Leitor,
Pare!
Leia!
Pondere!
Decida-se!

SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

ESTÁ SITUADA NA PROVÍNCIA...

QUEM TE AVISA, TEU AMIGO É...

e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

sábado, julho 11, 2015



Cavaco, na expectativa, diz esperar…
Coelho e Portas apressam e antecipam…

Cavaco Silva dando aparência de que está pesaroso e
a rezar pelas almas dos funcionários públicos e idosos
encaminhados para a morte pelos actuais governantes

Brasilino Godinho

Cavaco Silva, segundo notícia dos jornais, na última quinta-feira foi ao Porto dar uma aula na Faculdade de Economia – o que parece ter sido uma extravagância, e uma inoportuna e censurável acumulação de distintas tarefas; a traduzir-se numa falta de comparência no local do seu trabalho diário, no Palácio de Belém.
Ocorre perguntar: a quem cabe marcar faltas ao presidente quando ele, ostensivamente, se desvia do exercício das funções oficiais que lhe foram confiadas? E havendo a percepção/confirmação da falta ser injustificada: ser-lhe-á aplicado desconto na folha de vencimento?
No caso vertente, deu-se a circunstância de parecer uma escapadela que até pode dar azo a suspeitas de Cavaco Silva ter feito a viagem a expensas do Orçamento e realizando um biscate para aumentar o seu deficiente rendimento; levando em conta essa precária situação financeira de que há tempos deu aflitiva informação ao público.
Sobre esse evento tem cabimento interrogarmo-nos: A que propósito e porquê vai Cavaco Silva, nesta altura de cessação de aulas e de quase férias escolares, ao Porto, dar uma aula de Economia? Mistério!...
Nessa aula alguém lhe fez a seguinte pergunta: “Como será possível o Estado livrar-se dos funcionários em excesso?” (não teria sido para dar azo a esta pergunta que Cavaco fez a viagem à cidade tripeira?).
A pergunta, já por si, era enganosa. E subvertia a realidade. Não há funcionários a mais. O que há é uma desadequada distribuição pelos serviços da Administração Pública. E também o facto de haver muitos indivíduos que são funcionários na condição de tachistas e de membros das clientelas do PSD e PP/CDS; os quais - tomemos nota - não preenchem os lugares, visto e por de mais evidente que são estes postos (por vezes inventados) que os preenchem a eles, com escândalo público e reprovação geral da sociedade portuguesa.
Cavaco Silva, antigo ministro das Finanças, segundo as mesmas fontes informativas, respondeu: “Só resta esperar que os funcionários públicos acabem por morrer.”
Ainda não passaram muitas luas e mensagem semelhante foi dada por outro ministro das Finanças, o japonês Taro Azo, ao afirmar que: “o problema  [para o alto gasto com despesas médicas para idosos] só se resolve se os deixarmos morrer logo”.
Ambos, Cavaco e Taro, usando termos diferentes expressam o mesmo sentido e o pré-determinado objectivo que lhes está inculcado nas brilhantes mentes.
No caso português, dir-se-ia (pelas iludências que tudo aparudem) que Cavaco Silva está expectante quanto aos resultados da correlativa política exterminadora posta em execução por Passos Coelho, Paulo Portas e pelos seus rapazes e raparigas, exímios especialistas de 1.ª classe, que compõem o grupo da governança.
Porém, quanto a resultados nesse campo de liquidação dos funcionários e dos idosos, estamos convictos que Cavaco Silva não se engana, nem quaisquer dúvidas lhe assaltam o espírito sobre esta matéria que enluta a nação portuguesa.
Aliás, pressupomos que o presidente Cavaco vem acompanhando os nossos escritos dos últimos anos e se capacitou de que vão nesse ansiado rumo de destruição maciça do tecido social mais gasto pelo correr dos tempos, as medidas tomadas por Passos Coelho e seus ajudantes operacionais.
É que está comprovado que o grão-chefe de coelhal formatação corpórea e seus assessores actuam, com inusitado afinco, no específico campo do funesto saneamento linear ou básico onde se situam os sobreditos funcionários e idosos.
Aliás, se melhor apurarmos, Cavaco Silva não devia ter usado o verbo esperar. Mais exacto teria sido se dissesse: só resta acompanhar os funerais dos funcionários públicos. Porquanto de lhes criar condições que possibilitem um rápido passamento tem cuidado com invulgar zelo e pertinácia Passos Coelho.
E se quisesse ser mais objectivo no seu favorável julgamento, Cavaco Silva teria que elogiar a determinação com que Passos Coelho iniciou o mandato da governação ao afirmar que a sua prioridade seria a de provocar o empobrecimento dos portugueses (obviamente, que não todos...) O que conseguiu com grande êxito e poupando os seus dilectos amigos, compadres e poderosos, integrantes do reino da bicharada, instalados na QUINTA LUSITANA.
Mais de elogiar por Cavaco Silva: a superior visão de Passos Coelho ao conceber o empobrecimento como a condição sine qua non preliminar e básica para atirar rapidamente e em força os funcionários públicos, os idosos, os reformados e os pensionistas, para a morte. Este, o estado/termo da existência dos funcionários públicos de que sua excelência Cavaco Silva falou na Faculdade de Economia do Porto.