Há 2 anos
20 de Setembro de 2017 às 22:34 ·
A TEMÁTICA DA VIVÊNCIA
E MAIS-VALIA DOS IDOSOS
E MAIS-VALIA DOS IDOSOS
Brasilino Godinho
Os idosos e as manifestas duas posições divergentes:
1. ONU lembra-se deles!
2. Políticos de Portugal não lhes dispensam atenção, nem representatividade.
1. “ONU debate em Lisboa como idosos podem ser uma mais-valia” (Público, 18/9/2017)
O encontro de delegações de 35 governos e de representantes de algumas organizações não governamentais (que não têm sido identificadas perante o público) é organizado pelo Ministro do Trabalho e Segurança Social, Vieira da Silva, e tem realização nos imediatos dias 21 e 22 de Setembro.
Da agenda dos trabalhos consta uma abrangente abordagem de temas concernentes à específica vivência do idoso na sociedade contemporânea.
O jornal Público na edição de hoje, dia 20 de Setembro de 2017, insere uma extensa entrevista de Vieira da Silva de relevante importância e que evidencia a pertinência e grande actualidade da temática que irá estar em discussão.
Todavia, parece-nos que vai registar-se uma grave lacuna. Não consta que os idosos sejam ouvidos e consultados sobre a problemática que lhes diz directamente respeito. Se tal acontecer estaremos face a um deplorável procedimento revelador de ostensivo desprezo e que prenuncia uma abordagem equívoca; eventualmente, desvirtuadora dos publicitados propósitos de bem analisar a temática em debate.
2. Políticos de Portugal não lhes dispensam atenção, nem representatividade.
Urge que os portugueses tomem consciência de que em Portugal não é concedido aos idosos qualquer espaço oficial onde possam dar voz aos seus interesses, problemas e legítimos anseios.
Na vigente Terceira República a terceira idade não tem tido representação nas autarquias, no governo e na Assembleia da República.
Em vésperas de eleições autárquicas os leitores dêem-se ao trabalho de procurar nas listas de candidatos dos vários partidos o nome de qualquer idoso com idade superior a 65 anos; e, provavelmente, nem um encontram. O que é bastante elucidativo do grande desprezo que todos os partidos têm dado – e continuam a dar - aos idosos.
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