Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

sábado, novembro 14, 2015



PRESIDENTE CAVACO ATIÇA A FOGUEIRA
DA DIVISÃO ENTRE OS PORTUGUESES

Brasilino Godinho
14 de Novembro de 2015

Durante os últimos quatro anos os pregoeiros da corrente direitista proclamaram: “Não há alternativa de governação por parte da esquerda”. E faziam o alarido por todo o tempo e em qualquer lugar. Era lê-los nos jornais e revistas, ouvi-los nas rádios e vê-los nas televisões e na Assembleia da República ou em quaisquer mesas redondas e quadradas...
Agora, a esquerda apresentou alternativa e os mesmos agentes publicitários do embuste, dizem que a alternativa não serve. Presidente Cavaco, entra no coro e no espectáculo folclórico como orquestrador-mor. E afina pelo diapasão.
Depois de 4 de Outubro, logo Cavaco Silva deu posse a governo de Passos Coelho sabendo de antemão que ele seria, de imediato, rejeitado pela Assembleia da República. E dando apoio a um governo que não tinha consistente programa, nem assegurava estabilidade ou mínima garantia de funcionar durante a totalidade do prazo de legislatura.
Relativamente ao proposto governo de António Costa, o presidente Cavaco protela a decisão sobre a posse do mesmo e insinua a exigência de que lhe sejam dadas todas as garantias – precisamente as que dispensou na atribuição de governação ao grupo de Passos Coelho e Paulo Portas.
Diga-se sem reticências: tal dualidade de critérios e obscena forma de demonstrar grave sectarismo político associa uma tremenda agravante: a de o presidente Cavaco estar arrastando a decisão que lhe cabe tomar, no âmbito das competências definidas pela Constituição da República, com o objectivo - que facilmente é deduzível - de provocar o agravamento da instabilidade interna e os consequentes efeitos a níveis interno e externo. A estes níveis perspectivados: os conflitos sociais, as oscilações nas bolsas, os protestos dos capitalistas e grandes empresários, as ingerências abusivas e chantagens da Comissão Europeia (dominada pelo partido europeu da coloração política de Cavaco Silva e da coligação PaF) e aa investidas agressivas dos mercados. Tudo reunido ou apropriadamente consumado daqui a semanas dará pretexto para Cavaco Silva concretizar o seu propósito de inviabilizar o governo de António Costa.
É que importa ser-se claro: Em Portugal a maioria da população sabe que Aníbal Cavaco Silva consagra à Esquerda um ódio que dir-se-á ser patológico: doentio, excessivo, obsessivo.
De todo inadmissível num Presidente da República Portuguesa.

Por último é necessário ter-se a consciência de que Cavaco Silva está prosseguindo uma orientação que agrava muito a crise. E a fazer algo mais, de terrível: a aprofundar a extrema e perigosíssima divisão na sociedade portuguesa que ele próprio foi criando ao longo do seu controverso e irregular mandato.
Por outras palavras: Cavaco atiça, com rústicos cavacos, cada vez mais a fogueira da divisão entre os portugueses.
E disso até terá consciência, na medida em que ouve as estridentes vaias das multidões sempre que se passeia pelo país dos indignados, maltratados, vilipendiados, indígenas que somos todos quantos não alinham â mesa do ORÇAMENTO e (ou) não frequentam a cavaquista corte obsequiosa e reverente.
Vaticino: Aníbal António Cavaco Silva vai acabar, daqui a três meses, o mandato presidencial em beleza… de maldição colectiva.

Cavaco Silva, atento, prestes a ser influenciado e um pouco envergonhado, ouve a - que parece ser - última recomendação dada em singular tom influenciável, pelo confiante, sorridente, Passos Coelho.