139. APONTAMENTO DE
BRASILINO GODINHO
16 de Maio de 2018
BRASILINO GODINHO
16 de Maio de 2018
A PERGUNTA QUE SE IMPÕE: AFINAL PARA QUE SERVEM
AS AUTORIDADES GOVERNAMENTAIS E AS POLÍCIAS?
Portugal está na iminência de se
tornar o país mais depreciado, excêntrico, corrupto, empobrecido e desgovernado
da Europa e talvez do mundo.
Desde logo descaracterizando e
desvalorizando o seu identitário património cultural que é a língua portuguesa.
A qual também é desprezada e gradualmente substituída intramuros pela inglesa e
chinesa.
Disso ainda há dias se viu
confirmação com as cantorias da Eurovisão em que se utilizou exclusivamente o
inglês papagueado por umas quatro beldades, arvoradas em apresentadoras do
espalhafatoso espectáculo. Uma parolice inacreditável. Indecente!
Depois é o país onde haverá o
mais extenso rol de fundações sem fundos; de comissões que pouco ou nada
comissionam; de laboratórios de observação de incríveis matérias vivas ou
mortas; de institutos de coisas e loisas algo indefinidas; de disparatadas universidades
seniores de entretenimento de idosos.
Como se isso não fosse demasiado
folclórico e dispendioso para o colectivo dos contribuintes e enquanto se
aguarda a criação e profusão de universidades infantis, substituindo as
antiquadas creches e jardins-de-infância, para contrapor às mal-amanhadas,
patéticas, absurdas, universidades dos velhos; o chefe do governo acaba de
anunciar uma nova instituição: autoridade nacional contra a violência no
desporto.
E se, como fatalidade portuguesa,
tem início a maré das autoridades nacionais contra isto e aquilo, seria
conveniente que se criassem - para além da autoridade nacional contra a
violência doméstica - as autoridades nacionais: contra a violência fiscal;
contra o abuso despesista das altas hierarquias dos órgãos de soberania; e contra
a violenta pesporrência e desgovernação dos sucessivos governos que tão mal têm
exercido o poder executivo. Sem esquecer o eventual benefício de uma autoridade
nacional contra a violência legislativa que se consubstancia no interior do
Palácio de S. Bento, em Lisboa.
Para além do benefício da dúvida
quanto à eficácia do funcionamento de tais autoridades, acredite-se que elas
constituirão um notável contributo para a redução do desemprego dos jovens,
precoces e afortunados especialistas disto e daquilo que for imaginado por
inteligências fulgurantes dos grémios partidários – os quais, impacientes e
predestinados ocupantes dos gabinetes ministeriais, frequentam esses
requintados lugares de acolhimento, de conforto material e devaneio fraternal,
que são as sedes dos partidos que, persistentemente, tratam da saúde dos maltratados contribuintes…
Tudo isto demonstra a
desorganização político/administrativa e a mascarada democracia de um país em
que, pelo visto e pelo factor invisível que encoberta muita miséria de âmbito
funcional, se evidencia que governo, administrações públicas e polícias não
servem para enfrentar as condições disfuncionais da sociedade.
Seria suposto que as supremas
autoridades cumprissem as suas missões e obrigações e tivessem capacidade e
meios para serem os verdadeiros garantes do funcionamento harmonioso da nação
portuguesa.
Mas com a realidade que temos de
sorte malvada, há que protestar e dizer:
Simplesmente: DEPLORÁVEL!
INADMISSÍVEL!
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