D. Mariazinha, a lebre de Marcelo
Brasilino
Godinho
15
de Outubro de 2015
01. D. Mariazinha
Roseira, nominalmente formatada de Belém em pia baptismal, está escolhida por
gente amiga de Passos Coelho e de Paulo Portas, que se move livremente no campo
do PS, para servir de lebre a Marcelo
na corrida para a Presidência da República.
É de estranhar que D. Mariazinha não se
tenha lembrado do ditado que adverte: ‘Quando a esmola é grande, o pobre desconfia’.
Talvez por não ser pobre e ser dotada de espinhos aceitou - eventualmente, sem pronto
repúdio - o presente envenenado que tanto a entusiasmou.
02. Está consumado
um calendário que, em poucos dias, delineou a programação da corrida eleitoral
para a meta do Palácio de Belém.
Primeiro, Marcelo apresentou
formalmente a sua participação de corredor.
Poucos dias depois, D. Maria de Belém, numa
cerimónia onde se notaram presenças de figuras gradas do PSD e do CDS e algumas
conotadas com o PS, anunciou a sua disposição para intervir na competição.
03. Hoje, Rio e Jardim
informaram que desistem da corrida, para não dividir o eleitorado da Direita.
Isto é: enquanto o pessoal da Direita cerra fileiras em torno do seu candidato
(Marcelo), a D. Mariazinha cede aos cantos de sereia de influentes membros do
PSD e do CDS e não se importa de se prestar ao frete de ser lebre e, nessa condição, facilitar a
vida a Marcelo; apressadamente designado presidente da República pelos
«Partidos da Comunicação Anti-Social e das Sondagens».
04. Se
enquadrarmos a circunstância, referida no antecedente, no quadro político existente,
damo-nos conta de que Passos Coelho e Paulo Portas estão a operar mui
activamente em dois campos:
- o interno, mobilizando as hostes, os
jornalista, os comentadores, avençados da imprensa, das rádios e das televisões,
para desenvolverem intensa campanha de intoxicação pública e preparando o
terreno para eles e os seus apoiantes não serem desalojados dos confortantes e rentáveis
lugares à mesa do Orçamento;
- o externo, dispondo os seus peões
operacionais, agrupados num cavalo de Tróia
que, já actuante dentro do campo socialista, vai minando a resistência dos
sitiados, dividindo os dirigentes e bloqueando as actividades das suas guardas
avançadas.
03. Tudo isto falseia a Democracia e desvirtua
o Estado. O qual está longe de ser um Estado de Direito.
Nação portuguesa cativa de um triste e
abjecto fado…
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