91. APONTAMENTO DE
BRASILINO GODINHO
11 de Fevereiro de 2018
A GERINGONÇA QUE AFINAL
É A INDESMENTÍVEL
ANTÍTESE DE GERINGONÇA
Há
momentos acabei de ler no espaço SAPO Online, a tradução de declarações de Noam
Chomksy, distinto linguista e filósofo, em que faz favorável apreciação da
chamada geringonça governamental portuguesa.
O
facto despertou o meu interesse em escrever um breve apontamento sobre a
significação do termo e a realidade que agora e em Portugal nela está mal
configurada – o que é percepcionado por qualquer observador isento e livre de
sujeições a correntes partidárias e ideológicas ou submisso a clientelismos
vários em que é fértil a sociedade portuguesa.
De
imediato ressalta a circunstância de a geringonça governamental ser a negação daquilo
que prevalece no sentido semântico da palavra.
Pois
que geringonça significa coisa mal feita e que se escangalha facilmente.
Claro que ficou comprovadamente demonstrado que a formação do governo não foi mal feita, nem se escangalhou de jeito nenhum. Se o artista brasileiro Badaró fosse vivo, diria: Tomem e embrulhem!...
Claro que ficou comprovadamente demonstrado que a formação do governo não foi mal feita, nem se escangalhou de jeito nenhum. Se o artista brasileiro Badaró fosse vivo, diria: Tomem e embrulhem!...
E
se aconteceu na fase da formação do governo actual haver a ideia proclamada até
à exaustão pelas gentes da oposição de que era uma composição orgânica de curta
duração e muito complicada; hoje é ponto assente que, embora complexa na
formulação institucional, tem tido uma regular operacionalidade e desenvolvido
políticas que, em contraposição à odiosa austeridade, vêm gerando um clima de
paz social, de recuperação do equilíbrio financeiro e de benefícios para as
populações, sobretudo as mais desfavorecidas.
Portanto,
a geringonça instalada na sede do Poder Central, vem agindo em desconformidade
daquilo que é uma genuína caranguejola. Por isso, há que repudiar vigorosamente
o termo de geringonça. É tempo de o fazer!
Embora
este expediente, inevitavelmente, provoque grandes aborrecimentos, quiçá
sofredoras azias, a Paulo Portas, o autor da alcunha, e aos propagandistas que
da geringonça fizeram cavalo de batalha e artilharia pesada de arremesso,
tentando fazer crer que, com este Governo, Portugal ficaria suportando as
maiores desgraças. Aliás, até se dizia, semana a semana, que o Diabo não
tardaria aí trazendo grandes calamidades. Assim mostraram: o mau-conceito de
destruidor que fazem de Satanás; e a crença que dele viria a protecção e os
benefícios que nem conseguiram obter de Cavaco Silva…
Pelo
visto, o Diabo desalinhou, talvez incomodado com as sucessivas e impertinentes
convocatórias de Portas, Cristas, Passos Coelho e Comp.ª L.ª…
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