CANDEIA
DE ASSIS
QUE
VAI À FRENTE
ALUMIA
DUAS VEZES…
Brasilino
Godinho
9 de Novembro de 2015
Francisco Assis
fotografado, ao que se supõe, quando cogitava sobre como compatibilizar
a lembrança de lembrado ministeriável que julga ser, com a indisponibilidade de isso
suceder.
Achei interessantíssima a brilhante lembrança do político socialista
Francisco Assis, transmitida pelas televisões, rádios e jornais, de lembrar a António Costa que ele era um lembrado ministeriável – embora fosse
acrescentando que não estava disponível para participar no governo; assim a
modos de quem lança, sobre si próprio, uma tremenda desfeita…
Só que a malta que é um pouco dada a
não entender as grandes manifestações de inteligência e as avantajadas
subtilezas de linguagem politiqueira, de certos ilustres actores do nosso circo
político, ficou sem perceber patavina quanto à razão de Francisco de Assis se
antecipar, na praça pública, a um hipotético convite de António Costa. Se era para
mostrar que não estava disposto a ser ministro por que, carga de água, vir -
com certo adorno mediático - lembrar a pessoal fantasia de o ser?
Abstraindo, por momentos, a faceta invulgar
da brilhante (não é demasiado repetir a anotação…) lembrança franciscana, vamos todos tentar adivinhar o seu distinto
fundamento. Ou então, Francisco de Assis, poupa-nos tempo e dores de cabeça e,
resolutamente, salta do teu pedestal, pisa o solo pátrio com cuidado para não
te magoares nos delicados pés e explica à malta: tamanha lembrança, porquê? E
para quê?
Para já na capital e ali, ao Largo do
Rato, à porta do palácio rosa, está pendurada a candeia de Assis, com murcho
pavio a iluminar sombriamente o átrio de entrada da vetusta mansão socialista.
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