AINDA A PROCISSÃO NÃO SAIU DO ADRO…
Brasilino Godinho
1. Dia 17 de Junho de 2017.
Primeiro dia do ano corrente, de grande calor. De enorme incêndio em Pedrógão
Grande. E de horrível morticínio.
Não há dúvida que a época dos
fogos abriu com grande estrondo. Pelos vistos, a coisa promete um ano de 2017
com avultados lucros para a rentável indústria de combate aos ditos… e, talvez,
para o comércio funerário.
Mais uma vez se comprova que em
Portugal é imprescindível acontecer uma violenta tragédia para que as
autoridades e o povo tomem consciência da gravidade da sua incúria.
Há anos que se fala na
necessidade do ordenamento do parque florestal, da limpeza das matas e até
existe lei que estabelece um perímetro de resguardo em volta das casas, a que
as autoridades e forças policiais e a começar pelas câmaras municipais, não
ligam patavina.
Todos os anos acontecem fogos em
milhares de hectares e não se vislumbram actuações preventivas que os evitem.
Urge tomar providências efectivas
em vez de se perderem horas de paleio, de presumidos técnicos, nas televisões e
nas assembleias ditas da República.
2. Vem a propósito mencionar a
ameaça de perigo iminente que paira no ar em Portugal.
Ultimamente sucedem, com
crescente frequência, as ocorrências de quase colisões de aviões de carreiras
comerciais com drones nos céus do continente e ilhas adjacentes.
Os desastres têm sido evitados
devido à perícia e sangue-frio dos pilotos.
Porém, lembremo-nos que tantas
vezes vai o cântaro à fonte…
No entanto, não há notícia de que
as autoridades competentes estejam estudando o grave problema. Tão grave que um
dia destes teremos um grande acontecimento catastrófico a lamentar.
3. Por último, uma advertência:
Parem de tudo concentrarem em Lisboa. Parem de aumentar a sua área urbana.
Parem com os avantajados e dispendiosos investimentos em Lisboa. Limitem-se a
conservar o existente nas melhores condições possíveis.
A manter-se a orientação vigente,
podemos vaticinar que será imenso dinheiro desperdiçado e maiores riscos quanto
à ameaça que paira sobre Lisboa e a sua população: a repetição do pavoroso terramoto
de 1 de Novembro de 1755. É que Lisboa encontra-se localizada sobre uma falha
sísmica, com grande hipótese de nela acontecer, a qualquer momento, um grande
cataclismo.
Por isso vai sendo altura de fazer
algo semelhante ao que fizeram os brasileiros: mudar a capital do país para o
centro de Portugal. Mas sem a implantarem no meio da floresta…
Fim
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