MEU
PAIS! MEU PORTUGAL!
ESTARÁS
AMALDIÇOADO?
Brasilino Godinho
06 -01-2016
Se
estamos em crer no que se conta por aí sobre as tenebrosas actividades dos
demónios espalhados por Lisboa e saloios arredores, Portugal vai passar as passas do Algarve nos próximos
tempos.
As
sombrias nuvens que se adensam no horizonte convergem sobre Portugal e a
previsão meteorológica é assustadora. Aponta para grande borrasca eleitoral na
noite de 24 de Janeiro corrente. O que mais avoluma a hipótese de a nação portuguesa
continuar tolhida e violentada pela maldição. A qual, é sobrevinda e facilitada
pela apatia das populações e, sobretudo, pela perda de valores de referência de
uma saudável vida colectiva.
É
com a maior perplexidade que se formula a perturbante interrogação:
- o
que se passa nas cabeças pensantes de um grupo de pessoas: algumas, inteligentes;
outras, menos dotadas; e, a maioria, impreparadas de todo; se terem irmanado na
causa marcelina e mobilizado para guindar ao mais alto cargo da República
Portuguesa, um cidadão que é um cata-vento e que como dizia o ex-ministro Correia
de Campos: “Todos sabemos que Marcelo muda de opinião como quem muda de camisa”.
Marcelo fotografado quando, colérico, exclamava:
Alto aí! Quem sabe se eu mudo de camisa?
E se eu mudo de opinião, por que haveria de mudar de
camisa?
Não me bastará virar a casaca? Ou mesmo, virar o bico
ao prego?
Pelos
vistos e pelo que se vai entendendo nas entrelinhas do emaranhado processo da
candidatura marcelina, as mencionadas criaturas não se importam dessa grande e
grave característica que desnuda e desorna a personalidade do candidato Marcelo
Rebelo de Sousa.
Ainda
nesta noite, bastante a propósito e com a recomendável objectividade de
elucidar o público, o Facebook inseria o seguinte título de informação:
'Marcelo
desmente Marcelo'.
Bloco
divulga vídeo polémico.
Pela nossa parte temos
escrito várias crónicas onde explicitamos o que têm sido as contraditórias actuações
de Marcelo, quer como político, quer como comentador das televisões.
Impõe-se a pertinente
observação: A que exagerado e obsceno ponto de degradação cívica, de inversão
de valores e de desprezo pelos princípios da ética, da moral, da política, da seriedade,
da transparência, da isenção, da independência dos poderes instalados na
sociedade, da República e da Declaração Universal dos Direitos do Homem; se
chegou neste país para que, com a maior ligeireza e indiferença, alguém se
propor eleger Marcelo Rebelo de Sousa, para desempenhar, certamente à usança
marcelina, as altas funções de Chefe de Estado.
Face ao actual processo
eleitoral e com a recordação de tudo que aconteceu com Cavaco Silva, Passos
Coelho e Paulo Portas (eles estão a fugir da campanha, evitando contágios
embaraçantes e como se isso branqueasse a imagem política de Marcelo Rebelo de
Sousa) radica-se a impressão que os altos cargos do Estado estão reservados
para quantos apresentem currículos demonstrativos de que se estão marimbando
para o cumprimento dos mais elementares princípios civilizacionais e para o
inequívoco respeito pelos valores que dão sentido de dignidade ao indivíduo e
enobrecimento a uma sociedade que se pretenda civilizada e evoluída. O que pressupõe
a ideia de que, para os proponentes, isso será como que um código normativo de
uma mais-valia. Mas que é, sem qualquer dúvida, uma aberração social e uma
indecência.
Interroguemo-nos: Para desgaste
da imagem de Portugal e desgraça da comunidade portuguesa não bastaram: a abissal incultura política - e não só - e
o triunfo da vulgaridade de Cavaco Silva? (afirmações de Marcelo Rebelo de
Sousa, a 26 de Maio de 1995); as sistemáticas mentiras de Passos Coelho;
e as irrevogáveis manobras de
diversão de Paulo Portas?
Há anos, foi eleito o produto
Aníbal Cavaco Silva. Agora, um grupo de portugueses pretende eleger o produtor
da cavacal figura: Marcelo Rebelo de Sousa. Assim, se pretende
consagrar uma linha de continuidade cavacal.
Observamos: Se o País está amaldiçoado; estamos
nós, aturdidos…
Decerto, muita gente
desiludida com a situação ora criada através das habilidades marcelinas e por
obra e (des)graça das sondagens e das televisões, engenhosamente conectadas com
o candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa.
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