Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

segunda-feira, julho 27, 2020


IMPORTANTE MENSAGEM DO REITOR
DA UNIVERSIDADE DE AVEIRO SOBRE
O PRÓXIMO ANO LECTIVO

Mensagem do Reitor à Comunidade
O próximo ano letivo

O ano letivo que está prestes a terminar exigiu muito de nós. Perante uma crise de dimensão sem precedentes, a UA demonstrou criatividade, resiliência e solidariedade. Estudantes, bolseiros, docentes, investigadores e pessoal técnico, administrativo e de gestão adaptaram-se rapidamente às circunstâncias, mantendo o olhar no futuro. A UA esteve à altura do desafio.
Quando se formou o Grupo de Acompanhamento COVID-19, a 27 de fevereiro, não imaginávamos ainda a rapidez com que a situação evoluiria. O Plano de Prevenção e atuação da UA face à COVID-19 foi publicado dias depois, e atualizado desde então. Para minimizar o risco de transmissão da doença, foram suspensos eventos e deslocações, e mais tarde a atividade letiva, desportiva e de júris. No dia 12 de março, foram emitidas orientações relativas à redução do trabalho presencial na UA e a novas formas de atendimento ao público.
A 13 de março, na sequência das decisões do Conselho de Ministros, foram suspensas as atividades letivas presenciais e júris até 9 de abril, promovendo-se o uso de meios tecnológicos a distância. Alargou-se o regime de teletrabalho a todos a quem era aplicável. No mesmo dia, divulgaram-se orientações específicas sobre teletrabalho e publicou-se o primeiro conjunto de perguntas frequentes sobre o tema.
Foi também a 13 de março que recebemos o primeiro pedido de apoio de uma entidade externa. Ao longo da crise, tais pedidos multiplicar-se-iam. As interações com as unidades de saúde da região, e em particular o CHBV, foram intensas e gratificantes. A nossa comunidade respondeu de forma solidária, pronta e determinada, demonstrando a sua natureza profundamente humana.
No dia 16 de março realizaram-se as primeiras reuniões por videoconferência do Conselho de Gestão, com assinatura digital, e do Conselho de Diretores. O Conselho Pedagógico pronunciou-se a 19 de março sobre as novas formas de funcionamento letivo e quadro regulamentar. Mas, para não deixar ninguém para trás, não bastavam normativos: era necessário apoiar docentes e estudantes. Formou-se um grupo técnico-científico para o ensino a distância, criou-se uma comunidade de partilha de práticas e iniciaram-se várias ações de formação. A UA negociou com um operador de telecomunicações uma solução para os estudantes com dificuldades de acesso à internet, e emprestou computadores àqueles que o solicitaram.
Foi notável a forma como docentes e estudantes procuraram vencer dificuldades para manter o seu compromisso de ensinar e aprender. Foi um esforço coletivo singular, do qual a nossa comunidade se pode justamente orgulhar.
A 23 de março foram anunciadas normas para a prestação de provas públicas, e as provas e júris de concursos na UA passaram a ser realizadas a distância. A 18 de abril, após apreciação pelo Conselho Pedagógico e Diretores das Unidades Orgânicas, e tendo sido ouvido o Presidente da AAUAv, determinou-se a continuidade da atividade letiva a distância até ao final do semestre, com as exceções identificadas em março (nas áreas do ensino clínico, música, engenharia, etc.), e que seriam retomadas presencialmente mais tarde.
A 24 de abril adquiriram-se máscaras e outros equipamentos de proteção e retomaram-se os estágios curriculares, com as devidas precauções. No início de maio, foi divulgado o Plano de Prevenção e Atuação para o Levantamento Progressivo das Medidas de Contenção. Iniciámos testes à COVID-19 a cerca de 2000 bolseiros, docentes, estudantes, investigadores e pessoal técnico, administrativo e de gestão. Os testes foram realizados no DCM, por voluntários a quem muito devemos. A partir de 20 de maio, esses 2000 membros da comunidade académica estavam prontos a voltar à atividade presencial, em segurança.
Vieram juntar-se a muitos trabalhadores da UA e de empresas externas que estiveram sempre presentes. É o caso dos serviços de segurança e limpeza, que até intensificaram a sua atividade; dos Serviços de Ação Social, que mantiveram a funcionar cantinas e residências, de forma exemplar; e dos Serviços de Gestão Técnica, que asseguraram a manutenção de bens e equipamentos, o acompanhamento de empreitadas em execução e tarefas essenciais do dia-a-dia.
O novo ano letivo ficará marcado, esperamos, pelo regresso gradual à normalidade. Em consonância com as indicações do Conselho Pedagógico e com a posição dos Diretores das Unidades Orgânicas, com quem o assunto tem sido discutido desde maio, e tendo ouvido também o Presidente da AAUAv, a atividade letiva na Universidade de Aveiro será, a partir de setembro, sobretudo presencial.
A segurança de todos será a primeira prioridade. Para reduzir a pressão sobre os espaços combinaremos a vertente presencial, maioritária, com algumas componentes a distância. Os estudantes de primeiro ano serão alvo de especial atenção, considerando a importância da dimensão presencial no seu primeiro contacto com a UA.
As turmas serão menores e os horários alargados no tempo, incluindo por exemplo as tardes de quarta-feira. Começaremos mais cedo ou terminaremos mais tarde, mas evitaremos recorrer aos sábados, exceto em cursos em que esse horário já existia. Para evitar aglomerações no acesso aos transportes, refeitórios, bibliotecas e outros serviços, os horários não iniciarão nem terminarão todos à mesma hora.
Continuar-se-á a proceder à limpeza e desinfeção dos objetos e espaços comuns. O uso de máscara será obrigatório em toda a UA. Graças aos Serviços de Gestão Técnica, já estão em funcionamento percursos separados de entrada e saída, com sinalética apropriada, foram instalados tapetes desinfetantes e reforçados os dispensadores de gel. Foram colocados túneis de desinfeção em locais críticos e tomadas precauções para assegurar o distanciamento físico e reduzir a taxa de ocupação dos espaços.
Destinaremos a aulas certas salas que não eram usadas para esse fim. As salas de aulas que levantam dúvidas quanto ao risco de infeção (devido à ventilação, revestimento ou outras razões) serão intervencionadas.
Nos refeitórios e bares, continuar-se-á a manter o distanciamento entre mesas e lugares, de acordo com as normas de segurança. Nas residências, todos os quartos serão individuais, com cuidados adicionais de higiene e desinfeção.
A UA recorreu aos serviços de uma empresa internacional especializada para avaliar de forma independente os nossos procedimentos e aferir a sua adequabilidade. O processo inclui inspeções de verificação, ensaios de carga biológica e marcação fluorescente em superfícies de toque frequente. As verificações continuarão ao longo do tempo, de forma a recolher amostras significativas e aumentar a certeza nos resultados, que conduzirá à aplicação de selos de segurança COVID-19.
A relevância da dimensão presencial justifica o investimento que a UA está a fazer na reorganização das atividades letivas, extracurriculares e dos seus próprios espaços, para que já em setembro, na época especial de avaliação, e a 6 de outubro, no regresso às atividades letivas, beneficiemos da interação social, do ambiente dos campi, laboratórios e salas, em segurança. Sabemos que a vivência académica que resulta do convívio, da participação em atividades culturais, desportivas e no movimento associativo são essenciais para promover a aquisição e desenvolvimento de competências transversais por parte dos nossos estudantes.
Com ou sem COVID-19, continuaremos a investir na formação e inovação curricular e pedagógica. Estão previstas para setembro várias ações de suporte à preparação do ano letivo, incluindo as da Equipa de Apoio à Inovação Curricular e Pedagógica, recentemente constituída.
É impossível prever com precisão a evolução da pandemia. Não sei o que o futuro nos reserva; mas sei que, independentemente da dimensão do desafio com que formos confrontados, a nossa comunidade saberá dar-lhe resposta.
Conto com todos para tal, com absoluta confiança.
Desejo-vos boas férias e boa saúde.
Paulo Jorge Ferreira
Reitor da Universidade de Aveiro