278. Apontamento
Brasilino Godinho
25/Setembro/2019
FRASE DE ALBERTO J. JARDIM
COM DUAS INTERPRETAÇÕES:
“TEM DE HAVER UMA CERTA CRUELDADE,
UMA CERTA FRIEZA
PARA SE SER EFICAZ POLITICAMENTE”.
Hoje chegou ao meu
conhecimento que o Dr. Alberto João Jardim, ex-chefe do Governo Regional da
Madeira, teria proferido ou escrito a frase acima inscrita em subtítulo.
Há que reconhecer
estar nela expressada a personalidade e a actuação como governante do conhecido
cidadão madeirense a quem um dia puseram a alcunha de “político”.
Atendo a essa
particularidade identitária, significação temática, e pretensiosa justificação de
aspectos mais negativos e perniciosos da sua prática governativa, a frase do famoso
madeirense ajusta-se-lhe bem.
E ele,
implicitamente, contempla-se sem pudor nessa gravosa definição da crueldade e
frieza que terá aplicado no transcurso de 37 anos de exercício do Poder na
Madeira.
Pelo que se pode
dizer que o Dr. Aberto João Jardim chegou ao fim do seu “reinado” de poder algo
autocrático sem ter apreendido o que é a POLÍTICA e o ser POLÍTICO. De uma
coisa e outra nunca terá tido ou demonstrado percepção e o devido e
indispensável entendimento.
Portanto, a frase
ajustando-se, que nem uma luva, ao seu perfil de disfarçado político tem a
correlativa aplicação ao seu ego. E nesse sentido de retratação simultânea da
pessoa e do governante condiz a letra com a careta.
Mas acontece que a
referida frase é per se repulsiva e
intolerável se encarada num contexto POLÍTICO. Sublinha-se que POLÍTICA nada
tem a ver com a “política” (sempre baixa, que vem sendo aplicada em Portugal).
Importa tornar claro
ao Dr. Alberto João Jardim e ao povo português que a Política é Arte/Ciência de
bem administrar a Nação e zelar o interesse público, com decência,
responsabilidade e cumprindo escrupulosamente as normas da DECLARAÇÃO UNIVERSAL
DOS DIREITOS DO HOMEM e a DECLARAÇÃO DE LISBOA, DE 22 DE SETEMBRO DE 2017,
SOBRE OS DIREITOS DOS IDOSOS.
Mais: a POLÍTICA, em
todas as circunstâncias, haverá de ter dimensão ética e observância moral.
O que não se
compagina com a crueldade e frieza insinuadas pelo Dr. Alberto João Jardim.
Concedo-lhe o benefício de supor que não intui como modelo de expediente
político e acção governativa, as crueldades e friezas dos grandes aplicadores:
Marquês de Pombal, Salazar, Hitler, Mussolini, Estaline, Franco etc….
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