BRASILINO GODINHO
226. APONTAMENTO
11 de Maio de 2019
PORTUGAL CONTINENTAL
À ESCALA EUROPEIA
É UMA MÉDIA REGIÃO
01 - Ninguém pensa na Europa
retalhar uma média região em regiõezinhas, como sucederia em Portugal se um dia
vingasse tão despropositada divisão administrativa.
Na Europa existem grandes países já divididos em regiões
administrativas.
Espanha, França, Alemanha, são países que dispões de regiões maiores
que Portugal. Se Portugal, como se apregoa por gente obstinada no disparate,
precisa de ter poderes regionais por mais próximo estarem dos cidadãos,
naquelas maiores regiões europeias deve ser urgente que cada uma delas se
retalhe em regiões de envergadura idêntica à região metropolitana que ainda há
nome de Portugal.
Aliás, a crer nos fanáticos
portugueses da regionalização é de intuir que os habitantes dessas grandes
regiões devem estar frustrados, porquanto se encontrarão distantes dos seus
órgãos regionais. Pelo que, por questão e coerência e espírito de fraternidade,
haja em Portugal um regionalista de primeira apanha que vá em socorro dessas
populações regionais europeias e lhes explique o que é essa coisa da verdadeira
e milagrosa proximidade regional. Eles que aprendam com os nossos expeditos regionalistas
e se apressem a regionalizar nos moldes ideados pelos propagandistas da
regionalização portuguesa.
02 - Embora por vezes seja
exteriorizada pelos burocratas de Bruxelas e pelos arautos de serviço e apoio dos
poderes ocultos que superintendem na Comunidade Europeia, está latente neles a
intenção de transformar a Europa numa associação de regiões: a Europa das
Regiões Administrativas.
A Europa das Regiões
Administrativas significaria o colapso das nacionalidades. O que sobreleva de
aplicação do velho conceito de dividir para reinar em termos de maior amplitude
de domínio e exploração das populações.
E em Portugal persiste no campo
político quem se empenhe afincadamente em implantar a regionalização. Para além
de um procedimento subserviente de copiar e aceitar acefalamente tudo que é
estrangeiro; no caso português ainda mais se nota outra faceta anómala: a
sofreguidão por mais tachos públicos (funcionários e (des)governantes) que se
perspectivariam nos serviços orgânicos das regiões.
Imagine-se o avolumar de despesas
para o Erário: instalações, equipamentos, veículos, vencimentos e mordomias de
funcionários e de autarcas regionais; num país em que o governo alega que não
há dinheiro para reposição de vencimentos aos professores e a outros
funcionários espoliados no tempo da austeridade coelhal de péssima memória. Igualmente,
se alega que o Orçamento não comporta mais encargos financeiros com o
funcionalismo público e com injecções de capital na Saúde, no Ensino, na
Segurança Social, nas Forças Policiais e Armadas, nas infra-estruturas
rodoviárias e ferroviárias, etc, etc.
03 – Fixemo-nos nesta certeza: no
que concerne à proximidade dos cidadãos aos poderes vigentes na República de
Portugal, as Câmaras Municipais e as Juntas de Freguesias preenchem os
requisitos funcionais convenientes para a assegurar com eficiência em benefício
das populações.
Os portugueses precisam de cada vez
mais se deixarem de ocupar com fantasias e superficialidades, que muitas vezes são
potenciais instrumentos de despesismo e de degradação sociopolítica – como
seria a hipotética regionalização portuguesa (configurada em regiões anãs) da
média região europeia que é Portugal continental.
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