291. Apontamento
Brasilino Godinho
19/Outubro/2019
REGISTANDO
Continua a luta dos catalães genuínos pela Independência da Catalunha. Um árduo combate para os naturais da Catalunha, porque na sua terra têm de enfrentar os numerosos colonos espanhóis que nela estão radicados.
Estou solidário com os patriotas daquela nação oprimida pela monarquia espanhola.
Custa a perceber que haja portugueses que apoiem a Espanha; a qual, após a Guerra das Laranjas, abusiva e ilegalmente, violando o Tratado de Viena, de 1815, ocupa Olivença, terra portuguesa que desde essa data a coloniza, como agora prossegue colonizando a Catalunha, País Vasco,
Galiza e Principado das Astúrias.
Claro que não ignoro que sempre houve traidores em Portugal. E agora - que o país está subvertido pela hipocrisia e pela indigência cultural estabelecida em generalizados sectores da sociedade portuguesa - a abundância da espécie não passa despercebida a um observador atento e cultor dos valores pátrios.
Espanha é um Estado formado pelos Reis Católicos que, pela força, engloba várias nações que têm todos os motivos para se tornarem independentes.
Ao contrário, Portugal é um Estado (o quinto mais antigo da Europa) e uma só Nação. Faz real e inquestionável diferença.
No século XVII, a revolta da Catalunha ajudou Portugal a consolidar a Restauração da Independência. E numa luta que ocupou 28 anos, pois que a Espanha bastante tentou, pelas agressões armadas, retomar posse e usufruto do nosso país.
Portugueses!
Devemos estar reconhecidos à Catalunha.
E não esquecermos que Olivença é terra portuguesa que desde 1815 vem sendo colonizada pela Monarquia de Espanha - faço distinção entra Monarquia dos Borbons e povo espanhol e República de Espanha (implementada em 1931 por umas Cortes de maioria monárquica).
É um espectáculo repugnante ver e ouvir dirigentes de Portugal a fazerem declarações de apoio e exaltação da - por eles chamada nação irmã - Espanha.
Tais confissões de amor pelo vizinho e agressivo Estado espanhol são indecentes manifestações de total e vil subserviência face à monarquia castelhana.
Também de transgressão da Constituição da República Portuguesa que consagra a integridade do território nacional (e nela incluída a parcela de Olivença, ocupada pela Espanha).
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