Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

domingo, setembro 22, 2019

NESTE DIA, 22 DE SETEMBRO, HÁ QUE CELEBRAR O SEGUNDO ANIVERSÁRIO DA GLÓRIA DO GRANDE FINGIMENTO DO GOVERNO PORTUGUÊS, ALCANÇADA COM A FARSA DA DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DOS IDOSOS - A QUE ESTÃO ASSOCIADOS OS PARTIDOS POLÍTICOS QUE TEMOS ACTUANDO NO CIRCO POLÍTICO.

Brasilino Godinho
22 de Setembro de 2018 ·
22 de Setembro de 2017 – 22 de Setembro de 2018

NESTA DATA: TUDO COMO DANTES,
QUARTEL-GENERAL EM ABRANTES.
(Brasilino Godinho recorda o seu texto de Setembro de 2017)
ENVELHECIMENTO

No imediato devo realçar as conclusões do encontro que ocorreu a 21 e 22 de Setembro de 2017, em Lisboa, promovido por um organismo da ONU e organizado sob a orientação do ministro Vieira da Silva. Elas suscitam a minha plena concordância. Resta conhecer a forma, os instrumentos e a temporalidade, como serão aplicadas a partir de agora.

Transcrevo:
“Os países da Comissão Económica das Nações Unidas para a Europa (UNECE) comprometem-se a desenvolver estratégias que valorizem a experiência das pessoas mais velhas e a promover esquemas flexíveis de reforma que lhes permitam permanecer mais tempo no mercado de trabalho. Este é um dos objectivos assumidos na Declaração de Lisboa adoptada a 22 de Setembro de 2017, durante a conferência da UNECE para discutir o envelhecimento activo.
O documento adoptado em Lisboa por mais de 50 países estabelece as prioridades que devem ser tidas em conta ao longo dos próximos cinco anos (…)”.
“Um dos pontos inovadores do documento passa por reconhecer que há uma relação entre o envelhecimento da população e o desenvolvimento económico, social e ambiental. E é com base nesse pressuposto que se desdobram os compromissos assumidos em três áreas fundamentais: reconhecer o potencial das pessoas mais velhas, incentivar a sua permanência no mercado de trabalho e assegurar o envelhecimento com dignidade”.
De destacar a afirmação do ministro português Vieira da Silva: “A integração das pessoas menos jovens deixou de ser apenas um objectivo político ou um imperativo de realização dos direitos humanos, passou a ser uma necessidade da nossa economia”.
“Olga Algayerova, secretária executiva da UNECE, destacou a importância da Declaração de Lisboa, que «reforça o incentivo de ter todas as gerações a contribuir activamente na sociedade e para a sociedade».
Além disso, acrescentou, o documento «afirma a necessidade de salvaguardar os direitos da pessoa idosa”.

Comentário de Brasilino Godinho:
Apesar de os idosos não terem, nessa condição, participado no evento, congratulo-me com as conclusões expostas na Declaração de Lisboa, aqui focada.
Quem tem lido regularmente e com atenção as minhas crónicas, ao longo dos anos, aperceber-se-á que tais proposições finais do encontro da UNECE correspondem inteiramente a tudo aquilo que venho defendendo em prol da causa dos idosos e em que evidencio a suprema conveniência e grande utilidade pública das suas experiências de vida, das suas competências e, por vezes, dos seus invulgares saberes e em se admitir e valorizar as suas participações no normal fluir e regular desenvolvimento da sociedade.
Hoje, 22 de Setembro de 2018, a um ano da DECLARAÇÃO DE LISBOA, sobre os direitos dos idosos, importa destacar as medidas que o Governo terá estabelecido em consonância e com acatamento dos termos de tal DECLARAÇÃO efectuada sob a égide da ONU. Quais?
De facto, segundo as inexistentes crónicas, não terá tomado nenhuma iniciativa. Todavia, o Governo, pouco tempo após a data da assinatura (a 22 de Setembro de 2017) do referido documento, teve um expediente oportunista e inconsequente, que implicou o percurso de um extenso distanciamento geográfico entre dois continentes e a utilização de uma aeronave na ida e no retorno, por parte de um governante mandatado para fazer um qualquer brilharete na ONU. À custa do Zé-Povinho o ministro Vieira da Silva deslocou-se a Nova Iorque, onde terá visitado a sede da ONU. O leitor, curioso, perguntará: o que o ministro Vieira da Silva foi lá fazer? Mistério, ainda por desvendar. Talvez cumprimentar o correligionário António Guterres, oferecer-lhe uns pastéis de Belém e dar-lhe umas palmadinhas nas costas com jeito e meiguice para não o magoar… Todavia, fará sentido que uma delegação de contribuintes portugueses, agastados com tantos despesismos, em viagens pela estranja, das criaturas políticas contagiadas pelo vírus turístico, se disponha a ir ao encontro do senhor ministro e formando um conjunto afinado e harmonioso lhe cante:
«Foste ao jardim da Celeste, giró-flé, giró-flá..
O que foste lá fazer? giró-flé, giró-flá.
O que foste lá fazer? giro-flé-flé-flá.
Fui lá buscar uma rosa, giró-flé, giró-flá.
Fui lá buscar uma rosa, giró-flé-flé-flá.
Para quem é essa rosa? giró-flé, giró-flá.
Para quem é essa rosa? giró-flé-flé-flá.»
Nesta altura, não se faz ideia para quem foi a rosa que o ministro terá trazido da viagem ao Jardim da Celeste, à beira-ONU plantado…
É de prever que o senhor ministro fique encantado com esta cantoria muito em voga no século XX; visto que os políticos que temos abancados à mesa do Orçamento, muito se divertem com o cancioneiro infantil, o folclore saloio da alfacinha capital portuguesa e se regalam a ver as magníficas panorâmicas quando, repimpadamente, sentados junto às janelas dos aviões de carreiras internacionais. Nalguns casos (tipo Paulo Portas), exibicionistas compulsivos, dando a impressão de que desejam tornarem-se milionários do ar…
Uma certeza é de reter: em Portugal e da Declaração de Lisboa, sobre o envelhecimento activo, dir-se-á que é uma mão-cheia de coisa nenhuma. Por obra e (des)graça dos governantes e dos políticos abrigados no Palácio de S. Bento, em Lisboa.
Outrossim, a fixar é que “o imperativo da realização dos direitos humanos” de que falava o ministro Vieira da Silva, no dia 22 de Setembro de 2017, terá sido apanhado à má-fé por uma corrente de ar que o arrastou para as assustadoras profundezas da Boca do Inferno, em Cascais. Os resultados apercebem-se: de mau agoiro para os idosos, professores, médicos, enfermeiros, taxistas, indiferenciados indígenas, pessoas sem abrigo; de indisfarçável aprazimento do pessoal político que, em Lisboa bem trata da vida – boa cama, melhor comida, participação em excitantes espectáculos no plateau de palaciana arquitectura e figuração divertida nas frequentes paradas de múltiplas paródias que ocorrem em redor do circo político…
Fim