A GRANDE LATA DOS COSTUMES E OUSADIAS DE MARCELO.
OU A PERDIDA
OPORTUNIDADE DE ESTAR CALADO.
Se
em Janeiro de 2016 o candidato Marcelo não recorre aos cartazes, nos tempos de
comentador televisivo eles não faltaram na pertinaz campanha promocional e eleitoral
do ambicioso político Marcelo Rebelo de Sousa; a qual foi sendo prosseguida a
expensas das empresas de Televisão.
Brasilino
Godinho
28-12-
2015
Informação
da LUSA:
“O candidato
presidencial Marcelo Rebelo de Sousa considerou hoje que "é um
escândalo" em período de crise gastar-se centenas de milhares ou milhões
de euros numa campanha, e defendeu que poderia ter apresentado um orçamento
ainda mais baixo.
É aquilo que eu
sempre pensei, que as campanhas eleitorais devem ser muito mais modestas em
termos de recursos financeiros, e então em período de crise é um escândalo
estar a falar em centenas de milhares de euros, ou em milhões de euros, quando
as pessoas estão com as dificuldades no dia-a-dia, na sua saúde, na segurança
social, nas despesas básicas da vida".
01. Comentando o teor do 1.º parágrafo:
Marcelo considerou mal, quanto a “um escândalo” sobre
os gastos das campanhas presidenciais. Sem dúvida que tais despesas são elevadas.
Mas note.se que Marcelo virou o bico ao prego. Habilidosa e maquiavelicamente como sempre,
escamoteou as despesas de muitos milhões da ininterrupta campanha de promoção
eleitoral da sua pessoa, que desenvolveu ao longo de dezenas de anos nas
televisões. Quantias dos respectivos pagamentos que, por sinal, nem lhe saíram
da carteira; mas, sim, dos cofres das estações de TV, com participação
indirecta dos contribuintes no que tocou à conta da RTP.
O candidato Marcelo podia ter-se dispensado da
hipócrita referência à possibilidade de “ter apresentado um orçamento
ainda mais baixo”.
Quem levou, praticamente, todas as semanas, nas noites
dos domingos, por longas décadas, a fazer a sua pessoalíssima campanha, bem
dispensaria, agora, o luxo de uma falseada campanha e a falácia de se
apresentar como virtuoso cidadão preocupado em dar lições de economia aos
demais candidatos. Na circunstância
marcelina aqui focada: cínicas lições!
Aliás, muito exagerado é o orçamento da campanha de
Marcelo para tão curta duração de quatro semanas (as que que faltam para se
atingir a data de 24 de Janeiro de 2016), porquanto a sua campanha televisiva
durante décadas foi muitíssimo dispendiosa e, certamente, atingiu a soma de
muitos milhões de euros. Porém, alcançou o êxito que Marcelo se atribui a si
próprio: o alcance do poleiro de novo presidente eleito pelo sufrágio universal
de inúmeros portugueses que se deixaram levar no engodo das palavrinhas mansas
e da diabólica prática de dar uma no cravo e outra na ferradura, de permeio com
o veneno de cor laranja (recolhido no
famoso pote (citado pela coelhal figura) da Direita; a qual, substância – ou embriaguez?
- era subtilmente instilada nas conversas da treta marcelina.
02.
Comentando o teor do 2.º parágrafo:
Então, o candidato
Marcelo sempre pensou no que modestas, em termos financeiros, deviam ser as
campanhas eleitorais e nos escandalosos custos das mesmas e hoje fingiu esquecer
o grande escândalo atingido pelas modalidades, facetas e custos, da sua
persistente campanha pessoal ao longo de décadas, visando ascender à posição de
candidato presidencial ou de putativo presidente da República (a que, no momento
actual, o guindaram os amigos, companheiros e confrades, dispersos pelas
equipas das sondagens, das televisões e dos jornais; afinal, uns e outros que
lhe são próximos em vários aspectos ou partilhando de comuns interesses). Lamentavelmente
sempre – e agora - não pensou no seu escandaloso caso.
Por último, há que condenar em Marcelo a audácia do
atrevimento e a refinada demagogia de hoje vir dizer que:
“(…) é um
escândalo estar a falar em centenas de milhares de euros, ou em milhões de
euros, quando as pessoas estão com as dificuldades no dia-a-dia, na sua saúde,
na segurança social, nas despesas básicas da vida".
Face a esta escandalosa intervenção pública do
candidato Marcelo, não há que fugir à obrigação cívica de fazermos o contraste
entre o comentador Marcelo e o candidato Marcelo.
O candidato presidencial
Marcelo, nesta altura do campeonato
eleitoral, apresenta-se como virgem imaculada desperta para as terríveis particularidades
da situação portuguesa e preocupado com a problemática social.
O comentador
das televisões, Marcelo, enquanto
entretido em continuar no numo que in
illo tempore traçou, apontado à sucessão de Cavaco Silva, esteve-se nas
tintas para se debruçar com objectividade e isenção sobre a desgraça nacional
provocada e prosseguida, com acinte, pelo governo PSD/CDS, da sua cor política –
sublinhe-se!
Ponderando e concentrando-nos nas actuais intervenções
oportunistas do candidato Marcelo é caso para nos lembrarmos do ditado: ‘Quando a esmola é grande, o pobre desconfia’.
Pelo que se conclui que candidato Marcelo, NÃO É DE CONFIANÇA!
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