Leitor,
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Leia!
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SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

domingo, novembro 08, 2015



A CARTILHA PRESIDENCIAL DE SANTANA LOPES
Brasilino Godinho
7 de Novembro de 2015


Santana Lopes deitando contas à sua vida na Santa Casa da Misericórdia

Santana Lopes, exercendo as funções de Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, por escolha do actual chefe do Governo, Pedro Passos Coelho, provavelmente enfermiço de um estado de profunda inquietação pessoal, quanto à eventual hipótese de perder o bem remunerado lugar, resolveu, agora, através da edição do Jornal de Negócios, trazer ao presidente da República, Cavaco Silva, um dir-se-ia que piedoso incentivo (qual cartilha presidencial) no sentido de ele negar posse a um governo de esquerda, chefiado por António Costa, secretário-geral do PS.

A cartilha presidencial de Santana Lopes é preenchida dos seguintes preceitos:

- “Nenhum ser humano se deve trair a si próprio, nem aos seus, e especialmente quem seja Presidente ou queira ser.”
- “Não é, portanto, condenável que o Presidente da República decida apoiar Passos Coelho, mesmo que Costa consiga um acordo à Esquerda.”
- “Cavaco deverá ser coerente consigo próprio, com os seus laços com as suas raízes, com o seu percurso e com aquilo que sempre procurou fazer na vida”. 
Os três enunciados preceitos da cartilha presidencial de Santana Lopes consagram a regra de que o presidente não será da República Portuguesa, mas, sim, da república formada pelo grupo dos amigos, compadres, familiares e correligionários, do presidente Cavaco Silva.
Sendo a transcrita cartilha de Santana Lopes um compêndio elementar de prática presidencial que se ajusta ao currículo do presidente Cavaco Silva, importa referir que nada traz de novidade, visto que o residente do Palácio de Belém sempre leu por esta cartilha, embora ela estivesse de reserva no subconsciente do ambicioso ex-candidato Santana Lopes às próximas eleições presidenciais.
No entanto, esta intervenção de Santana Lopes deve ser apreciada num contexto geral m que sobressaem as seguintes determinantes:
Confirmação – Santana Lopes, implicitamente veio confirmar que o presidente Cavaco Silva tem sido um rigoroso cumpridor da sua cartilha. Mais, veio dar razão a quantos cidadãos têm denunciado o facto do actual presidente da República não o ser de todos os portugueses e que tem exercido o mandato de forma sectária, em prejuízo dos superiores interesses do país e do bem-estar e segurança da maioria da população portuguesa. Em contraposição, actuando segundo as conveniências do seu partido ou da actual coligação PaF.
Prevenção – Santana veio chamar a tenção de Cavaco Silva para não se distrair ou descuidar na defesa dos interesses da rapaziada afecta à PaF que prolifera nos altos quadros dos ministérios e em instituições como a Santa Casa da Misericórdia, da qual é presidente e donde em futuro tempo de governação de esquerda pode ser afastado, mesmo que de jeito misericordioso.
Desespero – Santa Lopes atravessa uma conjuntura aflitiva, face à hipótese de exercício de um novo governo do PS com apoio da Esquerda. Daí a iniciativa de recomendar uma cartilha presidencial que, afinal, Cavaco Silva conhece de cor e salteado. E que ao longo dos anos foi seguindo persistentemente.
Considerando este dado até se pode admitir que a atitude de Santana Lopes é insolente e desrespeitadora para com o presidente Cavaco Silva. O desembaraçado político Santana agiu como se estivesse a ensinar a missa ao padre. E logo a Cavaco que nunca se engana…

Apelo – Santana Lopes com a sua cartilha presidencial deu corpo e visibilidade a um angustiante apelo ao presidente da República.
Como se proclamasse: Acuda senhor presidente Cavaco! Tenha vossa excelência presente a situação equívoca que advirá para os servidores da PaF e do PSD que estão sentados à mesa do Orçamento, se cair na tentação de empossar o António Costa como chefe do governo PS que está previsto nos acordos firmados pelos partidos da Esquerda.

Conclusão: Aos Santanas da política portuguesa não lhes falta atrevimento e… como diria a ilustre Assunção Esteves, sobra-lhes excessivamente o gritante inconseguimento ético.

















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