REFLEXÕES BRASILIANAS
Parte III
O CERNE DA DESGRACEIRA NACIONAL
ACTUAL E A PERSPECTIVA DE FUTURO
Brasilino Godinho
27 de Abril de 2021
01. O processo degenerativo da nação portuguesa que, infelizmente, vem prosseguindo desde os anos primeiros da vigente Terceira República é, por de mais, sentido pelas camadas muito desconsideradas e (ou) empobrecidas da população e por tantas outras pessoas descomprometidas politicamente e que se norteiam pelo eficaz uso das faculdades de alma e pelos valores que mais se harmonizam com a vivência harmoniosa da sociedade. Sobre esse processo já muito tenho escrito e escalpelizado os efeitos deletérios. E a Nação diariamente se confronta com a sua extrema gravidade. Não vou insistir nesse deprimente aspecto.
02. Nesta crónica vou debruçar-me sobre a determinante coisa que entendo ter sido e continuando a ser factor essencial de tamanho descalabro sociopolítico de Portugal – que, digo de passagem, não vim até hoje ser apontado à atenção dos portugueses amigos e veneradores da sua Pátria. Faço esta distinção por que aos renegados, corruptos, e aos mercadores de influências, não lhes interessa, nem lhes convém as minhas opiniões.
A coisa a que aludo tem vínculo e correlativa expressão numa palavra: EDUCAÇÃO! Melhor dizendo: na imensa falta dela. E, consequentemente, a tudo que, numa grande abrangência, lhe está muitíssimo associado.
03. Uma das grandes desgraças que a Partidocracia vem cultivando com arreganho e carreado com a mais grosseira sobranceria, maior desvario e enorme irresponsabilidade, tem sido, precisamente, a perversa insistência em desenvolver expedientes e impor legislação que sempre tendeu a desvalorizar a Moral, a desacreditar e reprimir a prestimosa vida familiar das novas gerações e a promover a deseducação, as anárquicas e desmioladas práticas desrespeitosas de pessoas, de hierarquias e de entidades de grande valia e indispensável funcionalidade, como são os abnegados professores do nosso Ensino.
04. Sendo a instituição familiar aquela que mais deveria fomentar a harmoniosa consistência e harmonia da sociedade e se lhe reconhece importantíssimo papel na formação do ser humano, na qual tem cabimento a Educação, a Moral, a Ética, e a respeitabilidade que nos devemos como seres humanos e, sobretudo, aquela que deve ser tida no dia-a-dia em apreço à imprescindível hierarquia familiar. A propósito, atente-se que até os vários seres mamíferos tem exercício de organização e de respeito pela hierarquia do grupo em que estão inseridos. Esta, uma observação escrita por haver por aí quem se contempla no disparate de recusar a hierarquia entre a sociedade das humanas criaturas.
05. Tudo escrito nos precedentes para realçar que a deseducação de que enferma a nossa sociedade é causa preponderante da desgraceira do País. Claro que a generalizada falta de educação se reflecte em sectores vitais da sociedade e com várias especificidades. Isto acontecendo na actualidade e perspectivado a prosseguir indefinidamente.
É na Família que se inicia o processo educativo. Prossegue no Ensino. Desenvolve-se na adolescência. Consolida-se na idade adulta. Sempre firmado consoante a natureza, a objectividade e consistência da formação que foi proporcionada na infância e na adolescência no seio da família.
06. O cerne da problemática da desgraceira nacional está concentrado na Educação. A ele correlacionados as formas ou os meios (des)educativos pelos quais, no nosso tempo, as famílias ministram formação espiritual e cívica(?), aos seus descendentes de menores idades.
Na próxima crónica fixarei atenção nesta problemática de acentuada relevância social e política.
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