Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

sábado, janeiro 04, 2020


A MINHA CELEBRAÇÃO DE NATAL:
IR AO ENCONTRO DE EU MESMO

Brasilino Godinho
04/Janeiro/2020
TOMO VI
COM EMOÇÃO E DELEITE
TRANSITANDO ENTRE OS ESCANINHOS
DA INFÂNCIA E DA ADOLESCÊNCIA

Procedendo ao término do “remate do relato de infância” dê-me conta de que nele estava faltando referência à Feira de Santa Iria que se realiza na Várzea Grande, em Tomar, todos os anos, nos dias 19 (feira das passas), 20, 21 e 22 de Outubro e ao Circo, sempre montado no recinto da feira.
Uma e outra coisa não podiam ser omitidas nesta peça evocativa da infância de Brasilino Godinho. Pela simples razão de que quer a feira, quer o circo, eram muito apreciados pela criança brasilina.
Daí que me pareça imperativo referir a valorização que lhes dava naquela época. E para lhes conferir essa importância e lhes associar a inerente consistência subjectiva, hei decidido recorrer à linguagem poética que se segue expressa em letra de forma.


FEIRA DA MINHA INFÂNCIA

Em Tomar, uma vez no ano, temos feira
De grandes atractivos e diversões;
Digamos que vai tudo bem, à maneira
De se conservar fiel às boas tradições.

Dos tempos escolares é a primeira,
Das vivas, das amadas recordações,
Que associamos à forma ágil e matreira
De ir para ela com falta às lições.

É fantástico mundo de alegria e cor
Que povoa hoje o nosso imaginário
Quando o lembramos com saudade e fervor.

A nós - e agora – a feira dá nostalgia;
Não porque nela exista novo cenário
Mas por ser outra a nossa psicologia.


O CIRCO

Da infância, recordamos tempo, local
E o espírito mais vivo e alvoroçado
Com que víamos os homens e o material
Chegarem para o “teatro” mais desejado.

O circo, a linda festa, se aproximava,
Com sua alegria, cor, música e movimento
Que, se a alguns seduzia, a todos encantava;
E à qual sempre acorríamos de olhar atento.

Depois… o encanto, às vezes, se perdia
Com as tais cenas ímpias de outro ritual.
Então, nossa piedosa alma se inquiria:

- Porquê isso acontecer, se o circo é tão “rico”?
~Por que não é só logro, nem vida real:
Mas, sim, circo na vida… e a vida num nico!



Agora enveredando pelos escaninhos da adolescência reporto um interessante espectáculo protagonizado pelo polícia sinaleiro Fernando Gamas Aparício. Era um homem alto e aprumado. Denotava gosto pela função. No exercício profissional exibia-se no cruzamento sobranceiro ao Rio Nabão, no enfiamento da Corredoura, Ponte Velha e Rua da Levada, com expressão artística nos gestos e nos movimentos. Ele era espectacular e suscitava a atenção das pessoas que se dispersavam pelos passeios em redor, a observá-lo.
(Sonetos in “UM DIA DESCI À CIDADE…”, Brasilino Godinho, pp. 57, 55)
(Continua no TOMO VII)        

Brasilino Godinho, adolescente estudante