MINHA EXTREMA TRISTEZA
Brasilino Godinho
Hoje, 22 de Setembro de 2019, faz dois anos que por
iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU), foi proclamada a DECLARAÇÃO
UNIVERSAL DOS DIREITOS DOS IDOSOS.
O acontecimento ocorreu em Lisboa, precedendo um encontro de
representantes de uns cinquenta países, entre os quais Portugal que nele esteve
representado pelo ministro Vieira da Silva; o qual subscreveu o documento que
vinculou o governo nacional a cumprir e a fazer cumprir todo o normativo
aprovado.
Pois a dois anos de distância que balanço é possível elaborar
quanto ao grau de aplicação das medidas previstas em prol da dignificação dos
idosos, de melhorias nas suas condições de vida e do aproveitamento da imensa
riqueza de matéria cinzenta que é desperdiçada num país que muito bom e
gratificante uso dela poderia beneficiar?
Balanço nulo! De concreto e substancial: NADA!
Desde o Presidente da República, passando pela Assembleia da
República, atravessando de passagem atenta pelo Governo, a problemática da
terceira idade, tem sido sistematicamente desprezada ou supostamente esquecida.
Por infelicidade, até a Universidade de Portugal, nem sequer
de soslaio repara na riqueza da massa cinzenta de que Portugal está possuído.
E aqui, na área universitária se focaliza o grave problema
suscitado por figurado alheamento de uma causa que reveste gravosos aspectos no
futuro de Portugal.
A propósito, faço referência a um caso recente em que estive
envolvido directamente.
Tendo presente as frequentes ocorrências no meio
universitário português de abandono escolar, de mau aproveitamento na
aprendizagem e de terríveis depressões de muitos jovens estudantes das
universidades, tomei a iniciativa de endereçar aos caloiros dos estabelecimentos
académicos uma saudação especial de boas vindas às instituições, dando-lhes
alento e apontando-lhes o meu exemplo de determinação, coragem e perseverança.
Com invulgar autoridade moral para suscitar os desejados efeitos. E sem mínima
ideia de promoção pessoal. Aliás, tida em profusão durante dezenas de anos de
exercício profissional e de actividade de escritor e, ainda, no decurso de 8
anos de vida universitária; nestes últimos (2013, 2017 e 2018), alvo de muito
grande projecção mediática a níveis nacional e internacional.
Julgava eu que a minha iniciativa, tão simples e
despretenciosa, seria um válido contributo para bem dos jovens estudantes e com
expressivos, aproveitáveis, reflexos no regular funcionamento de cada
universidade. Supus e desejei que as universidades portuguesas expandissem no
seu interior a saudação que dirigira aos caloiros.
Pelo visto e inoperância que apreendi do que me foi dado
observar, estava enganado. A Universidade Portuguesa alheou-se da iniciativa. E,
assim, não reconhece préstimo à Licenciatura e Doutoramento de Brasilino
Godinho; nem, sequer, para ser paradigma alentador das novas gerações.
Pior para a Universidade de Portugal! Se por omissão e (ou)
desprezo desconsidera um dos seus doutores mais mediáticos, possuidor de
singular e multifacetado curriculum vitae,
nem se apercebe que está a desvalorizar a qualidade do ensino que ministra aos
seus alunos. Os cidadãos dirão: Se a universidade não lhe dá crédito, não
seremos nós que vamos acreditar na sua pretensa “ciência”.
Isto escrito por ser de considerar que, mais do que
ocasionais frases de elogio, são altamente significativas as atitudes dos
responsáveis: sejam eles da alta hierarquia do Estado ou das mais importantes instituições
académicas.
Daí que, neste espaço, tem devido cabimento assinalar a
atitude da Universidade Eduardo Mondlane, de Maputo, Moçambique, para com
Brasilino Godinho. Ela fez algo que não foi feito por nenhuma universidade
portuguesa. Teve a iniciativa de chamar a atenção dos seus alunos para o
percurso académico de Brasilino Godinho, ao escrever no seu sítio oficial:
“Parabéns e sucessos para o Brasilino. Muita força para os
próximos voos e que a sua força e
perseverança sirva de exemplo aos nossos jovens. Universidade Eduardo
Mondlane.” (O sublinhado é de Brasilino Godinho, agora introduzido).
Para terminar este texto, comento as palavras contidas na antecedente
apreciação da universidade moçambicana.
Felizmente não me falta vontade, nem força moral, para voos e para ser
exemplo dos jovens moçambicanos – não para os estudantes portugueses porque,
para estes, fui desconsiderado pela instituição Universidade de Portugal e
pelas altas autoridades portuguesas que, eventualmente, estão mais interessadas
no aparecimento e proliferação de novos génios dos pontapés e cabeçadas na
bola… e menos na Educação e Ensino, em Portugal.
Porém, infelizmente, não será possível cumprir os votos enunciados pela
universidade moçambicana, pela razão, facilmente intuída, de que me estão
vedados “os próximos voos”, por parte de entidades que os impedem e que não
cumprem as normas inscritas na DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DOS IDOSOS.
Lamento que os estudantes moçambicanos se sintam frustrados por não
continuarem revendo-se nos voos do Brasilino. Compreendam! Não me cabe a culpa!
:
Nota importante: Devo inscrever o
registo de que CRUP-CONSELHO DE REITORES DAS UNIVERSIDADES PORTUGUESAS e a
UNIVERSIDADE DE AVEIRO assinalaram a obtenção dos graus de Licenciatura e de
Doutoramento por parte de Brasilino Godinho. A Universidade de Aveiro editou o
PRESS BOOK – BRASILINO GODINHO TERMINA DOUTORAMENTO AOS 85 ANOS.
Legenda da foto
Sim, para o Mundo!
Pelo visto e é pressentido, não para Portugal. O que está a dar,
muito bem aceite, são as licenciaturas arrelvadas e socráticas.
Assim vai Portugal cair na Boca do Inferno…
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