458. Apontamento
Brasilino Godinho
22/Julho/2020
MINISTRA DA
COESÃO DEFENDE
AEROPORTO DE
BEJA
COM LIGAÇÃO
FERROVIÁRIA A LISBOA
Pela primeira vez uma ministerial criatura veio a
público defender a solução de aeroporto alternativa ao de Aeroporto Humberto
Delgado em Lisboa.
O aeroporto de Beja sempre me pareceu ser a solução
óbvia e a mais económica, segura e funcional, quando confrontada com as
sucessivas hipóteses que foram sendo colocadas ao longo de um tempo contado
desde meados do século passado.
Outrossim, me foi parecendo que nesta questão
aeroportuária têm prevalecido critérios postos perante a opinião pública ao
arrepio dos interesses nacionais.
Sabendo-se a extensão e o poder que os mentores e
praticantes da corrupção dispõem em Portugal e que até é coisa que não passa
despercebida no estrangeiro, facilmente se intui que há neste país gente
altamente influente que quer um novo aeroporto em Lisboa para da sua construção
obter avultados proventos financeiros.
Tome-se consciência que a base aeronáutica de Beja é
uma infra-estrutura desaproveitada e que com relativamente pouco dispêndio de
capital poderia ser adaptada a aeroporto e só implicando ligação ferroviária a
Lisboa de custo não muito elevado. Admitindo-se mesmo uma auto-estrada ente o
aeroporto e Lisboa.
Todavia, não há garantia de que no campo
governamental e desta vez haja o bom senso e a suprema preocupação de melhor
servir o País e muito economizar numa altura em que o Estado está endividado, à
beira da bancarrota e se humilha na União Europeia, à qual acorre de mão
estendida como pedinte compulsivo e inveterado.
Mais importa considerar que a pandemia Covid-19
arrastou o declínio das carreiras aéreas e a eventual recuperação do sector
dar-se-á muito lentamente, espaçada por largos anos; pelo que seria prudente
adiar a construção da nova infra-estrutura aeronáutica e, para já, pouparem-se
milhões de euros.
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