98. APONTAMENTO DE
BRASILINO GODINHO
17 de Fevereiro de 2018
LISURA, EXIGE-SE!
Porque fiel aos princípios da
Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade e me sentir livre como qualquer
passarinho dos nossos campos que não esteja directamente ameaçado por algum
caçador furtivo, estou à-vontade para me colocar do lado de fora das ligeiras escaramuças
e dos violentos combates que se travam nas arenas dos lugares onde se efectuam
os congressos dos vários partidos – alguns deles a condizer: bastante fragmentados… ou mal configurados. Com foco neste
aspecto de configuração do que tem sido o PSD no mandato de Pedro Passos Coelho
e a propósito, ouça-se a entrevista de Alberto João Jardim à TSF, transmitida
recentemente.
Embora não tendo vínculos
partidários fico incomodado com as cenas que vejo ou com a audição e leituras
de declarações que pecam por animosidade e bastante agressividade tidas com
descaro e má criação por vários congressistas para com colegas do partido a que
pertencem. Tenha-se presente o que se vai vendo, ouvindo e lendo, de muito
ofensivo, agora, relativamente ao novo chefe do PSD, Dr. Rui Rio, que ainda nem
sequer assumiu a chefia.
E raciocino da seguinte maneira: se esta gente hoje procede assim tão
indecentemente para com pessoas da sua própria família política, como não
admitir que de idêntica forma malcriada, deselegante e violentíssima, não
procederão amanhã para com os adversários de outras correntes partidárias? Que
valor transmite essa rapaziada ao partido ora reunido em conclave - como sucede
neste momento em Lisboa, com o PSD?
Deste modo desavindos fica o
partido desacreditado perante os eleitores, por nem lhes merecer confiança.
Quem entre os seus companheiros não confia nem é confiável, também não merece
crédito a quem quer que seja.
Uma conclusão a que chego é a de
que tais pessoas não têm noção do que é a POLÍTICA, que só o é se tiver
dimensão ética; respeitar a moral; sobremodo, orientar-se pelo bem-comum; e por
reverenciar, servir e enaltecer a dignidade humana. Estes, são conceitos a que
dispensam um significativo e deplorável desprezo.
Sabemos que a maioria dos filiados
nas organizações partidárias, encara os congressos como se fossem assembleias-gerais
de exaltados sócios dos clubes de futebol. Mesmo essas reuniões clubistas, na
sua maioria, são condenáveis: porque
desvirtuadoras da ideia desportiva e porque de mais incompatíveis com o
espirito cívico.
Para a elevação e bom proveito da
actividade política, seria desejável que a tais mostrengos do circo político
fossem os próprios partidos a passarem-lhes guias de marcha para outros
espectáculos folclóricos ou de perversa conflitualidade onde vale tudo, sem
respeito por nada e por ninguém.
Lisura, exige-se!
Há que restaurar em todas as
entidades e áreas: mas pessoas, nos partidos, na política, no desporto e nos
meandros do Poder, o uso e o espírito da máxima latina: MENS SANA IN CORPORE
SANO.
Alma sã quer-se radicada em corpo
são.
Um partido político terá que ser
um verdadeiro corpo (instrumento da POLÍTICA) sociopolítico. E nele a alma deve ser conservada sã –
como se fosse dotada de verídico atestado de garantia…
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