Karl-Theodor zu Guttenberg
Fotografia © Fabrizio Bensch - Reuters
O ministro da defesa alemão, Karl-Theodor zu
Guttenberg, demitiu-se hoje, na sequência de acusações de plágio na sua
tese de doutoramento, que já tinham levado a Universidade de Bayreuth a
retirar-lhe o grau de doutor em Direito.
"É o passo mais
doloroso da minha vida, mas quem se decide pela carreira política não
pode esperar compaixão", afirmou Guttenberg em declaração lida no
ministério da defesa, em que começou por anunciar que já tinha
apresentado o seu pedido de demissão à chanceler Angela Merkel, a quem
agradeceu "a confiança e a compreensão". "Sempre estive disposto a
lutar, mas atingi o limite das minhas forças", concluiu o ministro.
A chefe do governo alemão, que tinha defendido Guttenberg, repudiando as exigências da oposição, de numerosos académicos e até de personalidades do seu partido para o demitir, perde assim o seu ministro mais mediático, a quatro semanas de importantes eleições regionais no estado de Baden-Wuerttemberg.
Guttenberg, jovial, distinto, bem parecido, de ascendência aristocrática, era o ministro mais popular da coligação de centro-direita, surgindo mesmo à frente de Angela Merkel nos barómetros de simpatia dos políticos alemães nos últimos meses. Além disso, era também a grande esperança do seu partido, a União Social-Cristã (CSU) da Baviera, para uma eventual candidatura a chanceler federal e para suceder a Merkel, a médio ou longo prazo.
A dirigente conservadora tentou ainda defender a permanência de Guttenberg no executivo, afirmando que tinha nomeado "um ministro da Defesa, e não um assistente académico", mesmo depois de a Universidade de Bayreuth, confrontada com numerosas provas de plágio na tese de doutoramento, lhe ter retirado o grau de doutor.
Na semana passada, Guttenberg já tinha anunciado que renunciaria ao título, admitindo que tinha cometido "graves erros" no seu trabalho académico, justificados com os seus inúmeros afazeres, mas garantindo que não tinha cometido plágio intencionalmente. A oposição, porém, acusou o ministro de continuar a não revelar toda a verdade, e insinuou mesmo no parlamento que Guttenberg não foi o autor da tese, e provavelmente recorreu a um "ghostwriter" (um autor anónimo) para a escrever.
A chefe do governo alemão, que tinha defendido Guttenberg, repudiando as exigências da oposição, de numerosos académicos e até de personalidades do seu partido para o demitir, perde assim o seu ministro mais mediático, a quatro semanas de importantes eleições regionais no estado de Baden-Wuerttemberg.
Guttenberg, jovial, distinto, bem parecido, de ascendência aristocrática, era o ministro mais popular da coligação de centro-direita, surgindo mesmo à frente de Angela Merkel nos barómetros de simpatia dos políticos alemães nos últimos meses. Além disso, era também a grande esperança do seu partido, a União Social-Cristã (CSU) da Baviera, para uma eventual candidatura a chanceler federal e para suceder a Merkel, a médio ou longo prazo.
A dirigente conservadora tentou ainda defender a permanência de Guttenberg no executivo, afirmando que tinha nomeado "um ministro da Defesa, e não um assistente académico", mesmo depois de a Universidade de Bayreuth, confrontada com numerosas provas de plágio na tese de doutoramento, lhe ter retirado o grau de doutor.
Na semana passada, Guttenberg já tinha anunciado que renunciaria ao título, admitindo que tinha cometido "graves erros" no seu trabalho académico, justificados com os seus inúmeros afazeres, mas garantindo que não tinha cometido plágio intencionalmente. A oposição, porém, acusou o ministro de continuar a não revelar toda a verdade, e insinuou mesmo no parlamento que Guttenberg não foi o autor da tese, e provavelmente recorreu a um "ghostwriter" (um autor anónimo) para a escrever.
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