Cavaco,
na expectativa, diz esperar…
Coelho
e Portas apressam e antecipam…
Cavaco
Silva dando aparência de que está pesaroso e
a
rezar pelas almas dos funcionários públicos e idosos
encaminhados
para a morte pelos actuais governantes
Brasilino Godinho
Cavaco
Silva, segundo notícia dos jornais, na última quinta-feira foi ao Porto dar uma
aula na Faculdade de Economia – o que parece ter sido uma extravagância, e uma
inoportuna e censurável acumulação de distintas tarefas; a traduzir-se numa
falta de comparência no local do seu trabalho diário, no Palácio de Belém.
Ocorre
perguntar: a quem cabe marcar faltas ao presidente quando ele, ostensivamente,
se desvia do exercício das funções oficiais que lhe foram confiadas? E havendo
a percepção/confirmação da falta ser injustificada: ser-lhe-á aplicado desconto
na folha de vencimento?
No
caso vertente, deu-se a circunstância de parecer uma escapadela que até pode
dar azo a suspeitas de Cavaco Silva ter feito a viagem a expensas do Orçamento
e realizando um biscate para aumentar o seu deficiente rendimento; levando em
conta essa precária situação financeira de que há tempos deu aflitiva informação
ao público.
Sobre
esse evento tem cabimento interrogarmo-nos: A que propósito e porquê vai Cavaco
Silva, nesta altura de cessação de aulas e de quase férias escolares, ao Porto,
dar uma aula de Economia? Mistério!...
Nessa
aula alguém lhe fez a seguinte pergunta: “Como
será possível o Estado livrar-se dos funcionários em excesso?” (não teria
sido para dar azo a esta pergunta que Cavaco fez a viagem à cidade tripeira?).
A
pergunta, já por si, era enganosa. E subvertia a realidade. Não há funcionários
a mais. O que há é uma desadequada distribuição pelos serviços da Administração
Pública. E também o facto de haver muitos indivíduos que são funcionários na
condição de tachistas e de membros das clientelas do PSD e PP/CDS; os quais -
tomemos nota - não preenchem os lugares, visto e por de mais evidente que são
estes postos (por vezes inventados) que os preenchem a eles, com escândalo
público e reprovação geral da sociedade portuguesa.
Cavaco
Silva, antigo ministro das Finanças, segundo as mesmas fontes informativas,
respondeu: “Só resta esperar que os
funcionários públicos acabem por morrer.”
Ainda
não passaram muitas luas e mensagem semelhante foi dada por outro ministro das
Finanças, o japonês Taro Azo, ao afirmar que: “o
problema [para o alto gasto com despesas médicas para idosos] só se
resolve se os deixarmos morrer logo”.
Ambos, Cavaco e Taro, usando termos
diferentes expressam o mesmo sentido e o pré-determinado objectivo que lhes
está inculcado nas brilhantes mentes.
No caso português, dir-se-ia (pelas iludências que tudo aparudem) que Cavaco
Silva está expectante quanto aos resultados da correlativa política exterminadora
posta em execução por Passos Coelho, Paulo Portas e pelos seus rapazes e
raparigas, exímios especialistas de 1.ª classe, que compõem o grupo da
governança.
Porém,
quanto a resultados nesse campo de liquidação dos funcionários e dos idosos, estamos
convictos que Cavaco Silva não se engana, nem quaisquer dúvidas lhe assaltam o
espírito sobre esta matéria que enluta a nação portuguesa.
Aliás,
pressupomos que o presidente Cavaco vem acompanhando os nossos escritos dos
últimos anos e se capacitou de que vão nesse ansiado rumo de destruição maciça
do tecido social mais gasto pelo correr dos tempos, as medidas tomadas por
Passos Coelho e seus ajudantes operacionais.
É
que está comprovado que o grão-chefe de coelhal formatação corpórea e seus
assessores actuam, com inusitado afinco, no específico campo do funesto
saneamento linear ou básico onde se situam os sobreditos funcionários e idosos.
Aliás,
se melhor apurarmos, Cavaco Silva não devia ter usado o verbo esperar. Mais
exacto teria sido se dissesse: só resta acompanhar os funerais dos funcionários
públicos. Porquanto de lhes criar condições que possibilitem um rápido
passamento tem cuidado com invulgar zelo e pertinácia Passos Coelho.
E
se quisesse ser mais objectivo no seu favorável julgamento, Cavaco Silva teria
que elogiar a determinação com que Passos Coelho iniciou o mandato da
governação ao afirmar que a sua prioridade seria a de provocar o empobrecimento
dos portugueses (obviamente, que não todos...) O que conseguiu com grande êxito
e poupando os seus dilectos amigos, compadres e poderosos, integrantes do reino
da bicharada, instalados na QUINTA
LUSITANA.
Mais
de elogiar por Cavaco Silva: a superior visão de Passos Coelho ao conceber o
empobrecimento como a condição sine qua
non preliminar e básica para atirar rapidamente e em força os funcionários
públicos, os idosos, os reformados e os pensionistas, para a morte. Este, o estado/termo
da existência dos funcionários públicos de que sua excelência Cavaco Silva
falou na Faculdade de Economia do Porto.
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