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SE ACREDITA QUE A INTELIGÊNCIA

SE FIXOU TODINHA EM LISBOA

NAO ENTRE NESTE ESPAÇO...

Motivo: A "QUINTA LUSITANA "

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e cordialmente se subscreve,
Brasilino Godinho

segunda-feira, abril 08, 2013

Ó da guarda!
Anda por aí o coelho Pedro enfurecido.
Cuidem-se!"

Brasilino Godinho

O coelho é um mamífero roedor, da conceituada família dos Leporídeos que existe no estado selvagem em matagais. De assinalar que há algumas subespécies domesticadas. Entre estas, o destaque vai para uma especial subespécie que se configura numa imagem humanoide, ou seja: com traços e forma semelhante ao ser humano e que, facilmente, se confunde com qualquer vulgar cidadão.
Acontece que, por esquisita aberração da Natureza, nesta específica subespécie de laparotos, deparamos com exemplares que apresentam algumas características violentas não conformes com a sua condição animal. Todos temos, dos coelhos, a imagem de animais dóceis, pacíficos, de olhar meigo, incapazes de molestar o ser humano e que despertam a simpatia a qualquer empedernida pessoa. Infelizmente, isso nem sempre se verifica nalguns casos de distintos cruzamentos animalescos, como aquele que aqui trazemos à colação.
A nível nacional, o primeiro aberrante caso conhecido foi o de um tal coelhone, que acorria ao chamamento de Jorge e que, quando surgiu, provocou um grande alvoroço ao ameaçar quem se atravessasse no caminho dos familiares da sua coelheira. Tratou-se de um patético sinal de ameaça ao sossego das envolventes comunidades afins. Poucos o tomaram a sério. Mas o perturbante aviso estava feito e constituiu um sombrio precedente para o que poderia vir a seguir.
E, de facto, o que vem acontecendo em Portugal nos últimos dois anos veio confirmar os piores receios que então se geraram.
Os leitores já perceberam que nos estamos referindo a um coelho Pedro que, para além de vir provocando transes de atroz pesadelo à generalidade da população, também tem desenvolvido uma devastação enorme em diferentes áreas de cultivo, com profundos reflexos nas vidas e actividades dos indefesos e mais carenciados indígenas deste país.
Sucede a estranha circunstância de que este coelho para além de se alimentar com relvas - o que até aparenta ser normal nos hábitos da espécie - também inclui, ocasionalmente, cavacos, moedas, gaspas, na sua ração, como tónicos revigorantes e estimulantes. Claro que, coelho Pedro ao usar estimulante tipo cavacal, induz muito mau agoiro para o Zé-Povinho. O que se chama: Uma enormidade! Grite-se, com grande veemência: Gaita!...
Ontem, o antipático coelho Pedro surgiu inopinadamente nas pantalhas das televisões. Vimo-lo, algo desvairado, furibundo, ameaçador. Parecia um gato assanhado. Deu para perceber que está determinado a prosseguir a destruição deste pacato recanto europeu. Em verdade, sem margem para lúcida contestação, estamos confrontados com um processo revolucionário em curso de destruição de Portugal (PRCDP). Impressionante e deveras insólito é que seja um coelho o agente promotor e executor máximo de tão funesto desígnio.
Consta que as criancinhas de uma família da lezíria alentejana ao ver coelho Pedro na televisão foram possuídas de um choro convulsivo e que vários idosos frequentadores de um café alentejano e outros de pobres famílias transmontana e minhota contendo, embora, as lágrimas, tiveram ataques de nervos que quase desmaiavam. Tal foi o terror que lhes inspirou a coelhal criatura.
E se estas terão sido as reacções face à figura. à atitude, ao olhar felino e gestos do famigerado coelho Pedro, fácil é antever as tenebrosas consequências resultantes dos crescentes apetites roedores de tão ameaçador e perigoso espécime híbrido animal.
Portanto, estamos enfrentando uma situação terrífica que urge resolver.
Razão, pois, para se proclamar:
Ó da guarda! Anda por aí o coelho Pedro enfurecido. Cuidem-se!!!

Nota; Todos os textos de Brasilino Godinho são escritos sob o cumprimento das normas do antigo Acordo Ortográfico.