POR ANALOGIA COM O DIA DAS MÃES…
E A MUI LIVRE EXTENSÃO SIGNIFICATIVA
Brasilino Godinho
02/Maio/2021
01. Igreja Católica em tempos remotos introduziu as anuais celebrações festivas e evocativas; para além dos natais, das páscoas também estabeleceu o calendário dos dias dedicados às adorações dos santos; as quais, vieram a ser rejeitadas por Lutero e Calvino, promotores da Reforma Protestante.
Depois, os Estados passaram a celebrar datas festivas religiosas, de acontecimentos e de revoluções, que designaram por feriados. Em Portugal, temos numerosos feriados nacionais e municipais.
02. Como se tudo isso fosse pouco para animar a malta, ocupá-la na contemplação ou veneração de ídolos e facultar-lhe exercícios de reanimação e memórias de entes queridos a espíritos geralmente muito ocupados em afrontar as agruras da vida contemporânea, surgiu no fim do século passado e acentuou-se nos anos transcorridos neste século XXI a moda dos dias disto e daquilo, por mais incongruentes que sejam as suas naturezas; aliás de atribuição ad hoc a que, em muitos casos, se lhes reconhece primário sentido de comercialização – esta, estimulada pelas entidades que superintendem no respectivo sector.
03. Hoje, domingo 2 de Maio de 2021, foi o dia da Mãe. O termo mãe sugeriu-me a expressão: “são mais que as mães” os dias disto e daquilo que vão preenchendo o calendário da vida quotidiana da sociedade portuguesa. Enfastia tantos dias consagrados a tantas coisas; muitos deles de incrível absurdez.
O que sucede face ao vazio cultural, ao desprezo pelos valores e princípios que dariam consistência à harmonização da comunidade e à iliteracia, que persistem em Portugal.
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