Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

domingo, maio 19, 2019


BRASILINO GODINHO
234. Apontamento
19 de Maio de 2019 

TRANSCURSO FATÍDICO
DO VOTO SUSPIRADO
AO VOTO REPELENTE

Em Portugal, durante a longa noite de treva do Estado Novo, com a duração de 48 anos, inúmeros portugueses desejaram ardentemente exercer o inalienável direito do voto. A 25 de Abril de 1974 ocorreu a Revolução dos Cravos e com ela se julgou alcançada a Liberdade, a Igualdade, a Fraternidade, a Democracia, e o respeito e a aplicação dos direitos consagrados na DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO HOMEM, entre os quais o exercício do direito do voto.
No ano seguinte (1975) realizaram-se as primeiras eleições livres. O povo rejubilou e acorreu em massa às assembleias de voto. 
A partir dessa memorável ocorrência as eleições foram sucedendo-se e acentuando-se a diminuição das afluências às urnas; o que, sobretudo, se deve à frustração sentida pelos eleitores relativamente às perspectivas que idealizaram para o futuro da Nação e que, em maioria dos casos, lhes saíram completamente goradas.
Tem sido tal o prosseguimento da decadência do País e da degradação das condições de vida dos cidadãos, que hoje se pode afirmar que a Revolução dos Cravos foi uma Revolução traída por quantos sectores políticos e de obscura prevalência e domínio na sociedade portuguesa, dela se apropriarem e acintosamente renegaram os princípios, valores e objectivos inscritos no seu programa.
Pelo que o voto, actualmente, é uma reminiscência de aparente natureza eleitoralista, que se caracteriza como expediente usado para, falsamente, dar aspecto de legalidade a um sistema político subvertido pela corrupção, pelo compadrio, pela exploração, pela impunidade e, sobretudo, pelos interesses e orientações dos anónimos “donos disto tudo”.
Dito por outras palavras:
NESTE NOSSO TEMPO, O VOTO EM PORTUGAL É “UMA ARMA QUE, POR ABERRAÇÃO DEMOCRÁTICA, SE ENCONTRA SOMENTE DISPONÍVEL PARA OS CLÃS PARTIDÁRIOS QUE ENTRE SI A MANIPULAM A SEU BEL-PRAZER E COM RESERVADO MONOPÓLIO ELA É, NAS CIRCUNSTÂNCIAS ACTUAIS, DISFUNCIONAL E NÃO OFERECE QUAISQUER GARANTIAS DE UTILIDADE OPERATIVA PARA O DEVIR DA SOCIEDADE PORTUGUESA”.