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e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

segunda-feira, maio 13, 2019


BRASILINO GODINHO
228. APONTAMENTO
13 de Maio de 2019 


ACTOR JOE BERARDO
A NOVA ESTRELA DO TEATRO-CIRCO POLÍTICO

A visita de Joe Berardo ao Palácio de S. Bento foi um sucesso de grande dimensão. E por diversos factores: espectáculo mediático, desempenho do protagonista Berardo, afirmações do mesmo, intervenções dos participantes, enquadramento do cenário, repercussão da peça teatral junto do público e, ainda ter proporcionado ensejo para jornalistas e comentadores se entreterem a opinar sobre a matéria fascinante que deu lustre, beleza formal e expressão atrevida à peculiar funcionalidade de um teatro-circo político há muito desgastado, confuso, medíocre, sem nível artístico e dir-se-ia que acéfalo.

Não segui o espectáculo. Mas pelo que tenho visto exposto nos meios de comunicação social apercebi-me de que naquele evento aconteceu o facto insólito de Joe Berardo se ter revelado um grande actor de teatro-circo no desempenho de um papel extremamente complicado; ainda-por-cima, tendo lugar num plateau onde se concentravam advogados tidos e achados como participantes hostis e predestinados a tornarem o seu desempenho extremamente difícil.

Todavia, Joe Berardo teve uma actuação impressionante e que terá deslumbrado os indígenas mais exigentes. Precisamente uma impressão oposta àquela do chefe de governo, António Costa, que veio dizer ao respeitável público uma coisa que a este sector da sociedade terá passado completamente despercebida. O primeiro governante disse: “o país está chocado com o desplante de Berardo.” Este - digo eu - é um desacerto incrível. 

Pois que há, de facto, não um desplante de Berardo no Palácio de S. Bento, que tivesse chocado o país, mas vários desplantes a saber: da entidade bancária que, por dá cá aquela palha, trespassou milhões de euros para a bolsa de Berardo; da Assembleia que o convidou e lhe facultou palco, com inusitada complacência para ele se exibir em grande estilo. 
Tudo isto precedendo o desplante do enorme golpe de Berardo configurado no esquema operativo que, com mestria e poder de persuasão, levou ao engano os administradores do estabelecimento bancário que se reservaram o papel de angélicos lorpas. E como o país já está habituado a desplantes semelhantes de vários figurões, este, de Berardo, não chocou o país, nem a malta…

Fico por aqui, neste aspecto da importante questão inerente à peça teatral, algo burlesca levada à cena no Palácio de S. Bento, que suscitou este meu 228. Apontamento.
Estou fixado no propósito de comentar a condição de actor evidenciada por Joe Berardo no teatro-circo político de S. Bento. 

Saliento o à-vontade, domínio da actuação e as linguagens oral, gestual e fisionómica, com que entrelaçou as suas intervenções, por vezes pilhéricas (ou) irónicas e de gozo sarcástico, com que mimoseou os circunstantes. Outrossim, que deram a sensação de embaraçar os participantes sentados ao seu redor. Foi expressivo! Assaz brilhante!

O teatro-circo sociopolítico passou a contar com uma estrela de grande porte físico e de apreciável envergadura artística; principalmente, dominando superiormente a difícil arte da prestidigitação.
É de prever que Joe Berardo tenha, nos próximos tempos, um fantástico sucesso na auspiciosa carreira de artista de teatro-circo político, que agora deverá iniciar e por ela estar perfeitamente ao seu alcance.