BRASILINO GODINHO
225. APONTAMENTO
10 de Maio de 2019 

1 - CE - “UM REPUGNANTE MUNDO NOVO”

2. - UMA REPUGNANTE PEIXEIRADA NA TV

1 - A Internet trouxe-nos um vídeo que mostra a intervenção do falecido deputado europeu Gianluca Buonanno, numa sessão plenária do Parlamento, em Estrasburgo. Tem o valor inestimável de nos informar acerca do funcionamento daquele areópago internacional. Aquele deputado italiano com a sua oratória e sem papas na língua apontou várias anomalias no funcionamento da instituição e nos desempenhos dos comissários europeus, nomeadamente nos relacionamentos com o parlamento. Ficou demonstrado que a câmara é, geralmente, inoperante e desregulada na sua funcionalidade. Ponto alto da sua intervenção foi quando destacou a circunstância de, naquele momento em que discursava sobre o tema importante em debate, no hemiciclo estavam presentes 30 deputados, sendo devidas as presenças de 751 parlamentares. O que se deve considerar escandaloso.   

Como titula o vídeo: a actual União Europeia é “UM REPUGNANTE MUNDO NOVO”, que está longe de ser um instrumento válido, sério, credível e competente, para bem gerir os destinos da Comunidade Europeia.

2 – Ontem, altas horas, no início da madrugada, por breves minutos, assisti pela TVI ao debate alusivo às eleições europeias prestes a realizarem-se. Pelo que vi e ouvi fiquei enfastiado e algo enojado com tamanha peixeirada. No indecoroso espectáculo sobressaiu a falta de educação com que os participantes interrompiam constantemente os adversários não os deixando falar. Paulo Rangel destacou-se em demonstrar grande falta de educação e nulo respeito e tolerância pelos adversários. Talvez convencido que quanto mais agressivo e mais alto fosse o tom da voz, mais concordância teria por parte do público. José Alberto Carvalho, que seria suposto coordenar o debate, houve-se como mero figurante e não foi capaz de pôr ordem naquela deprimente bagunça.

Enfim, mais uma vez se fez demonstração pública: da falta de classe, de nenhuma  formação cívica e de confrangedora  carência de educação, de alguns influentes dirigentes da política à portuguesa.