BRASILINO GODINHO
233. Apontamento
18 de Maio de 2019
233. Apontamento
18 de Maio de 2019
O PECADO ORIGINAL
DAS CHAMADAS
CAMPANHAS ELEITORAIS EM PORTUGAL
Há dias, segundo o que foi anunciado pelos órgãos
da comunicação social e sem pasmo do público, teria começado a oficial campanha
eleitoral para as eleições europeias do próximo dia 26 de Maio.
Digo sem pasmo do público porquanto os cidadãos
estão acostumados e cansados de todos os dias serem massacrados pelas campanhas
desenvolvidas pelos partidos com representação parlamentar.
Aos grémios partidários não lhes basta as
actividades que os ocupam no Palácio de S. Bento onde funciona a Assembleia da
República. Todos os dias as figuras mais predominantes de cada um dos partidos
com assentos na Assembleia, aparecem nas televisões, retratados nos jornais e
palrando nas rádios; dir-se-á que entretidos a se elogiarem a eles próprios e
aos clãs a que pertencem e a atacarem, com afinco e obstinação, os adversários.
Isto é: fazendo a toda a hora propaganda eleitoral
de baixo nível político e, geralmente, de nulo sentido ético. Num tão
depreciativo modus faciendi de
caricaturar e desvirtuar a nobre arte/ciência da POLÍTICA, poucos são os
indivíduos que se salvam e se creditam como cidadãos verdadeiramente
compenetrados da natureza, obrigações e deveres que, nela, lhe são concernentes
e imperativos de cumprimento responsável.
Ora sendo a propaganda eleitoral permanente e
quotidianamente praticada, não tem cabimento a presunção de que, próximo da
data das eleições, haja um período designado de campanha eleitoral;
ainda-por-cima dita de oficial, com requinte de insensatez. Pela razão de que não há nexo factual concretizado e como tal
percepcionado pelos cidadãos. E inequivocamente determinante. Trata-se de uma
impostura. Uma hipocrisia deplorável. Embora condizente com todo um estado de
faz-de-conta vigente em Portugal.
Daí se considerar que as referidas oficiais campanhas
eleitorais, precedendo as campanhas diárias ao longo dos anos de cada
legislatura, possuem como atributo emblemático o pecado original de serem
simplesmente prolongamentos que só acrescentam as arruadas.
Claro que sendo pecado original e que se vai
mantendo ao longo dos anos, cansa, satura, e incomoda, sobremaneira, o cidadão
que preza os valores da seriedade, da cidadania, da ética, da moral e da
POLÍTICA. Atingiu-se o ponto de rotura com o execrável sistema. Não há pachorra
para o suportar. O crescendo das abstenções aos actos eleitorais reflecte este estado
de coisas extremamente desagradável e inquietante.
Decerto, que relativamente aos pecados originais, ciclicamente
repetidos, nem se esperam indulgências pastorais de qualquer eminência
religiosa para lhe facultar absolvições…
Presumivelmente, haverá, sim, eminências pardas,
algures acantonadas em Lisboa, que decidirão mantê-los a todo o transe…
A prejuízo da Nação!
E em desonra e a descrédito da “democracia” de fingimento,
vigente; a qual, tende a ser cada vez mais falseada e desvirtuosa.
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