434. Apontamento
Brasilino Godinho
30/Maio/2020
UMA MODA QUE DESPONTA E
QUE RELEVA DE MALVADEZA
01. Entre as enormidades
parvoides que estão disseminadas pelo Facebook começam a emergir nele peças
escritas que prenunciam a criação de uma moda: a de negar perigosidade ao
coronavírus e tentar convencer a malta que a pandemia Covid-19 é criação
virtual das autoridades sanitárias de Portugal.
Parece que se tornará chique vir
a terreiro vociferar contra as medidas de contenção da pandemia e reclamar o
imediato retorno das actividades profissionais, económicas, escolares, de
culto, desportivas, de lazer, culturais; pois que tudo o que tem sido relatado
sobre os efeitos trágicos da pandemia, não passaria de uma enorme mistificação
à escala mundial.
E colaborante nessa deriva
sociológica e deturpação sanitária estaria empenhado o Estado português.
Perante a escalada trágica da
mortandade e dos contagiados pelo coronavírus que vem sucedendo em Portugal e pelo
mundo, a reacção de negar a sua evidência é um irresponsável procedimento que
releva de desprezo pelo ser humano e de que a ele é sobreposto o mesquinho
interesse pessoal: quer ele seja conexo com os próprios devaneios, rendimentos
e bens materiais; quer com os rendimentos de natureza financeira, comercial,
industrial, dos grandes potentados capitalistas.
Confrange e é lamentável que
nessa “cruzada” mistificadora e absurdamente voluntarista, se incluam pessoas
com habilitações de graus universitários.
Todavia, não surpreende! Quando em
Novembro de 1957 a URSS lançou a cadela Laika em órbita no Espaço, a volta da
Terra, houve um professor de Aeronáutica, do Instituto Superior Técnico, que
logo veio negar que isso fosse possível. E em pleno século XXI ainda há gente
que está convencida de que nenhum ser humano pisou o solo da Lua.
02. Por outro lado da questão
correlacionada com a “moda” que se vislumbra no cinzento horizonte de certa
gente, há que considerar o seguinte:
- Há tempos a senhora Christine
Lagarde disse que havia velhos a mais e que urgia uma solução visto ser uma
situação muito gravosa para a economia mundial. O senhor Bill Gates, e outros
mais capitalistas da USA, antes de Lagarde, já vinham dizendo o mesmo. E o
deputado da triste figura, do PSD, da Guarda, em plena Assembleia da República,
afirmou que se devia acabar com “a peste grisalha”.
- E no final de 2019 o
coronavírus, como que parecendo encomendado, surgiu impetuoso, ao que se julga
na China e rapidamente se propagou pelo planeta Terra.
- Foi-se notando que ele tinha
especial predilecção pelos idosos. Atacava-os – e ataca-os de forma letal. Suscita
a ideia de estarmos perante um holocausto, como se fosse premeditado por alguma
pessoa émula de Hitler.
O que deu azo a que eu tenha
sugerido que a coisa virulenta fora programada para dar cumprimento aos
desígnios de quantos estavam empenhados em fazer razia na faixa populacional da
terceira idade.
- E não é que as duas senhoras da
Saúde, de portuguesa notoriedade televisiva, descobriram que o maldito vírus é
inteligente… – quiçá possuído de inteligência artificial? Pergunto: quem lha
introduziu? Onde isso teria acontecido?...
- Seja lá como tiver sido
formatada, o certo é que a pandemia em curso de aniquilação da “peste grisalha”
tem tido, neste aspecto, um êxito estrondoso que se antevê prosseguir
imparavelmente.
- O que, certamente, será motivo
de regozijo para as “inteligentes” criaturas, de má criação e pior formação
moral, que se querem ver livres dos velhos.
- Ora o coronavírus sendo inteligente
mais perigoso e mortífero para as pessoas da terceira idade ele é de facto; e
por essa específica condição, melhor acolhido e festejado será por Lagarde
& Comp.ª. L.ª.
Facilmente se conclui que agora,
face a estes dados, o surgimento de uma moda branqueadora da pandemia e de
condenação e repulsa das medidas que as autoridades sanitárias tomaram para a
combater eficazmente; vem mesmo a jeito de recompor a situação em termos de
melhor satisfazer os propósitos de quem despreza, sobremaneira, a dignidade e a
vida da pessoa humana.
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