PÂNICO
NAS CLIENTELAS DE ANÍBAL CAVACO, PEDRO COELHO E PAULO PORTAS.
A SAÍDA
DO SUFOCO CONFUNDE-SE COM A SAÍDA VINDA DA TREVA DE BELÉM…
Brasilini
Godinho
11 de
Novembro de 2015
Sem perder tempo, ontem na SIC, o ex-líder do PSD, Santana Lopes, actual
Provedor da Santa Casa da Misericórdia, de Lisboa, por nomeação de Pedro Passos
Coelho, considerou que o acordo do PS, PCP e Bloco de Esquerda, para a formação
de um Governo, traz às pessoas receios vindos dos tempos do pós-25 de Abril.
Percebe-se a preocupação de Santana Lopes. Ele receia que, sem
misericórdia, os novos governantes lhe toquem, dolorosamente, na ferida que tem
exposta na fachada da Santa Casa da Misericórdia.
Há poucos dias transcrevi numa pequena crónica (que publiquei em
diferentes sítios) a cartilha
presidencial apresentada por Santa Lopes. E sugeria aos leitores que fosse
lida e arquivada em memória, dado que antevia o desenvolvimento que agora se
concretizou com a observação de Santana Lopes, acima reproduzida, referente ao seu
receio de virem por aí alguns saneamentos funcionais na administração pública.
A referida cartilha presidencial
traduziu, desde logo, uma oportunista lembrança a Cavaco Silva no sentido de
que, como presidente da república (dos cavaquistas, dos coelhais, dos paulinhos,
dos trauliteiros de serviços de apoio e de exploração da Quinta Lusitana, também de toda a clientela que se acolhe no seio
de tão restritiva formatação estatal), ele devia ter presente essa invulgar condição
e recusar a posse do governo do PS e de António Costa. Assim procedendo Cavaco
Silva estaria a zelar pelas bem-aventuranças dos numerosos apoiantes/clientes
de Cavaco, Coelho e Portas, consubstanciadas no pleno usufruto dos inúmeros tachos
que foram generosamente distribuídos aos milhares pela presidência da República,
pelos ministérios e por diversas, muito numerosas, instituições públicas.
Entenda-se que na actualidade, a iniciativa de Santana Lopes representa
uma diligência pessoal em cujo êxito ele é notório interessado. Por isso,
assume o papel de emblemático representante dos numerosos Santanas que
abancaram, com escandalosa sofreguidão, à mesa do ORÇAMENTO.
A cartilha
presidencial de Santana Lopes é preenchida dos seguintes preceitos:
- “Nenhum ser humano se deve trair a si
próprio, nem aos seus, e especialmente quem seja Presidente ou queira ser.”
(Este “ou queira ser” é uma indirecta farpa para o candidato Marcelo).
- “Não é,
portanto, condenável que o Presidente da República decida apoiar Passos Coelho,
mesmo que Costa consiga um acordo à Esquerda.”
- “Cavaco deverá ser coerente consigo próprio, com os seus laços com as suas raízes, com o seu percurso e com aquilo que sempre procurou fazer na vida”.
- “Cavaco deverá ser coerente consigo próprio, com os seus laços com as suas raízes, com o seu percurso e com aquilo que sempre procurou fazer na vida”.
Nesta cartilha presidencial, Santana
Lopes, arrogando-se a qualidade de santana-mor da legião dos santanas que
existem usufruindo dos inúmeros tachos instalados no mundo colorido pelas cores
predilectas de Cavaco, Passos e Portas, define a norma que Cavaco Silva deve
seguir no que concerne à questão de nomeação ou rejeição do governo do PS, a
que reporta a votação da Assembleia da República sobre a perda de exercício do
governo da dupla de Pedro e Paulo.
Enfim,
está delineada a situação e a sequência…
Ou a obscura
consequência?
PÂNICO
NAS CLIENTELAS DE ANÍBAL CAVACO, PEDRO COELHO E PAULO PORTAS.
A SAÍDA
DO SUFOCO CONFUNDE-SE COM A SAÍDA VINDA DA TREVA DE BELÉM…
Imagem de Cavaco,
eufórico, supostamente fotografado após ler a cartilha
presidencial enviada por Santa Lopes…
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