ELES,
COM
RABOS-DE-PALHA…
MAS MUI ATREVIDOS!
DESAVERGONHADOS!
MAL-INTENCIONADOS!
Brasilino Godinho
26 de Outubro de 2015
Não
há pachorra para aturar a tal gente dos seus peculiares, usuais, agressivos e escandalosos, costumes
partidários, instalada no Poder e que, desde 2011 a 2015, se vem ocupando com o
maior arreganho em maltratar a classe média; complicar as vidas de muitos
cidadãos de vários estratos sociais; e em violentar e (ou) manipular as
consciências dos portugueses.
Sobremodo
irritam as persistentes agressões à inteligência, de que são vítimas os
cidadãos que têm suficiente discernimento para bem ajuizar das coisas e loisas.
Estes
governantes que nos saíram na rifa eleitoral de 2011 e que no pp. dia 22 foram
repescados pelo seu mentor espiritual, venerando
chefe Cavaco Silva, (por sinal, dando indicações de acumular funções de
tutela e de guia operacional) foram quebrando na sucessão dos quatro anos do
mandato legislativo várias tradições, algumas de relevante importância nacional
e de elevado pendor social.
Acabaram
com a tradição de vários feriados; entre eles, aquele que era comemorativo da
independência nacional (1.º de Dezembro). Neste caso importa notar que até com
alguma lógica de sentido factual. Dado que, no quadro da prosseguida política
de destruição de Portugal, é de admitir não haver cabimento para se comemorar a
independência em sincronia com o mencionado desaparecimento da nação
portuguesa. Este, um exemplo de que, quando se trata de contemplar a maldade,
tal gente age em coerência com a mesma.
Acabaram
com a tradição dos aumentos de vencimentos e com a continuidade inalterável das
pensões e reformas, sempre consideradas necessariamente intocáveis (Sá
Carneiro, fundador do PSD, era intransigente defensor do compromisso oficial de
respeitar esse princípio inerente à segurança na velhice e à mantença da
qualidade de vida dos reformados e pensionistas).
Acabaram
com a tradição dos subsídios de Natal e de férias, nunca serem cortados.
O venerando presidente Cavaco Silva, já
este mês (a 5 de Outubro) quebrou ostensivamente a tradição e marimbou-se em
participar nas comemorações da implantação da República – o que não foi de
estranhar em quem manifesta, a qualquer tempo, um soberano desprezo pela
República, pela Democracia e pela Constituição (este importante documento jurou
Cavaco Silva cumprir e fazê-lo cumprir, no acto de posse do cargo que exerce). Conservamos
na memória o teor da sua discursata do p.p.dia 22 que confirma isto que fica
mencionado.
Pois
com todas estas violações às tradições vem agora esta gente, com o maior
descaro, reclamar que se houver governo da maioria parlamentar há uma violação
da tradição (por eles dita democrática).
Na
passada sexta-feira houve a eleição do presidente da Assembleia da República.
Foi eleito o candidato da esquerda – o que se determinou por unanimidade dos
partidos e dos deputados, que a integram na Assembleia.
E
a reacção dos deputados do PSD e do CDS foi indecorosa. Desabridamente
vociferaram contra a mencionada eleição alegando que se houvera quebrado a
tradição de eleger um membro do partido com mais votos.
Compreende-se
que, nesta altura do campeonato político, lhes fazia grande jeito ter na
presidência da Assembleia da República quem lhes facilitasse as manobras e expedientes em que
são exímios.
Mas
o que se viu foi um deprimente espectáculo.
Que
espécie de autoridade: moral, ética e política, tem aquela gente que durante
quatro anos quebrou diversas tradições e, acintosamente, desprezou e violou
sistematicamente princípios e valores? Para só citarmos alguns, continuadamente
omitidos, renegados e violados: a Moral, a Ética, o Estado de Direito, a
Igualdade de tratamento e de Fraternidade entre cidadãos, a Dignidade da pessoa
humana, a Seriedade nos procedimentos, a Justiça na sua aplicação e a POLÍTICA
contemplada no respeito dos seus fundamentos e na sua superior condição de arte
ou ciência de bem administrar a sociedade, no que nela sobreleva de respeito
pelos Direitos do Homem, pelo interesse colectivo e de salvaguarda do bem público.
Fotos:
Palácio de Belém e Palácio de S. Bento.
Neles
se acolheram os grandes responsáveis pelo desgoverno de Portugal, no período de
2011 a 2015: o geralmente desamado, mal-encarado, venerando chefe do Estado, Cavaco Silva e Passos Coelho, Paulo
Portas, mais os seus companheiros da governança e do seu privativo coro parlamentar.
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