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SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

sexta-feira, janeiro 01, 2016



CANDIDATO MARCELO NA ESPLENDIDEZ
DA SUA NOTORIEDADE…
CONFESSO DE UM ENGANO.
INCONFESSO DE MUITOS ENGANOS.

Brasilino Godinho
31-12-2015

01. Candidato Marcelo, confesso de um engano
Hoje, o candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa, em Albufeira, confessou aos jornalistas que se enganou quando o ano passado deu parecer, no seu privativo espaço da TVI, de que a Banca estava em normal situação de funcionamento e oferecia segurança às respectivas clientelas quanto aos depósitos bancários. Aliás um parecer que foi reforçado, veementemente, pelo venerando presidente Cavaco Silva que, como consta da história portuguesa das últimas décadas (desde os anos setenta do século passado), foi beneficiário da diligente promoção, do contínuo apoio e de esforçada sustentação, por parte do próprio comentador Marcelo.
Se bem concluo, o candidato Marcelo ter-se-á esquecido de apontar ao ex-comentador Marcelo, as responsabilidades que lhe cabem por ter induzido em erro milhares de clientes dos bancos falidos que, acreditando nas palavras melífluas das conversas da treta marcelina, foram arrastados para a miséria.
E o que sucedeu com o engano agora confessado pelo candidato Marcelo que, face aos lusos costumes de impunidade, infelizmente em nada alteram os dramas de milhares de cidadãos, não é mais que a demonstração trágica do que têm sido os trabalhos do comentador Marcelo de manipulação dos milhões de portugueses seguidores das conversas marcelinas por muitos anos tidas nas televisões.
E o que tem sido, ao longo de dilatados anos, esta campanha marcelista de embuste e de erros é mau prenúncio do que virá a suceder, eventualmente, de incoerente e maléfico, na escolha populacional do p.f. dia 24 do mês corrente, se ela recair no candidato do PSD e do CDS - Marcelo.

02. Candidato Marcelo inconfesso de muitos enganos…
Se nesta data o candidato Marcelo fez confissão tornada pública de que tinha cometido um erro, por sinal, de consequências que quase podemos admitir como incalculáveis, dado que afectaram gravemente as vidas de milhares de famílias portuguesas, não são conhecidos quaisquer procedimentos anteriores que nos habilitem a crer que ele venha a terreiro dar confissão dos seus outros enganos.
Assim considerando e por que se trata de uma figura que está exposta na montra da praça pública, em trânsito para o Palácio de Belém, faz sentido que alguém venha apontar os vários erros (candidato Marcelo prefere classifica-los de enganos – fazemos-lhe a vontade!) praticados pela criatura marcelina.

Vamos enumerar aqueles enganos/erros de que conservamos conhecimento adquirido desde o tempo da fundação do semanário Expresso, editado a 06 de Janeiro de 1973 (Brasilino Godinho fui comprador de um exemplar do primeiro número).


O primeiro erro ou engano de Marcelo Rebelo de Sousa, de que, verdadeiramente, não lhe pode ser assacada culpa, terá sido nascer na época (do Estado Novo) errada e no seio de uma família profundamente ligada ao Salazarismo e a Marcelo Caetano; logo quando o pai, com formação médica, Baltazar Rebelo de Sousa, era o braço direito do Comissário Nacional da Mocidade Portuguesa (precisamente Marcelo Alves Caetano).

O segundo erro de Marcelo Rebelo de Sousa foi de com a autoria da coluna Gente, do Expresso ter iniciado uma carreira de criador de factos políticos e de fofoqueiro-mor da Linha, de Cascais e das Avenidas Novas, de Lisboa. Carreira e práticas continuadas anos a fio no Semanário e no SOL (às que foram desenvolvidas no SOL designámos por Marcelices e as comentámos em diversas crónicas).

O terceiro erro de Marcelo Rebelo de Sousa, se atendermos à precisa ideia do que deve ser um Presidente da República de todos os portugueses, consistiu em se ter lançado numa frenética campanha de consecução de algumas etapas da preconcebida corrida presidencial que tem este mês desfecho, a crer nos assegurados resultados fornecidos pela fraternidade que controla as sondagens e pelos sectores televisivos que (a candidato Marcelo) o promovem e o trazem ao colo por tudo que é sitio da pelintrice e bacoquice portuguesas. Que até já lhe transmitiram a certeza da eleição a tal ponto assertivo que candidato Marcelo, também consciente dos efeitos publicitários da parada da paródia marcelina, largamente transmitida pelas televisões, nem cessa de proclamar-se presidente da República (república de que não se percebem os contornos, a natureza, a prevalência local, a localização regional ou de que país do terceiro mundo…)

O quarto e o quinto dos erros de Marcelo Rebelo de Sousa, compaginados no descritivo da decisiva campanha marcelina, tiveram ocorrência quando se candidatou à presidência da Câmara Municipal de Lisboa e perdeu, apesar daquele fantástico mergulho nas águas poluídas do Tejo; e na atribulada temporada em que tendo sido eleito chefe do Partido Social-Democrata (PSD) não conseguiu alcançar o poleiro de Presidente do Conselho de Ministros e acabou, ingloriamente e com grande desgaste de prestígio, por se demitir na sequência de um desaguisado com o endiabrado Paulo Portas.

O sexto erro de Marcelo Rebelo de Sousa foi - sob o ângulo da favorável evolução do seu processo revolucionário em curso de promoção pessoal com a meta fixada no Palácio de Belém - não ter tido, nesses recuados tempos, o discernimento de se apetrechar com o artilheiro material pesado das sondagens, das televisões, das rádios, dos jornais e das revistas, como fez na actualidade; pois que, nessas épocas, confiou demasiado no seu poder de sensibilizar e arregimentar o pessoal.
Porém, pensando melhor, há que reconhecer em abono do candidato Marcelo e como justificação do seu aparente descuido, que nesses tempos as técnicas das sondagens e das lavagens dos cérebros dos indígenas ainda não tinham atingido o apuro científico, a sofisticação e a malvadez, que são patentes nesta altura do campeonato eleitoral.

Outro e decisivo erro/engano do candidato Marcelo, que não colhe posição no rol dos ditos, por que persiste ao compasso do tempo, tem a ver com a sobranceira valorização que faz da sua hipotética ascensão ao cadeirão presidencial.
É facto de simples e atenta apreciação e de imprescindível rejeição, que:
ser criador de factos políticos; ser coscuvilheiro dos meandros das sociedades dos Estoris, de Cascais, da grande Lisboa dos casinos e das intrigas e bastidores da política rasca; e, sobremaneira, ser um conhecido professor Martelo das mal-amanhadas marteladas dadas nos estúdios das televisões; ser reconhecido como um cata-vento que está sempre em mudança de posições conforme o vento sopra; ter sido um admirador entusiástico e empenhado de Oliveira Salazar e de Marcelo Caetano a quem terá enviado cartas de submissa e atenta veneração (segundo o que tem sido divulgado publicamente); ter, primeiro promovido, depois arrasado impiedosamente e voltando, em seguida, a guindar aos altos voos da governação e da presidência da República e a mantê-lo sob sua protecção, o famigerado Cavaco Silva; - são, indubitavelmente, factores deprimentes que se constituem como marcas identitárias do candidato Marcelo e que (registe-se!) não se coadunam com a forte, resoluta, discreta, transparente, personalidade de um competente, representativo, confiável e respeitado Chefe de Estado.

03. Aqui expostos os erros do ora candidato presidencial Marcelo, sucessor do ex-comentador televisivo Professor Marcelo Rebelo de Sousa.
Há que reter duas informações:
- Que o candidato Marcelo tem sido um político dotado de singular vocação de coleccionador de ganhos financeiros provenientes dos cofres das Televisões e de outros órgãos da Comunicação Social, à pala de contínuas lições de bem difundir e melhor aproveitar a doutrinação que lhe é querida e de arregimentar apoios e claques para a causa de alcançar o ambicioso desígnio de um dia ser presidente da República – um rumo que, também, há muitíssimos anos, lhe foi apontado pelos seus amigos de peito.
- Que (assinale-se devidamente), nessa persistente e incansável caminhada para o usufruto do cadeirão presidencial de Belém, o agora candidato evidenciou ser um inato perdedor - o que, aqui, explicitámos.

Por tudo isso, oxalá que, em 24 de Dezembro corrente, por imposição da maioria dos eleitores, Marcelo não desmereça de tão brilhante currículo político… para bem da lusa nação dos milhões de cidadãos sofredores, carenciados, desprezados, humilhados e muito maltratados.
Se assim suceder, decerto que na noite desse dia estaremos todos celebrando o acontecimento.