revolta nunca “abateu colunas”. Obviamente que nem na época do ditador Salazar…
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