OPORTUNA
SUGESTÃO A MARCELO,
ATENDENDO
À SUA NÃO INCERTEZA
Brasilino Godinho
02-01-2016
Por
uma indevida e audaciosa vez, que pretendo ser irrepetível e a contrariar o que
tenho escrito sobre a candidatura presidencial de Marcelo Rebelo de Sousa, mas não
bem levado (quase me sentindo abstracto em devaneio ocasional) a acreditar na
sua contumaz certeza de ser
presidente do republicano Estado português; e também enredado na embriaguez
decorrente de tudo que tem sido visto e lido; daqui lanço, a título gracioso,
uma pertinente sugestão ao novo presidente de marcelina identidade:
Logo
que instalado na corte republicana de Belém, presidente Marcelo, contrate:
- a
Mariazinha que, por sinal e definição, é belenense, para animar a vida
palaciana com seus continuados sorrisos e jocosas observações;
- o
Tino como embaixador itinerante que, por delegação de poderes, percorreria o
continente português e as ilhas adjacentes, em missões sucedâneas das famosas
presidências abertas e, desta maneira operacional, livrando sua excelência
presidente das incómodas viagens, das enfadonhas discursatas e dos fastidiosos
almoços, jantaradas e ceias, que lhes estão associados. Uma contratação de Tino
plenamente admissível dadas as suas reconhecidas faculdades persuasivas e os
seus previsíveis atributos funcionais - se tomada a devida atenção ao que tem
sido o seu fantástico percurso político de bastantes anos.
-
o Paulo Morais. Trata-se de um feliz achado em Portugal, de humana natureza. Há
que dele extrair os melhores benefícios, proporcionando-lhe oportunidade para
ser útil à sociedade. Para o alcance destes efeitos, presidente Marcelo devia
conferir-lhe funções idênticas às que desempenhou Pina Manique e que há
centenas de anos estão sem titular.
Paulo
Morais tem qualidades que o creditam para ser titular dos seguintes altos
cargos adstritos à Presidência da República: Intendente-Geral da Guarda
Presidencial e dos Bons e Maus Costumes da República Portuguesa;
Superintendente-Geral de Contrabandos e Descaminhos; e Contador/Investigador
das Corrupções Visíveis e Ocultas.
Com
a devida vénia ao presidente Marcelo ouso recomendar: adquira agora e por larga temporada retenha a informação de que
estas três contratações (Mariazinha, Tino e Morais) constituiriam um valioso
enriquecimento palaciano da presidência da República… E de prever que decisão
marcelina muito elogiada pelos portugueses.
Além
disso - e não menos importante - tal iniciativa teria a sublime vantagem de
recompensar os três ex-candidatos (Mariazinha, Tino e Morais) pelos
aborrecimentos, contrariedades, grandes esforços, cansativos trabalhos,
transtornos físicos, perdas de voz, gastos da campanha e sobrelevando tudo que
tenho aqui anotado quanto a dores e gastos financeiros: os aflitivos reveses com que terão sido contemplados (Mariazinha,
Tino e Morais) na fatídica noite eleitoral de 24 do corrente mês.
De
acrescentar, a referência de que, na presente sugestão, não figuram os outros
candidatos por que neles não se notarem ímpares características que
acrescentassem mais brilho na decoração palaciana e melhores desempenhos
artísticos das peças levadas à cena no republicano teatro de configuração
monárquica que, eventualmente, presidente Marcelo venha a instalar no Palácio
de Belém.
Nota
não despicienda e parafraseando a célebre canção de Coimbra:
Marcelo tem mais encanto nestas eleições…
E
ele se sentir o fascínio que desperta nas gentes, surpreendentemente - qual versão
moderna dos fenómenos do Entroncamento ou mercê de Alá - apercebido pelos seus
adeptos ferrenhos, certamente que estará mais predisposto a acolher esta
sugestão de reconhecimento valorativo para com as simpáticas criaturas que
seriam interessantes adornos decorativas da presidência marcelina e diligentes
agentes operacionais actuando quer no interior, quer no exterior, da residência
oficial de presidente Marcelo.
Foto dá a ideia de que Marcelo, rodeado de tias dos Estoris e vovós de Cascais,
ouve extasiado a malta a cantar:
Marcelo tem mais encanto nestas
eleições…
Brasilino Godinho, colocando-se fora do
contexto e porventura a despropósito, contrapõe:
Para Marcelo, ouvindo a indigesta cantoria,
estar encantado; estou eu aqui, concluindo o texto, em risco de contrair grave
intoxicação espiritual e profundamente desencantado…
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