CRIME EM TOMAR

DE LESA PATRMÓNIO

MUNDIAL DA HUMANIDADE

Brasilino Godinho

Hoje foi noticiado nos órgãos da comunicação social que no Convento de Cristo, em Tomar, teriam sido praticados danos no seu interior durante as filmagens de uma produção cinematográfica; tendo até ocorrido uma fogueira de 20 metros de altura no Claustro D. João II.

Lê-se e observamos nas imagens os estragos e custa-se a acreditar. Incrível! Abominável!

Trata-se de um crime de lesa Património Mundial da Humanidade.

Há que responsabilizar os autores que executaram o crime mas, também com severidade, as entidades que autorizaram as filmagens e os funcionários que, se estavam ao serviço, não se opuseram à acção criminosa. Entidades que deveriam ser imediatamente demitidas dos seus cargos.

Este, também é um retrato da degradação a que, em todos os níveis, chegou a Administração Pública e Portugal.

E em que nem já há respeito pela memória histórica do país e sentido de preservar o património da nação portuguesa; que, no caso do Convento de Cristo, até é pertença universal.

Nota final:

- Perguntamos: A Unesco teria sido previamente consultada e autorizado as filmagens? Anotamos que a Janela do Capítulo esteve quase a ser atingida pelas devastações, segunda deu notícia a comunicação social.

- Decisivamente: Nos monumentos nacionais não deveriam ser permitidas filmagens cinematográficas.