144. APONTAMENTO DE
BRASILINO GODINHO
25 de Maio de 2018
CRESCE A EPIDEMIA DOS LAPSOS
MAIS UM GOVERNANTE LAPSOU!
Até data recente os lapsos tinham
generalizada má fama, visto que acarretavam consequências desagradáveis e, às
vezes, muito onerosas, como acontecia com os de natureza fiscal.
Tome-se nota que este registo
ainda persiste relativamente a todos quantos não se inscrevem na primeira
classe da população portuguesa; a qual é composta por indivíduos nados,
crescidos e vivendo com fausto na terra lusitana ou naturalizados por imposição
do famigerado cartão golden
autenticado com a paulina marca portas.
Porém, ultimamente e como
acontece com os vírus, deu-se uma evolução genética de que resultou o
surgimento de uma nova estirpe de lapsos bastante benigna para os indivíduos
que se dedicam à política partidária, especialmente os que ocupam os cadeirões
do Poder e da Assembleia da República.
A nova estirpe dos lapsos tem
todo o carácter de epidemia que por má desconformidade ou maldição de
indeterminada proveniência, tem a misteriosa tendência de proliferar na classe
política e nos domínios de certa privilegiada gente que se arroga o direito e o
proveito de ser a dona disto tudo.
Daí se poder dizer que há
pretexto para se criar um novo verbo na língua portuguesa: o verbo LAPSAR.
E hoje foi noticiado que mais um
governante LAPSOU.
Claro que aquilo que à primeira
impressão poderia ser uma temível enfermidade é, afinal, uma redentora
benemerência, quiçá concedida pelo Grande Arquitecto do Universo, ou perversa
mercê do Mafarrico, destinada a constituir-se instrumento de desespero e
revolta do pacato cidadão que, como se sabe, carrega o desagradável, pesado,
fado de tornar-se zeloso contribuinte do Erário…
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