A PAROLICE E A SUBSERVIÊNCIA
AVEIRO, A VENEZA PORTUGUESA
Esta malfadada, triste,
descabida, insólita, desavergonhada, irritante, ofensiva (para o brio dos
aveirenses) história de apresentar aos turistas estrangeiros uma implícita
promoção gratuita de Veneza, em manifesta e desprestigiante atitude de rebaixar
a imagem de Aveiro, não lembraria ao Diabo.
Infelizmente, ela vem, de vez em
quando, acolher-se a certas cabeças de lusas pessoas e de entidades oficiais
portuguesas, que muito se contemplam em se porem de cócoras face a tudo que é
estrangeiro.
Tais criaturas nem se apercebem
que quando mencionam Aveiro como a Veneza portuguesa, estão dizendo aos
turistas estrangeiros que não percam tempo e dinheiro em visitar Aveiro, dado
que - em alternativa à cópia de subentendida inferior qualidade aveirense: sociocultural,
arquitectónica e paisagística - melhor será ver o original veneziano e todo o
esplendor que lhe é inerente; o que lhes é, de forma enviesada, sugerido com
tal despropósito de linguagem sem nexo credível e de nítido recorte de
intolerável subserviência e, sobremodo, preenchida de incrível e absurda
parolice.
Definitivamente, os portugueses
tenham presente: Veneza é Veneza e não precisa de muletas e apoios promocionais
dos portugueses; AVEIRO É AVEIRO! Porventura, necessitando de quem dela faça
melhor promoção racional e competente. Exaltando as suas especificas
virtualidades e ímpar natureza.
Deixo uma pergunta no ar: onde e
quando já se viu um italiano referir-se a Veneza como a Aveiro italiana?
Enfim, mais uma questão que
evidencia um estado de menoridade cívica, de degradação educacional, e de
iliteracia cultural, de alguns sectores da nação portuguesa.
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